quarta-feira, 11 de novembro de 2020
A VIDA PSÍQUICA... (Publicações Maitreya)
Caros Amigos,
Como habitualmente às terças-feiras, voltamos para a partilha do texto aleatoriamente seleccionado. E hoje foi selecionado o livro A VIDA PSÍQUICA, ELEMENTOS E ESTRUTURAS, do Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov, inserido na Colecção "Prosveta".
Parte do Capítulo III - VÁRIAS ALMAS E VÁRIOS CORPOS
À alma vegetativa ou vital, a primeira, que vem animar o embrião logo no seio da mãe, junta-se, por volta dos sete anos, a alma dita “animal” ou, se quiserdes, voluntária. As pessoas em geral pensam que a alma se instala em definitivo por volta dessa idade, denominada “idade da razão”. Não, trata-se apenas da alma voluntária. Do nascimento até aos sete anos, a criança não para de se mover, de andar, de correr, de gesticular; e aos sete anos, quando a alma animal nela se instalou por completo, podemos dizer que a criança adquiriu a suficiente autonomia de movimento para ser capaz de dominar os seus gestos.
Contudo, desde há algum tempo, começou um novo período em que a vida afetiva assume cada vez mais importância: é a alma emocional que, pouco a pouco, vai aparecendo. Por volta dos catorze anos, na puberdade, esta alma emocional atinge a maturidade, instala-se definitivamente e impele o ser a deixar-se guiar pela sua sensibilidade.
Mas, ao mesmo tempo, também se desenvolve a capacidade de refletir e, finalmente, por volta dos vinte e um anos, é a alma intelectual, racional, que se instala. Isso não quer dizer que, a partir dos vinte e um anos, o ser humano se torna automaticamente prudente e sensato; não, esse é mesmo o período em que ele pode cometer as maiores asneiras da sua vida! Mas é nesse momento que ele fica na posse das suas faculdades de compreensão e de raciocínio.
Quanto à alma divina, a sua entrada em nós depende da vida que decidimos levar e do nosso desejo de receber essa alma. Aquilo a que se chama “Iniciação” é justamente o caminho que o ser humano deve percorrer para ir ao encontro da sua alma divina e atraí-la, a fim de que ela se instale e habite nele. O Iniciado é aquele que trabalhou no sentido de transformar tudo em si para poder atrair a sua alma divina; todo o seu ser se tornou harmonioso e ele vibra em uníssono com a Inteligência Cósmica, tornando-se seu condutor, seu servidor. Mas, na realidade, isso só se torna verdadeiramente possível para alguns seres excecionais que trabalharam nesse sentido durante numerosas incarnações. Eles não pensavam noutra coisa a não ser em reencontrar-se, realizar-se e atrair a sua alma divina, para poderem manifestar-se plenamente. Durante anos e anos, por meio de exercícios de purificação e de meditação, de orações e de sacrifícios, eles prepararam-se com o propósito de atrair o seu Eu superior, o seu Eu divino. Quando o conseguem, diz-se que receberam o Espírito Santo.
Os cabalistas também dizem que o homem tem várias almas. À alma emocional, astral, eles chamam Néphesch, à alma intelectual, Ruah, e às almas superiores, Neschamah, Hayah e Iehida. Quanto aos hindus, esses não falam de almas, mas de corpos, o que também está certo, pois qualquer partícula de matéria contém uma energia. Essa energia é o princípio masculino e a matéria é o princípio feminino. Em toda a parte do universo, a matéria possui energia; portanto, o corpo físico, que é matéria, contém em si próprio uma energia, e é a essa energia que chamamos alma. Mas, para além do corpo físico, o homem possui outros corpos mais subtis e cada um tem a sua alma: para o corpo físico, é a alma vital; para o corpo astral, é a alma emocional; e, para o corpo mental, é a alma intelectual; há ainda três almas superiores, para o corpo causal, para o corpo búdico e para o corpo átmico. Cada corpo contém, pois, a sua alma. O corpo é a forma, o recipiente, e a alma é a energia que o anima. Os dois são inseparáveis.
A própria natureza, o cosmos, é um corpo, o corpo de Deus, e tem uma alma, a Alma universal. Tudo isto é claro e límpido. Mas voltemos aos diferentes corpos. As três atividades fundamentais que caracterizam o homem são o pensamento (que tem por instrumento o intelecto), o sentimento (que tem por instrumento o coração) e a ação (que tem por instrumento o corpo físico). Não penseis que só o corpo físico é que é feito de matéria; o coração e o intelecto também são instrumentos materiais, só que a sua matéria é mais subtil do que a do corpo físico.
Uma longa tradição esotérica ensina que o suporte do sentimento, o seu veículo, é o corpo astral, e o do intelecto é o corpo mental. Mas esta trindade – corpo físico, corpo astral, corpo mental – constitui a nossa natureza humana imperfeita. Essas mesmas faculdades – pensamento, sentimento e ação – encontram-se em nós a um nível superior, e aí os seus veículos são os corpos causal, búdico e átmico, que formam o nosso Eu divino. Os três grandes círculos concêntricos indicam as relações que existem entre os corpos inferiores e os superiores
Até breve!
10 de Novembro, 2020
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