O Livro Vermelho da Saúde - 11 Outubro 2016
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Caros Amigos,
Como habitualmente às terças-feiras, partilhamos mais um texto que aleatoriamente foi selecionado, esperando que vá ao encontro da necessidade da maior parte de vós. O livro hoje selecionado foi O LIVRO VERMELHO DA SAÚDE - A Cura pela Medicina Alternativa, de Renato Dias, inserido na Colecção "Saberes".
MEDICINAS ATUAIS - HOMEOPATIA - (parte - págs. 43 a 49)
Na Homeopatia, criada pelo médico alemão Christian Friedrich Samuel Hahnemann (1755-1843) em 1796, que trabalha com o princípio dos semelhantes, o Homeopata busca encontrar um medicamento que foi capaz de causar em indivíduos sadios sintomas semelhantes aos que se desejam combater nos indivíduos doentes. Naquela época era comum o uso de sangrias, remédios para vômitos, purgantes, etc., sem nenhuma segurança de eficácia ou de risco de morte. Os médicos julgavam-se autoridades máximas, acima da natureza e ainda achavam que seus métodos eram infalíveis, mesmo diante de várias mortes e outros danos que causavam. Por isso Hahnemann resolveu abandonar a medicina. Em um de seus escritos está refletida a angústia e o desânimo que pousaram sobre ele naquela época: "converter-me em assassino de meus irmãos era para mim um pensamento tão terrível que renunciei à prática para não me expor mais a continuar prejudicando". Essa postura mostra sintonia com a máxima de Hipócrates: "Primo nil nocere", ou seja, primeiramente não prejudicar. Ele era um poliglota. Consta que conhecia grego, latim, hebraico, árabe, caldeu, alemão, inglês, francês, italiano, espanhol, entre outras línguas. Tendo abandonado a prática médica, passa a viver dos trabalhos de tradução, sobretudo das obras médicas e científicas de antigos mestres como Hipócrates, Paracelso, Jan Baptista van Helmont, Thomas Sydenham, Boerhaave, Stahl e Albrecht von Haller. Foi trabalhando na tradução de uma matéria médica de Cullen, (gênero botânico) em 1790, que um fato descrito pelo autor chamou sua atenção. A Cinchona officinalis (quinina) proveniente do Peru, era usada na Europa no tratamento do paludismo. Segundo o autor, a quinina atuava fortalecendo o estômago e produzindo uma substância contrária à febre. Hahnemann decide provar, nele mesmo, o remédio. Observou que os sintomas eram os mesmos das crises de malária ao ingerir a quinina e seu desaparecimento ao cessar o seu uso. Repetiu a experiência várias vezes com a quinina, depois com beladona, mercúrio, ópio, arsênico e outros medicamentos. Inspirado pela obra de von Haller, que preconizava o estudo do medicamento na pessoa saudável, antes de ser ministrada ao doente, inclui seus parentes nas experiências, observa e anota pormenorizadamente os resultados. Depois de seis anos de pesquisas intensas, Hahnemann publica o "Ensaio sobre um novo princípio para descobrir as virtudes curativas das substâncias medicamentosas, seguido de alguns comentários a respeito dos princípios aceitos na época". Em 1796 nasce a homeopatia. Como visto acima, os princípios já haviam sido enunciados por outros médicos anteriormente, mas é Hahnemann quem dá um corpo único, coerente, sintético, com fundamentos nitidamente compreensíveis à homeopatia. É curioso mencionar que foi ele quem cunhou os termos "homeopatia" (a qual também se referia como Arte de Curar) e "alopatia" (Prática abusiva, agressiva e pouco eficaz). A partir de 1801 Hahnemann começa a usar "medicamentos dinamizados" (técnica própria da homeopatia que visa o desenvolvimento da força medicamentosa latente na substância e que consiste em submeter a droga a diluições e sucussões - movimento de balanço - sucessivas) e observa que isso dá mais potência ao medicamento. Com uma visão holística em toda sua obra, Hahnemann cria os quatro princípios que orientam a prática homeopática, que são: Lei dos Semelhantes: Resultado de suas releituras dos Clássicos e, sobretudo, de suas próprias experiências, anuncia esta Lei universal da cura: similia similibus curantur. (semelhante pelo semelhante se cura) Experimentação na pessoa sadia: A fim de conhecerem as potencialidades terapêuticas dos medicamentos, os homeopatas realizam provas, chamadas patogenesias; em geral são eles mesmos os experimentadores. Tipicamente não se fazem experiências com animais. Uma condição básica para a escolha dos provandos é que sejam saudáveis. Esses medicamentos são capazes de alterar o estado de saúde da pessoa saudável e justamente o que se busca são os efeitos puros dessas substâncias. Doses infinitesimais: A preparação homeopática dos medicamentos segue uma técnica própria que consiste em diluições infinitesimais seguidas de sucussões