quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023
Entrar no Novo Ano Com Velhos Costumes
ENTRAR NO NOVO ANO, COM VELHOS COSTUMES...
A tradição de "quanto mais barulho, melhor", provavelmente foi criada por algum fabricante de utensílios que faziam estrondo ao cair e por quem descobriu a pirotecnia.
E uma vez mais ficou comprovado o egoísmo de algumas pessoas que só pensam nos seus lucros, mesmo que custe a ruína de alguns seus irmãos, ou, até a própria vida.
Tenho bem inscritas na minha memória, os gritos de uma mulher, que andava comigo na colheita a azeitona num olival dos meus padrinhos, e ela soluçava pela morte da sua irmã, a muita distância de nós, ela garantia que o estrondo fora na secção da irmã, que estava grávida...
Tristemente chegou a confirmação do que ela temia: só encontraram alguns (poucos) escombros ainda fumegantes...
Eu tinha medo de sair de casa, quando faziam as Festas de Verão, a vegetação seca, mas festa em Fogo de Artifício, não era festa. Já no final, havia a subida do balão, que era muito bonito, mas, por vezes, largava, para o mato, pequenos pedacinhos que incendiavam, onde ficavam. Os vizinhos gritavam e acudiam com baldes que enchiam em tanques, poços, onde podiam, até os Bombeiros chegarem. Agora, digam-me: valeu a pena tanta aflição e o prejuízo, por uns escassos minutos de prazer? Claro que não!
Mas este hábito de destruição quando sai o"velho Ano" e a euforia barulhenta a mandarem o "velhinho" embora, já existe desde há muitíssimos anos. Quando casei, tinha de enviar a pasta do meu marido com as refeições para o quartel onde ele estava de serviço. Os colegas recolhiam tudo que fizesse barulho, para atirarem ao chão. Resultado, lá tinha a Florinda de comprar mais uns pratos, gastar mais dinheiro, que podia ser empregue em algo que tivesse utilidade.
que lançam em datas festivas.
Nos tempos que correm, em que o "falso progresso" proíbe tanto das antigas tradições, não se justifica que não proíba esta, que lançam em datas festivas.
Não se admirem de eu falar em "falso progresso", pois progredir não é ter tudo que a "vida moderna" (infelizmente) nos obriga a ter, uma vez que, quase todos os serviços prestados nos chegam pela Internet
De vez em quando, em determinados locais, há "apagões", fica tudo parado. Aconteceu comigo num balcão de apoio à "Agricultura e Pescas" onde tudo era feito presencialmente. Preencheram os impressos à mão, mas era preciso enviá-los via internet, esta estava de "greve", a papelada lá ficou à espera, até que desapareceu...Telefonaram-me, tive de voltar ao balcão.
Lamento que muitas das pessoas ainda não compreendam que têm de amar o seu próximo e amar como Jesus amou..
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