sábado, 22 de outubro de 2022

Texto do Jornal Voz da Minha Terra_MAÇÃO_OUTUBRO

RESPEITAR O LIVRE-ARBÍTRIO Infelizmente, poucas são as pessoas que conhecem o seu significado e, devido ao seu desconhecimento, constantemente os países declaram guerra uns aos outros. Mas isso é complexo demais para ser abordado no VMT, nem todas as suas páginas chegariam, fico-me por algo mais simples, que leio nas notícias diárias: «Mãe manda furar as orelhas de sua filha recém-nacida». Ora, isto tem muito de violar o livre-arbítrio. Vamos admitir que a filha, quando crescer, detesta ver suas orelhas furadas, tal como eu detestei quando decidi sair do "mundo ilusório das vaidades" ? Muitas mulheres perderam a vida, ao serem assaltadas pelos gatunos que as arrastavam e sufocavam para não serem ouvidas. Eu vivia amedrontada, minha Madrinha alertava-me contra os assaltos. Eu "via" prováveis assaltantes em cada pessoa que se aproximava de mim, receosa de que me arrancassem os brincos e rasgassem minhas orelhas, fizeram isso a algumas pessoas, que ficavam a gritar, alguns transeuntes perseguiam os assaltantes, mas acabavam por desistir, quando viam aumentar a distância que os separava. Em Lisboa, claro está. Quando, após meu Padrinho se reformar dos Bombeiros Municipais e fomos viver para Ortiga, todo esse "trauma" acabou. Também há algum livre-arbítrio na Saúde. Falo por experiência: Eu disse "algum", por experiência, devido àquilo por que passei: Num dia em que meu marido foi de urgência ao hospital, no regresso vinha a informação de que não poderia tomar, juntos, dois dos medicamentos receitados pelo cardiologista que o tratava. No dia seguinte, dirigi-me ao Laboratório responsável pelo citado medicamento (bem longe de nossa residência), contei a situação na recepção. Chamaram um dos responsáveis, que concordou com o erro e me disse que, sempre que lhe fosse receitado um novo medicamento, fosse lá mostrar a receita, para eles verem se ele podia tomar. Um dia, as assistentes sociais viram uma caixa de comprimidos intacta. Perguntaram se não estava a dar-lhe os comprimidos. Respondi que não. Aguardaram a chegada do médico de família que estava quase a chegar e informaram-no de que eu não estava a dar um medicamento ao marido. Ele pediu a caixa. Assim que viu, disse: »Fez ela muito bem!».Ora, se eu não me valesse do livre-arbítrio, as consequências poderiam ter sido muito graves. (06 de Outubro, de 2022) Florinda Rosa Isabel

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