segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

NÃO QUERO RECEBER BOAS-FESTAS DE NINGUÉM...

Quadra Natalícia, momentos muito tristes que estou atravessar... Não sinto alegria alguma, quando alguém me diz: «Feliz Natal!»...
Saudades daqueles entes queridos que já "partiram"? NÃO!
Tenho perfeita consciência de que cumpriram a missão deles aqui na Terra, e de que eu cumpri a minha com eles, ao cuidar daqueles que estavam ao meu encargo...
Partiram quando chegou a sua hora de partir e irem para outro plano de vida...
Não posso ter saudades do que já passou, pois comprometia o presente e o futuro, tanto de mim como também deles...
Mas quem partiu deixou a vida terrena naturalmente...
Os milhões de animais que perdem suas vidas nestes festejos hipócritas, onde impera a comida e as bebidas alcoólicas, em nome do nascimento de Jesus, não morrem de morte natural: São assassinados! Gargantas cortadas, pendurados ainda com vida, abanando-se, sangue saltando, eles revirando os olhos, numa terrível agonia completamente desnecessária, uma terrível, dolorosa surpresa para eles, pois pensavam que aqueles humanos que os alimentavam e, por vezes, os acariciavam, pois nem todos eram tratados a pontapés, os amavam...
Já existe muita alternativa à macabra tradição de devorar defuntos!
Os que têm penas, são pendurados pelas pernas e seguem, gargantas golpeadas, ainda com vestígios de vida, dentro de água fervente, através de um varão rolante, para as penas caírem rapidamente.
Quanto ao tradicional bacalhau, já foi feita uma estatística, vindo a apurar-se que, se todos os países devorassem tanto bacalhau como os portugueses, este já se tinha extinguido há muitíssimo tempo. E o bacalhau também sofre, tanto com dores provenientes da forma de pescar, como com o sufoco, fora de água, sofre como nós sofreríamos dentro dela.
Mas não se pode fugir à tradição, claro... Já cá encontraram isto...
Também encontraram a tradição de economizar, poupar, não deitar fora nada só porque passou de moda, e agora é o esbanjamento total, as montanhas de lixo, repletas de objectos ainda úteis, vestuário e calçado, cujos proprietários não se quiseram dar ao incómodo de andar alguns metros para colocar nos pontos de recolha, onde são seleccionados, uns para reciclagem, outros para dar a quem precise, é uma triste realidade que o camião do lixo recolhe diariamente, e que entra directo num triturador.
Nem abro o chat, não quero receber BOAS FESTAS de ninguém!
Florinda Rosa Isabel

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