Não Fazer Comparações Entre as Crianças

Como já todos aqueles que visitam meu perfil_ que é de visualização pública, assim fazendo jus ao que é uma Rede Social_, devem ter observado, eu sou totalmente contra o aborto e já tenho, até, divulgado algumas situações que ocorreram comigo aquando fui submetida a essa prática dentro do ventre materno; mas também existe algo muito prejudicial ao desenvolvimento pleno de uma criança a que poucos adultos dão importância e a que eu também não associava o seu relacionamento com certos traumas que sempre me acompanharam, até ter lido, por aqui, algumas novas descobertas científicas sobre o desenvolvimento do cérebro desde a mais tenra idade, e isso chocou-me profundamente! Muitos são os pais que caminham com os filhos para os psicólogos (eu nunca fui a nenhum, nem em criança nem em adulta) e estes vão tendo um acompanhamento regular desde a infância. Mas, meus amigos, depois de terem destruído as células cerebrais dos inocentes, que foram modificadas, tendo eles continuando a crescer e a sofrer diariamente essa violência imposta por aqueles que os amam e pensam estar a fazer o melhor, pouco ou nada há a fazer, o psicólogo não consegue fazer milagres... O verdadeiro milagre reside na forma de o educarem naturalmente, apenas levando em conta a personalidade desse ser que veio o mundo com uma característica própria, padronizada para cumprir aqui a sua missão, que também é única (embora possa ter algumas semelhanças com outros), sem fazerem comparações entre vossas crianças e as outras, tipo: «Vês fulano? Assim é que tu devias ser!». Isso pode conduzir a complexos de inferioridade e, até, modificar o seu comportamento e fazer dessa criança uma anti-social e com dificuldades de relacionamento, pois ainda não tem capacidade para raciocinar o suficiente e compreender que está a ser manipulada, e pode acabar por rejeitar a convivência com as outras crianças, só para que o seus educadores não as conheçam e não façam comparações... E, pela vida fora, ter dificuldades de relacionamento, até com os amigos íntimos... Pensem bem, antes de abrirem a boca para elogiarem as qualidades dos amigos de vossos filhos, enquanto "derrotam" aquilo que pensam serem defeitos nos vossos. E, sobretudo, tomem cuidado com estas poderosíssimas frases que podem matar a alma do pequenino ser que está aos vossos cuidados: «Não prestas para nada! Nunca hás-de prestar para nada! Não consigo fazer nada de ti! És teimoso (teimosa) como um burro! Vais ser um desgraçado (desgraçada) toda a vida!», só porque a criança não é uma cópia de vós ou não preenche os sonhos que idealizaram para ela, por vezes, os sonhos que vós próprios não conseguistes realizar. Conheci um garotinho, filho de um nosso amigo e colega do meu marido, que, ao chegar junto de suas avós, à aldeia, aquando nas férias (fomos algumas vezes passar uns dias lá), elas diziam logo: «Chegou o nosso doutor!» A vocação dele era desmanchar os rádios e tornar a montar tudo, poderia ter sido um grande especialista na matéria, até um inventor, mas acabou por ir trabalhar num dos canis da Guarda Nacional Republicana... Florinda Rosa Isabel