Fascículo nº. 4 - 10º. Capítulo
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Caros Amigos,
Como é hábito, por ser segunda-feira continuamos com a divulgação de mais um Capítulo do Fascículo nº. 4, que contém ensinamentos do Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov.
FASCÍCULO Nº. 4 - O HOMEM NO ORGANISMO CÓSMICO
10º. Capítulo: RESTABELECER O CONTACTO COM A VIDA UNIVERSAL
Imensas pessoas têm a impressão de ter sido lançadas no mundo como num meio que lhes é estranho e até hostil! Porquê? Porque perderam o contacto com a natureza. Elas já não sentem a amizade, a benquerença de tudo o que existe à sua volta: as pedras, as plantas, os animais, o sol, as estrelas… Mesmo quando se encontram abrigadas nas suas casas, estão inquietas, perturbadas. Mesmo durante o sono, sentem-se ameaçadas. É uma impressão subjetiva, porque, na realidade, nada as ameaça assim tanto; mas, interiormente, algo se degradou e elas não se sentem protegidas. É preciso, pois, que elas restabeleçam o contacto com a vida universal a fim de compreenderem a sua linguagem e de trabalharem em harmonia com ela. Toda a natureza fala, tudo o que existe no universo possui uma maneira particular de se exprimir. A questão está em trabalharmos sobre as nossas faculdades de perceção a fim de compreendermos todas as manifestações da natureza e as suas formas de linguagem, mas também em encontrarmos em nós próprios meios de expressão para nos dirigirmos a ela ou responder-lhe. Porque a natureza é viva e inteligente. Sim, inteligente; a inteligência não é própria só do homem. É muito difícil de admitir para alguns, eu sei, mas eles devem saber que, à medida que mudamos a nossa opinião sobre a natureza, modificamos o nosso destino. A natureza é o corpo de Deus. Se nós pensamos que ela é morta e estúpida, diminuímos a vida em nós, e se pensamos que ela é viva e inteligente, que as pedras, as plantas, os animais, as estrelas, são vivos e inteligentes, também introduzimos a vida em nós. E porque a natureza é viva e inteligente, devemos estar extremamente atentos a ela, respeitá-la e aproximar-nos dela com um sentimento sagrado. Muitos de vós pensam: «Que importa se eu ajo em relação à natureza com respeito ou não? Para ela, isso nada muda, eu não lhe faço bem nem mal.» Na realidade, deveis respeitar a natureza não tanto por ela, mas por vós. Se fordes atenciosos com as pedras, as plantas, os animais e os homens, e até com os objetos que vos rodeiam, a vossa consciência da vida desenvolve-se, aprofunda-se, e sois enriquecidos por toda essa vida que respira e vibra em vosso redor. Certamente nunca pensastes nisto, e é essa a razão por que vos sentis muitas vezes desorientados, angustiados, no vazio. Quereis sair dessa situação? Pensai que estais ligados às forças e às entidades luminosas da natureza e que podeis comungar com elas. A verdadeira vida é esta comunhão diária e ininterrupta com uma multidão de criaturas. «Mas – direis vós – como fazer isso?» Pelo amor. Não há outra meio a não ser o amor. Se amais a natureza, ela falará em vós, porque vós também sois uma parte da natureza. Claro que é necessária toda uma preparação para atingir este estado de consciência. Mas, no dia em que o atingirdes, sentir-vos-eis na luz e em paz, protegidos pela Mãe natureza que vos reconhece como seu filho, e ela acarinha-vos, toma-vos nos seus braços, dá-vos das suas alegrias… Vós nem sequer sabeis de onde vêm essas alegrias, mas ficais felizes, como se o céu e a terra vos pertencessem.
Até breve!
18 de Abril, 2016
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