A IMPORTÂNCIA DA ATITUDE, POR OMRAAM MIKHAEL AIVANHOV
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Vou
aqui falar nos erros cometidos durante a quadra Natal/Ano Novo, erro
que se prende com a alimentação. E ninguém venha corrigir-me, alegando
que nos devemos fixar só no bem, no belo, porque eu prefiro falar nas
causas em detrimento dos efeitos, pois alguns dos efeitos alimentares
são logo sentidos, as causas costumam ser ignoradas.
Assim,
se não houver associação entre causa/efeito, irão sempre continuar,
porque ninguém quer falar nisso, preferem publicar pensamentos e
conselhos de famosos, tipo: «Não comam animais, não façam isto, não
façam aquilo, façam deste jeito, façam daquele, e por aí...»
Minhas
amigas, quando me telefonaram no dia de Ano Novo, todas elas se
queixaram de estar muito cansadas, enfartadas, pois estiveram muito
tempo a cozinhar. Mas acrescentaram que gostaram de ter a família toda
reunida.
Certo: muito tempo a cozinhar e família reunida...
Vou
ler uma passagem do livro «A Nova Terra», de Omraam Mikhael Aivanhov
(1900-1986), filósofo e pedagogo de origem búlgara, Éditions
Prosveta/Publicações Maitreya, pag. 47:
«Importância da Atitude.
Antes de começardes a comer, lavai sempre as mãos. Depois, instaurai em
vós um estado de paz e calma, tomando consciência de que ides receber
elementos preparados no grande laboratório da Natureza. Recolhei-vos,
ligai-vos ao Criador, dizei uma pequena oração e, tranquila e
silenciosamente, iniciai este processo da mais alta magia branca: a
nutrição.
O papel da mastigação.
Deve-se mastigar os alimentos durante o máximo de tempo possível, até
desaparecerem na boca, sem sequer ser preciso engoli-los. A boca, que é
onde primeiro são recebidos os alimentos, é o laboratório mais
importante, o mais espiritual. O estômago vem apenas em segundo lugar. É
na boca que se realizam os processos mais subtis, porque é ela que
absorve as partículas etéricas, ao passo que os elementos mais
grosseiros descem depois para o estômago. Além disso, antes de o
alimento ser absorvido, digerido e distribuído pelos órgãos, o homem já
se sente mais forte: isto prova que, antes de o estômago receber os
alimentos, já a boca absorveu os elementos etéricos que vão alimentar o
sistema nervoso.
O Corpo Etérico.
É preciso mastigar bem os alimentos, mas a mastigação tem a ver com o
corpo físico. Para o corpo etérico é preciso juntar a respiração.
Portanto, ao mastigar, deveis parar de tempos a tempos e respirar
profundamente a fim de permitirdes ao corpo etérico retirar dos
alimentos as partículas mais subtis. Só a respiração profunda permite
este processo Mas, se estiverdes a falar ou a discutir, engolindo os
alimentos rápida e automaticamente, o ritmo respiratório ficará
perturbado, as reacções físico-químicas não se farão normalmente e
sentir-vos-eis enfartados e mal dispostos, pois não comestes
correctamente. Para se alimentar o corpo etérico, é necessário, pois,
comer em silêncio.»
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Agora,
pergunto: Se, nestas alturas, as famílias gostam de se reunir,
alegando que é a Festa da Família, por que é preciso sempre nessas
"reuniões" estarem a dar ao dente? Por que não fazerem a refeição em
silêncio e, depois, sentarem-se em convívio, conversando, então, entre
si? Até porque, normalmente, vêm muitos assuntos à lembrança,
desenterram-se os mortos e enterram-se os vivos...
Mas
não! Haja comida, barulho aumentado com as garrafas de vinho que foram
emborcadas para empurrar os nacos de defuntos (alimentação cárnea),
muito barulho, para se fazerem ouvir vão aumentando a voz, alguma música
rockeira para completar o rol de disparates das festas da família...
Cada
um, colhe aquilo que semeia. Eu já semeei e colhi igual, há muitos,
muitos anos! Agora... estou fora! Mas porque chegou a minha hora de dar
o fora, a hora certa chegará para todos, embora para alguns já não
chegue nesta encarnação.
Florinda Rosa Isabel
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