" Na época em que as pessoas se alumiavam usando candeeiros a petróleo, era necessário limpar frequentemente a chaminé de vidro para fazer desaparecer a camada de fumo que nela se depositara. Senão, mesmo que a mecha estivesse acesa, a iluminação era insuficiente. Depois, felizmente, surgiu a eletricidade.
Porque é que eu estou a falar-vos do candeeiro a petróleo? Porque o ser humano também é uma espécie de candeeiro. Se ele alimenta a sua chama com petróleo, ou seja, se se deixa ir atrás de sentimentos grosseiros, vulgares, estes depositam-se como fumo, como fuligem, no seu corpo astral, e a luz nele, os raios do seu Eu superior, não podem atravessar essa camada opaca. Um tal ser permanece na escuridão, cego para o mundo divino, até ao dia em que aprender a usar melhores combustíveis, sentimentos que não deixam qualquer impureza. Os Iniciados, os sábios, veem coisas que os outros não conseguem ver porque trabalharam durante muito tempo para tornar transparente a sua matéria psíquica: o seu Eu superior, cujos raios se projetam ao longe, torna visível para eles todo um mundo subtil."
Omraam Mikhaël Aïvanhov
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