As Revelações do Fogo e da Água - 21 Agosto, 2018
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A todos, a nossa saudação. | |
Caros Amigos, Dadas as solicitações que recebemos, retomamos o envio de textos aleatoriamente selecionados, às terças-feiras. As várias Feiras do Livro e umas pequenas férias obrigaram-nos à interrupção deste envio. Hoje, o livro selecionado foi AS REVELAÇÕES DO FOGO E DA ÁGUA, do Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov, inserido na Colecção "Prosveta". CAP. VIII - DA ÁGUA FÍSICA À ÁGUA ESPIRITUAL (parte) A maioria das pessoas lava-se todos os dias, seja as mãos, seja o rosto, seja o corpo inteiro, e por isso lavar-se tornou-se, naturalmente, parte do comportamento dos seres civilizados. Mas como se lavam eles? Isso é outra questão. Ensina-se às crianças que devem lavar-se por medida de higiene, para andarem limpas, para não trazerem consigo maus cheiros que incomodem os vizinhos, e nada mais. Pois bem, isso não chega, porque uma pessoa pode estar lavada e asseada fisicamente mas, interiormente, continuar tão suja como se nunca tivesse tomado um só banho na sua vida. O homem não possui só um corpo físico, possui também corpos subtis (etérico, astral e mental) dos quais deve igualmente cuidar, para os desembaraçar de todas as sujidades acumuladas neles: as impurezas produzidas pelas sensações, pelos desejos, pelos sentimentos e pelos pensamentos de natureza inferior que ele acolhe e alimenta diariamente em si. Se a água nos lava no plano físico é porque tem a propriedade de arrastar e absorver as impurezas. No plano espiritual, ela tem exactamente as mesmas propriedades. Todas as religiões preconizaram a purificação pela água: as abluções, os banhos rituais... Essas práticas são baseadas num saber milenar respeitante aos poderes da água. Vós direis que as condições da vida actual não se prestam muito a esse género de práticas. Prestam sim, porque desde o começo do dia, quando acordais, até à noite, quando vos preparais para ir para a cama, tendes várias ocasiões em que utilizais a água para vos lavardes e podeis aproveitar essas ocasiões para fazer um trabalho psíquico e espiritual. A água que conhecemos e de que nos servimos todos os dias nada mais é do que a materialização do fluído cósmico que preenche o espaço, e nós podemos entrar em contacto com esse fluido pelo pensamento, pois é nele que todas as criaturas estão banhadas. A primeira condição para fazerdes este trabalho de purificação é, pois, a de vos lavardes com a consciência de que, através da água, vos ligais a um elemento de natureza espiritual. Essa consciência começará por modificar os vossos gestos. Há imensas pessoas que se lavam com gestos bruscos e desordenados, porque crêem que isso vai ajudá-las a despertar, a estar em forma e de bom humor. Vai despertá-las, sim, mas esses movimentos precipitados têm um efeito nocivo, sobretudo para o rosto, cuja harmonia corresponde a uma organização muito subtil das partículas segundo determinadas linhas de força. O rosto do homem é um reflexo do rosto de Deus, e aqueles que lavam o rosto com gestos bruscos e sem atenção perturbam os traços da imagem divina. Por isso, lavai-vos com gestos bem medidos, harmoniosos, para que o pensamento também possa libertar-se e realizar o seu trabalho. Concentrai-vos na água, na sua frescura, na sua limpidez, na sua pureza, e pouco depois sentireis que ela vai agir sobre regiões desconhecidas em vós e nelas produzir transformações. Não só vos sentireis mais leves, purificados, mas também o vosso coração e o vosso intelecto serão alimentados por novos elementos, mais subtis e vivificantes, pois a água inferior, a água física, contém todos os elementos e todas as forças da água espiritual, só há que aprender a despertá-los e a recebê-los. Os Iniciados têm métodos para exaltar as virtudes da água: deitam nela um punhado de sal e acendem velas, ao mesmo tempo que queimam incenso e pronunciam fórmulas. Mas o mais importante é, sobretudo, estar consciente de que a água é viva e habitada por entidades muito puras. Por isso, seja na vossa casa de banho, seja na Natureza, antes de tomar contacto com a água deveis saudá-la com muito respeito e amor e pedir ao Anjo da Água que vos ajude no vosso trabalho. Para nos purificarmos, não é necessário fazermos cerimónias longas e complicadas. Todos os dias tendes várias ocasiões em que usais a água para vos lavardes. Fazei-o, então, sem nunca vos esquecerdes de que a água física é precisamente um meio de entrar em contacto com a água espiritual, que é a verdadeira água. É claro que lavar-se faz parte dos actos mais comuns da vida quotidiana, mas não se deve subestimá-lo. Tal como comer, dormir e respirar, lavar-se deve ser considerado um acto sagrado que pode libertar a alma. Não basta que o corpo físico seja ligeiramente limpo, se todos os corpos subtis continuam a asfixiar sob espessas camadas de impurezas; não, também é preciso aprendermos a abrir os poros da nossa alma para absorvermos todas as riquezas oferecidas pela água. Mas vamos agora mais longe. O que são o desgosto, a tristeza, o desânimo? São impurezas que deixastes penetrar em vós e que perturbam o vosso organismo psíquico, tal como um veneno ou outros elementos tóxicos perturbam o vosso organismo físico. Graças à água, também podeis remediar esses estados. Contemplai a água, escutai-a a correr: quer se trate de uma nascente, de um ribeiro ou de uma cascata, a água corrente liberta o plexo solar, arrastando consigo os elementos obscuros que o perturbavam, pois ela é a imagem da perpétua renovação da vida e, ao contemplá‑la, nós somos influenciados. Evidentemente, na cidade e na vida do dia a dia não é fácil encontrar fontes e cascatas, mas, então, abri uma torneira! É menos poético, mas pode ser igualmente eficaz. O essencial é concentrardes‑vos na água a correr. Também podeis mergulhar as mãos na água. Todas as influências entram e saem pelas mãos – tanto as boas como as más –, porque as mãos, e particularmente as extremidades dos dedos, são como antenas que captam ondas e as reenviam. Mergulhai, pois, as mãos num recipiente com água ou, então, deixai correr sobre elas, durante algum tempo, a água da torneira, pensando que ela vos atravessa com a sua pureza, a sua frescura, e arrasta todos os vossos estados negativos. E como o mais importante é a actividade do pensamento, podeis fazer esta experiência mesmo que não tenhais água. Quaisquer que sejam as circunstâncias da vida, há sempre algo a fazer; o essencial é não ficar inactivo e não se submeter passivamente. E se, por vezes, vos acontece ser assaltados por impressões dolorosas de que quereis desembaraçar-vos e não tendes possibilidade de tocar ou de ver água, fechai os olhos e fazei funcionar a imaginação. Nesse momento, sois livres de escolher tomar um duche, um banho de imersão, ou de mergulhar num rio, num lago, num oceano: milhares de gotas de água escorrem sobre vós... vós nadais, deixais-vos levar ao sabor da corrente ou embalar pelas ondas... mergulhais e perdeis-vos na imensidão... Permanecei nessas imagens maravilhosas durante o máximo de tempo possível: pouco a pouco, sentireis uma transparência, uma leveza, como se realmente tivésseis sido atravessados por vagas purificadoras e vivificantes.
21 de Agosto, 2018
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