sábado, 11 de abril de 2020


SUGESTÕES DE UM FILÓSOFO E PEDAGOGO
(Omraam Mikhael Aivanhov, de origem búlgara)

     Jesus disse: «Vós sois templos do Deus vivo.» Sim, um ser humano que soube reforçar a sua vontade, purificar o seu coração, tornar luminoso o seu intelecto, ampliar a sua alma e santificar o seu espírito, tornou-se um verdadeiro templo e poderá convidar o Senhor a vir habitá-lo.
Infelizmente, a maioria dos humanos não tem cuidado com o seu templo, danifica-o constantemente ao servir-se dele para satisfazer os seus instintos e obter todos os prazeres: então, o corpo não é um templo, é um estábulo, uma pocilga.
    É como o Templo de Jerusalém, para onde os mercadores tinham levado toda a espécie de gado e de aves de criação, que vendiam, e ninguém ficava indignado, todos achavam normal. Mas Jesus pegou em cordas, fez com elas um chicote e expulsou-os todos, dizendo: «Tirai isso daqui, não façais da casa do meu Pai uma casa de negociatas.»
    Não imiteis, pois, os mercadores do Templo, não façais do vosso corpo um covil de animais; senão, não será o Senhor que virá habitá-lo, mas entidades inferiores, os indesejáveis, que gostam muito da sujidade e se alimentam de matérias impuras."

    Tem-se sempre medo do que não se conhece e não se sabe utilizar; como os animais, que têm medo do fogo, ou como os primitivos, que não sabiam o que eram as forças da Natureza e tremiam diante delas. Agora, que conseguiram dominar essas forças, os humanos trabalham nas centrais de produção de electricidade, que até podem ser nucleares: carregam tranquilamente num botão, abrem uma torneira, e não têm medo, porque sabem manuseá-los. Mas alguém que não saiba, evidentemente, tem medo.
   O homem civilizado já não teme os elementos e as forças da Natureza, mas julgais que ele está livre do medo? Não, ele tem medo da mulher, do patrão, das doenças, da falta de dinheiro e, sobretudo, da opinião pública. Talvez não tema Deus nem o diabo, mas a opinião pública fá-lo tremer e está pronto a sacrificar tudo por ela. Sim, há muitos medos que o homem civilizado não venceu; e, enquanto não tiver conseguido vencê-los, não terá o verdadeiro saber. Só o verdadeiro saber permite alcançar a vitória sobre o medo."

   Evidentemente, é impossível não se  constatar que toda a gente põe a questão da comida em primeiro lugar. Todas  as pessoas procuram, antes de tudo, resolver esta questão: trabalham todos os dias  até se combatem por isso_muitas guerras e revoluções não têm outra origem!  Mas esta atitude em relação à comida  não passa  de um instinto que  os humanos ainda têm em comum com os animais; os humanos ainda não compreenderam a importância espiritual do acto de comer, não sabem comer. Observai-os durante uma refeição: eles absorvem os alimentos de uma forma mecânica,  inconsciente, engolem sem mastigar, fomentam na sua cabeça e no seu coração pensamentos e sentimentos caóticos e, muitas vezes,  até discutem  enquanto comem. Deste modo, perturbam o funcionamento do organismo, pois nenhum processo pode continuar a desenrolar-se correctamente: nem a digestão, nem as secreções, nem a eliminação das toxinas.

    Há milhares de pessoas que adoecem sem saber que seus males provêm da maneira como se alimentam. Basta  ver  o que se passa nos lares: antes da  refeição, ninguém tem nada  dizer  ninguém, estão todos ocupados, cada um no seu canto, a ler,  ouvir rádio, ou  a fazer uns biscates... Mas, quando chega a hora de ir para  mesa, todos têm histórias para contar ou, até, até, contas a ajustar,  e falam, discutem, descompõem-se...
     (Dos livros publicados por ÉDITIONS PROSVETA)

     (06 de Março de 2020)

    Florinda Rosa Isabel








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