terça-feira, 25 de setembro de 2018

TEXTO DE SETEMBRO, DO JORNAL VOZ DA MINHA TERRA_CONCELHO DE MAÇÃO

Portugal Com Altos Valores!

Segundo a Organização Mundial de Saúde, Portugal acusa uma taxa vinte vezes acima dos Suíços e Alemães, no que respeita a pesticidas introduzidos nos nossos corpinhos…
Após várias análises, constataram que, no Ribatejo, é onde existe a maior taxa de câncer, precisamente onde mais se cultiva e aplica o Glifosato.
Estamos todos sujeitos à ignorância que se apoderou da maioria dos responsáveis que ditam as leis, pois essa maioria não consegue compreender que está destruindo sua saúde, a saúde da sua família e a saúde do próprio planeta, que está muito, muito doente.
Até as autarquias declararam guerra à natureza! Homens de pulverizador às costas a borrifar ervas à beira dos caminhos, por conta das autarquias, sem respeito algum pelas pessoas e animais que por lá transitam!
Em algumas autarquias já se procede com vaporizadores de água. Eu tenho um vaporizador desses, sai a água a ferver, para limpar superfícies, chão, lava-louça, etc., sem utilizar químicos. Onde moro, já começaram a utilizar o sal, como era no tempo dos nossos antepassados.
Por que é que as pessoas que andam a borrifar usam máscaras? Se o produto não fosse tóxico, não seria necessário. Se é tóxico, há que ter em conta que esse veneno vai-se espalhando e contamina tudo. Entra na terra, de lá vai para ribeiras, rios e mares. E mesmo nas hortícolas e árvores, teremos de aprender a reconhecer os sinais da Natureza e respeitá-la.
Recordo que, quando vivia na aldeia e ia para a colheita da azeitona, era naquelas oliveiras que se encontravam cercadas de mato e de difícil acesso, que não eram pulverizadas (houve uma altura em que era obrigatório, por lei, de contrário, não tínhamos quem a recebesse para o fabrico do azeite), que eu encontrava azeitonas na árvore e sem moléstia, ao contrário das ditas “curadas”, com mau aspecto e muita dela havia caído.
E, falando na minha aldeia, situada no concelho de Mação, onde essa prática tem sido exercida, pergunto: Acaso o Glifosato não estará a ajudar a matar o nosso querido Rio Tejo?
Está para ser reavaliada a autorização que o uso deste herbicida obteve por mais sete anos, em vista a estas novas informações sobre a saúde da população.
Outro Alto Valor apurado, é o que diz respeito ao que já é conhecido por “Epidemia Alcoólica”, que mata, pelo menos, treze mil pessoas por ano…
Esta estatística diz respeito a causas directas, porque não foram contabilizadas as mortes provocados a outras pessoas pelos ébrios!
Vergonhosamente, Portugal ocupa o segundo lugar entre os países onde mais álcool se ingere. E, ao ver o estado lamentável de muitas das pessoas que encontro quando saio e casa, não duvido dessa estatística.

(05/09/2018)

Florinda Rosa Isabel

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