domingo, 5 de julho de 2020

«A VIDA NA TERRA MUDOU» Texto do Jornal Voz da Minha Terra.

«A VIDA NA TERRA MUDOU»
Texto do Jornal "Voz da Minha Terra", Concelho de Mação_PORTUGAL
(Junho de 2020)
Desde alguns tempos que a Vida na Terra mudou de forma significativa, levando a que a maioria das pessoas se admirasse do que estava a acontecer e se interrogasse dos "porquês" de tudo isso. Recordei dos "avisos" que já vínhamos recebendo desde há muitíssimos anos, mas só pessoas sensíveis aos Direitos da Natureza conseguiam perceber. Daí, que a maioria consumista só pensasse em adquirir e esbanjar.
Mas já havia quem pensasse em mudar, até a nível, governamental, algumas leis foram criadas nesse sentido, outras não passaram de boas intenções que ficaram por aprovar, até que a proximidade de novas eleições "desaconselharam"dar-lhes seguimento... O Zé Povinho gosta de total "liberdade", devido à velha e enraizada máxima: «Já cá encontrámos isto!».
Encontraram, desde quando? Do tempo dos seus avós, que já mencionavam o tempo dos avós deles? Li uma pergunta muito interessante, feita por alguém preocupado com as inimizades que, por vezes, ficam, após herdeiros dividirem as propriedades de seus familiares falecidos: «Quem teria sido a primeira pessoa a ter a ideia de se apossar daquilo que cá encontrou, livre e gratuito, e começar a vender?».
Essa prática foi passando de geração em geração, alguns pais começaram a querer que todos os filhos herdassem de certas propriedades, por serem mais produtivas, e assim começaram a ser "retalhadas". Enquanto os herdeiros tiveram idade e saúde para cuidar delas, iam-se mantendo cultivadas. Mas a velhice chega a todos e, hoje, muitas já se encontram abandonadas. Algumas Autarquias pensaram no emparcelamento, os proprietários trocarem ente si, para que as propriedades ficassem maiores, com a possibilidade de serem cultivadas de forma mecânica. A ignorância, a ganância têm "falado" mais alto, infelizmente...
Há alguns anos, foi proibido o corte de pequenos pinheiros para a tradicional Árvore de Natal. Felizmente, muitos foram os que aceitaram adquirir, apenas, os que se vendiam provenientes das necessárias limpezas. No entanto, no local onde moro, com abundância de árvores de várias espécies, ainda há quem vá destruir pequenos arbustos, para fazerem o presépio, sem necessidade, bastava tirar um pequeno ramo a alguns deles. O que acontece onde moro, é o exemplo do que ainda vai acontecendo por muitos países.
Hoje, tinha na caixa do correio uma circular, com o seguinte: «Acondicionamento e Deposição de Resíduos na Via Pública». E as explicações e o alerta para mantermos as tampas fechadas, para protegermos nossa saúde e a dos outros, com número de telefone gratuito para esclarecimento de dúvidas. Se todas as Autarquias assim procederem, a esperança num Mundo melhor começa a aumentar e será a Realidade que todos nós, seus "inquilinos", desejamos.
(05/06/2020)
Florinda Rosa Isabel

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