Caros Amigos,
Como habitualmente às terças-feiras, voltamos para a partilha do texto aleatoriamente seleccionado. E hoje foi selecionado o livro NATUREZA HUMANA E NATUREZA DIVINA, do Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov, inserido na Colecção "Prosveta". Parte do Capítulo V - O SOL, SÍMBOLO DA NATUREZA DIVINA - páginas 67 a 71 Para poderdes ver mais claramente as relações que existem entre o Sol e a nossa natureza divina, vou mostrar-vos como se pode interpretar a lei de Newton no plano espiritual. Newton descobriu a lei da atração universal, que formulou assim: os planetas movem-se como se fossem atraídos pelo Sol na razão direta da sua massa e na razão inversa do quadrado da distância a que se encontram do Sol. Portanto, a atração é diretamente proporcional à massa dos corpos e inversamente proporcional à sua distância. Mais tarde, os físicos fizeram esta experiência: pesaram um mesmo objeto no polo e no equador e verificaram que, no equador, ele pesava menos do que no polo. Porquê? Porque, como a Terra é ligeiramente achatada nos polos, a distância até ao centro da Terra é menor nos polos do que no equador. Assim, no polo a atração é maior e o objeto é mais pesado. Mas, se o objeto se afastar da Terra, a certa altura deixará de sofrer a atração terrestre e já não terá peso. Admitamos agora que ele entra no campo da atração solar: por força da mesma lei, é atraído pelo Sol. Portanto, o mesmo objeto que era atraído pela Terra, é visto agora a dirigir-se para o Sol, a ser absorvido e atraído pelo Sol. O mesmo acontece com o ser humano, que se encontra algures entre a Terra e o Sol, ou seja, entre a personalidade e a individualidade. Se permanece demasiado perto da Terra, a personalidade retém-no e ele tem um peso enorme. Mas, se conseguir afastar-se, a personalidade terá menos poder sobre ele... até ao momento em que já não terá nenhum: então, ele dirigir-se-á para o Sol, para a sua individualidade. É a mesma lei; mas os astrónomos, que se ocupam sempre do domínio físico, nunca pensaram que esta lei existe também no plano espiritual. Para se desenvolver e viajar no espaço, o homem deve, pois, cortar alguns liames, e para cortar esses liames deve exercitar-se a dar. O afastamento é isso: o desapego, o sacrifício, a renúncia, a generosidade. Dando, afastais-vos da Terra, até ao dia em que sereis atraídos, absorvidos, pelo Sol. E se, mesmo depois destas explicações, não tendes qualquer desejo de abraçar a filosofia da individualidade, isso prova que a personalidade tomou posse de vós e com toda a força. Eu sei, evidentemente, que, ao longo de milhares de anos, por intermédio da família, por intermédio de toda a espécie de filosofias, a personalidade se reforçou tanto no ser humano, que poderemos dizer tudo o que quisermos, mas a maioria das pessoas continuará a agir segundo os conselhos que ela lhes dá. Dirão: «Oh, estamos muito bem assim, e, se passarmos por algumas atribulações, o que se há de fazer?... É a vida!» e aceitam os sofrimentos e a escravidão, não veem nada melhor. Eu sei muito bem que a filosofia que vos transmito nunca será aceite por todos os que estão tão presos nas garras da personalidade, que não têm gosto algum por uma existência superior, mais bela, mais poética. Perguntar-me-eis: «Mas, então, se sabe antecipadamente que os humanos não o seguirão, porque é que continua a falar para eles?» Porque eu também sei que alguns já não estão tão prisioneiros da sua personalidade, e é para eles que falo. Tenho esperança de que, um dia, esses conseguirão sair do círculo da personalidade para se aproximarem do mundo divino. Mas não tenho grandes ilusões em relação aos outros. Mais tarde, talvez; daqui a algumas encarnações, depois de umas infelicidades, de umas catástrofes e de umas boas lições, eles também sairão das garras da personalidade. A personalidade aparece nas criaturas com o reino animal. A natureza superior também existe nos animais, mas está adormecida. Nos humanos, ela começa a manifestar-se um pouco e só pede que a deixem desenvolver-se e reinar, como reina nos Iniciados. Eis o ideal que devemos ter: acolher amplamente, completamente, a natureza divina em nós. Quanto tempo isso demorará?... Não devemos deter-nos na questão do tempo. E como o Sol é o símbolo deste ideal, nós tomámo-lo como modelo. Alguns dirão: «Mas o Sol não é um ser humano!» Sim, mas ele faz mais do que os humanos são capazes de fazer. Portanto, é preferível seguir os seres que talvez não sejam humanos, mas que os ultrapassam, do que ir atrás dos humanos, que são sempre fracos, obscuros, maus, egoístas, criminosos. E suponhamos mesmo que o Sol não passa de uma rocha ou de um bloco de metal em fusão; isso pouco me importa. Uma vez que manifesta qualidades superiores às dos homens, pois dá a luz, o calor e a vida, eu tomá-lo-ei como modelo sem me questionar: «Será um homem? Será uma pedra? Será um metal?» Eu vejo que as suas qualidades ultrapassam as dos homens, e então dirijo-me a ele, porque junto dele sou exaltado, cresço, torno-me mais inteligente, curo-me. Junto dos homens, pelo contrário, muitas vezes fica-se doente e infeliz. Alguns dirão: «Meu Deus, como ele está deformado! Agora atribui inteligência ao Sol, atribui-lhe qualidades.» Porque não? E eu não sou o único, segui o exemplo de grandes espíritos que me precederam. Apresento-vos ainda outro argumento. Quando vedes uma pessoa, como podeis saber o que ela está a pensar, em que atos está a refletir? Se o seu rosto estiver sombrio, se for sinistro, ameaçador, podereis estar certos de que ela pensa em fazer mal. Foi a natureza que fez assim as coisas. Quando um homem tem intenções criminosas, o seu rosto fica sombrio, não brilha. Mas, se ele tem a intenção de ajudar alguém, o seu rosto ilumina-se, brilha. Não podemos tirar uma conclusão fantástica desta observação? Porque é que o rosto do Sol é tão luminoso, tão radioso? Porque ele está sempre a meditar em coisas boas... Sim! E a sua luz é proporcional à grandeza dos seus bons pensamentos, dos seus bons sentimentos, do seu amor, da sua ciência. Já pensastes nisto?... O Sol mostra-nos o caminho: dar, esclarecer, vivificar. Mas as pessoas estão tão longe desta ciência, que ninguém se deixará persuadir. Elas dirão: «É poético, é bonito.», mas não considerarão que é verdadeiro. Sim, dirão apenas: «É poético, é bonito.» e nada farão para o realizar. Quantas coisas há ainda para vos revelar! Por enquanto, tudo isto está ainda pouco claro para vós, porque não aprofundastes suficientemente a ciência das analogias, dos símbolos. Mas, daqui a algum tempo, tudo ficará claro. Tende paciência!
03 de Março, 2020
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quarta-feira, 11 de março de 2020
Natureza Humana e Natureza Divina
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