segunda-feira, 20 de março de 2023

TODOS PRECIAM BELAS PALAVRAS...

Aprende-se mais com críticas, do que com falsos elogios Criou-se nas redes sociais uma aversão generalizada contra quaisquer críticas, alegando que não se deve julgar, criticar, etc., etc. Por vezes, a intenção não é criticar, mas constatar um facto. Todos apreciam belas palavras, elogios ou, simplesmente, que seja ignorado aquilo que entendem por errado. Concordo que palavras de elogio são sempre bem aceites e lavam a alma. Mas, se são falsas, apenas porque se deve dizer algo sobre o assunto e não se pretende contrariar seja quem for, essa atitude em nada contribui para que a Vida na Terra melhore. Vejamos, por exemplo, o hábito que alguns vizinhos têm, quando chegam a casa depois da meia-noite, falarem altíssimo, de umas divisões para outras, ligarem o rádio ou a televisão, sem respeitarem o descanso os outros… Antigamente, a noite era para dormir e o dia para trabalhar. Actualmente, com a vida moderna, os horários de trabalho são rotativos, o que significa que a toda a hora do dia e da noite estão sempre umas pessoas a descansar e outras a trabalhar. E é por falta de descanso e de dormir, que muitos acidentes acontecem e que algumas pessoas se apresentam neuróticas e com mau desempenho na ocupação que exercem. Devido a isso, todos devíamos reduzir ruídos desnecessários, a qualquer hora. Também aqueles bebés que custaram a adormecer ou aqueles velhinhos que se encontram doentes, ficam prejudicados com o barulho desses inconscientes. Mas se alguém chamar directamente a atenção aos causadores do barulho, para o transtorno, o mais certo é serem mal recebidos, iniciar-se uma discussão que nada resolve, cada um pretende elevar a voz acima da voz do outro, acabam por ficar zangados, deixam de se falar, e o barulho nocturno vai continuar, talvez com uma sonoridade superior, porque, infelizmente, ainda há pessoas muito vingativas. Mas se essa chamada de atenção vier pela internet, não se dirigindo a alguém em especial, pode acontecer que essas pessoas se apercebam do mal que causam aos outros e comecem a evitar, pois têm tempo de ler e reflectir, ao contrário de dialogar pessoalmente, em que uma mudança no tom de voz ou um olhar poderá levar um dos interlocutores a interpretar de forma errada e exaltar-se. Afirmam os Pensadores de todas as épocas: «Não receiem os maus, mas os bons que se calam e permitem que o mal aconteça»!

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