rítmicas, ou seja: mistura-se uma pequena quantidade de uma substância específica em muita água e/ou álcool e agita-se bastante. A tese é de que essa técnica "desperte" as propriedades latentes da substância. Isso é chamado de "dinamização" ou "potencialização" do medicamento. Medicamento único: Primeiro o homeopata avalia se a natureza individual está a "pedir" intervenção com medicamento, pois esse é um dos meios que o médico tem para auxiliar a pessoa, não o único. Sendo o caso, usa-se um medicamento por vez, levando-se em conta a totalidade sintomática do paciente. Só assim é possível ver seus efeitos, a resposta terapêutica e avaliar sua eficiência ou não. Após a primeira prescrição é que se pode fazer a leitura prognóstica, ver se é necessário repetir a dose, modificar o medicamento ou aguardar a evolução. A questão da superdiluição: A maioria dos cientistas acredita que diluir substâncias tanto quanto é feito na Homeopatia, diminuiria drasticamente o efeito que a substância em questão possui. O sistema de diluição é uma preocupação na homeopatia visando diminuir o poder patogenético dos medicamentos, evitando-se uma agravação dos sintomas quando se administra doses fortes de uma substância que causa sintomas semelhantes aos do paciente. Na homeopatia o importante é despertar os mecanismos do corpo humano para que haja uma resposta do sistema de cura. Em dias quentes, como é comum na Índia e na China, as pessoas costumam tomar chá quente. Desta forma, a bebida provoca uma reação no corpo que é semelhante a um resfriamento. Ou seja, é o princípio da cura pelo similar. A nossa energia vital, que circula pelos meridianos, tem forças naturais para promover todos os tipos de cura, dependendo, apenas, do seu despertar. Assim também é feito na Acupuntura, liberando as energias através das agulhas em pontos específicos dos meridianos, e no Reiki, a ativação da energia se faz através dos chacras. O preparo dos compostos homeopáticos segue princípios e técnicas bem definidos e simples. As etapas são: 1 - Extração de um principio mineral ou vegetal da fonte; 2 - Pulverização (trituração e moagem) do insumo, se necessário; 3 - Dissolução num veículo adequado, aquoso, hidroalcóolico, etc.; 4 - Diluição em sequência centesimal hahnemanniana; 5 - Dinamização, ou Potencialização ou ainda sucussão. A Homeopatia é uma prática estimulada pela OMS - Organização Mundial de Saúde, para ser implantada em todos os sistemas de saúde do mundo, em conjunto com a medicina oficial, desde 1978, reforçada pelo documento Estratégia da OMS sobre medicina tradicional 2002-2005. No Brasil, a Homeopatia é considerada como especialidade médica desde 1980, reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina Alopática, tendo sido incluída no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006. Outros países como França, Reino Unido e Alemanha usam a homeopatia em seus sistemas de saúde pública. Cabe ressaltar aqui o uso da homeopatia como especialidade médica reconhecida pelo CFM. Nada tenho contra os médicos que se especializam em homeopatia, acupuntura e outras práticas que até aqui foram e são exclusivas da Medicina Alternativa. O que me preocupa é a ganância e a prepotência do CFMA - Conselho Federal de Medicina Alopática, em dominar o uso e a prática da "MEDICINA" como dona de todas as modalidades médicas, como se o médico alopata, pelo simples fato de ser médico alopata, pudesse apoderar-se de uma ciência, uma filosofia, de uma medicina onde não basta fazer um cursinho de duas ou três semanas e sair dizendo que é um Médico Homeopata ou Médico Acupunturista, sem dominar os conhecimentos técnicos, filosóficos e científicos de uma medicina completa e complexa como são a Homeopatia e a Acupuntura. Ao dominar uma especialidade terapêutica, o CFMA - Conselho Federal de Medicina Alopática - passa a proibir e atacar os profissionais que já atuavam naquele sistema de cura; mesmo que estes tenham uma boa formação acadêmica, que tenham estudado por vários anos a homeopatia e até manipulam as próprias fórmulas, se não forem médicos alopatas com CRM, eles serão vistos como "impostores e praticantes ilegais da medicina", mesmo que a homeopatia não pertença a nenhum grupo, e muito menos a medicina alopática.
Até breve!
11 de Outubro, 2016
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Olá, Florinda. Sou o autor de O Livro Negro do Açúcar. O pdf está de graça desde 2006. Se você quiser disponibilizá-lo neste espaço pode fazê-lo. Capture uma cópia na internet e coloque aqui. E pode até atualizar o e-mail do autor que no pdf está desatualizado. O atual é ferdocarvalho@proton.me
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