sábado, 27 de julho de 2019

AS TRÊS GERAÇÕES_TEXTO DO JORNAL VOZ DA MINHA TERRA, CONCELHO DE MAÇÃO_PORTUGAL

    AS TRÊS GERAÇÕES

    Na minha aldeia havia um  ditado que circulava entre os mais  avançados na idade, que faz todo o sentido actualmente: «O mundo funciona  com três gerações: a primeira, constrói, a segunda, mantém,  a terceira destrói. Depois, recomeça tudo! Construir, manter, destruir...»
    Todos sabemos que muita coisa aparece debaixo do chão quando os arqueólogos fazem escavações, é a prova de que o planeta Terrao esteve sempre igual, como o conhecemos actualmente.
Ora,  não pode haver a mínima duvida de que nos encontramos na última geração: a destruidora. 
   Reparemos no que tem acontecido,  nos últimos tempos, em Portugal, a respeito da "praga" lixo. Refiro-me ao país onde vivo, mas acredito que, salvo raríssimas excepções, é um exemplo do que vai acontecendo por todo o planeta. Apesar de as autarquias  disponibilizarem grandes recipientes, para recolha após uso, de  vidro, papel e plásticos, todos assinalados de cores diferentes, a preguiça leva a que muitas das garrafas sejam  amontoadas  junto  do recipiente. Outras largadas em qualquer lado, principalmente à noite, após  os estabelecimentos fecharem e os clientes  saírem  de garrafa na mão, para irem bebendo até ao seu destino, acabando por se partirem.  Os papéis, principalmente os  da publicidade, "voam" livremente ruas fora.  Grande parte dos plásticos são  largados em qualquer lado, acabando por irem parar ao mar... Assim, baleias dão à costa, mortas, devido ao excesso de plástico que acabam por engolir. Citei este exemplo, porque toda a vida marinha  está a ser dizimada.  A beatas dos cigarros (outra praga)  já são confundidas com alimentos, já filmaram aves, numa praia, a tirar beatas da areia e a tentarem engoli-las.
   Alguns estabelecimentos já utilizam sacos de papel, ora isso significa mais árvores a abater, o que também afecta imenso o ecossistema.  Tudo isto era evitável se o ser humano fosse menos comodista  e recomeçasse  a usar os sacos de pano e as alcofas para as  compras. 
    Depois temos a ganância  do lucro o mais rápido possível. Assim, quando recomeçam, nas áreas ardidas, a   plantar árvores, optam pelo eucalipto, apesar de saberem que existem outras árvores resistentes ao fogo, em filmagens aéreas  descobrem as manchas  verdes no meio dos negros destroços e cinzas daquelas que arderam.
      Quase ninguém respeita a Terra, que tem seu próprio sistema de vida, pois se não tivesse vida, nada produzia. Mas o Homem esventra-a, abusa  na  recolha exagerada do seu minério, preenchendo esses locais com lixo, por vezes radioactivo, resíduo de suas  experiências. Experiências nem sempre necessárias, se não abusarmos  da Natureza, ela dar-nos-á tudo aquilo que precisamos.
    Infelizmente,  o Homem começou a  trocar qualidade por  quantidade, pois pensa que alimentar-se bem é "atestar" o estômago  até ao limite. Então, tornou-se necessário produzir cada vez mais. Foi  assim que "apareceram" os alimentos geneticamente manipulados, que tanto  mal têm causado à nossa saúde.


AS TRÊS GERAÇÕES_TEXTO DO JORNAL VOZ DA MINHA TERRA, CONCELHO DE MAÇÃO_PORTUGAL

    AS TRÊS GERAÇÕES
    Na minha aldeia havia um  ditado que circulava entre os mais  avançados na idade, que faz todo o sentido actualmente: «O mundo funciona  com três gerações: a primeira, constrói, a segunda, mantém,  a terceira destrói. Depois, recomeça tudo! Construir, manter, destruir...»
    Todos sabemos que muita coisa aparece debaixo do chão quando os arqueólogos fazem escavações, é a prova de que o planeta Terrao esteve sempre igual, como o conhecemos actualmente.
Ora,  não pode haver a mínima duvida de que no encontramos na última geração: a destruidora. 
   Reparemos no que tem acontecido,  nos últimos tempos, em Portugal, a respeito da "praga" lixo. Refiro-me ao país onde vivo, mas acredito que, salvo raríssimas excepções, é um exemplo do que vai acontecendo por todo o planeta. Apesar de as autarquias  disponibilizarem grandes recipientes, para recolha após uso, de  vidro, papel e plásticos, todos assinalados de cores diferentes, a preguiça leva a que muitas das garrafas sejam  amontoadas  junto  do recipiente. Outras largadas em qualquer lado, principalmente à noite, após  os estabelecimentos fecharem e os clientes  saírem  de garrafa na mão, para irem bebendo até ao seu destino, acabando por se partirem.  Os papéis, principalmente os  da publicidade, "voam" livremente ruas fora.  Grande parte dos plásticos são  largados em qualquer lado, acabando por irem parar ao mar... Assim, baleias dão à costa, mortas, devido ao excesso de plástico que acabam por engolir. Citei este exemplo, porque toda a vida marinha  está a ser dizimada.  A beatas dos cigarros (outra praga)  já são confundidas com alimentos, já filmaram aves, numa praia, a tirar beatas da areia e a tentarem engoli-las.
   Alguns estabelecimentos já utilizam sacos de papel, ora isso significa mais árvores a abater, o que também afecta imenso o ecossistema.  Tudo isto era evitável se o ser humano fosse menos comodista  e recomeçasse  a usar os sacos de pano e as alcofas para as  compras. 
    Depois temos a ganância  do lucro o mais rápido possível. Assim, quando recomeçam, nas áreas ardidas, a   plantar árvores, optam pelo eucalipto, apesar de saberem que existem outras árvores resistentes ao fogo, em filmagens aéreas  descobrem as manchas  verdes no meio dos negros destroços e cinzas daquelas que arderam.
      Quase ninguém respeita a Terra, que tem seu próprio sistema de vida, pois se não tivesse vida, nada produzia. Mas o Homem esventra-a, abusa  na  recolha exagerada do seu minério, preenchendo esses locais com lixo, por vezes radioactivo, resíduo de suas  experiências. Experiências nem sempre necessárias, se não abusarmos  da Natureza, ela dar-nos-á tudo aquilo que precisamos.
    Infelizmente,  o Homem começou a  trocar qualidade por  quantidade, pois pensa que alimentar-se bem é "atestar" o estômago  até ao limite. Então, tornou-se necessário produzir cada vez mais. Foi  assim que "apareceram" os alimentos geneticamente manipulados, que tanto mal tem causado à nossa saúde.

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