Brochura nº. 2 - 3ª. parte
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Caros Amigos,
Como habitualmente às 2ªs. feiras damos continuidade à divulgação das Brochuras, cuja reedição não se prevê. Assim, damos continuidade à BROCHURA Nº. 2 com ensinamentos do Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov, 3ª. parte:
A ALMA (Continuação nº. 3)
Conferência improvisada
E então, onde é que está o homem? Em toda a parte ... Direis vós: «Até mesmo no corpo» Sim, até mesmo no corpo. Se ele se identifica com o corpo, tal como o homem vulgar que se identifica sempre ao seu ventre, ao seu estômago, ao seu sexo, o homem é o corpo. É evidente que, na realidade, o corpo não é o homem, é o seu instrumento, a sua vestimenta. Podeis ter as pernas cortadas, os braços cortados e outras coisas cortadas, que continuais a existir e sentis que não sois nem as pernas, nem os braços, nem todo o resto. E será que o homem também está na alma? Sim, concerteza, e em maior parte, mas não completamente. O homem não é nem corpo, nem alma; ele é espírito e a sua verdadeira morada é o espírito. E o que é que ele faz com a sua alma? Manifesta-se através dela. A alma é, para o homem, corno que um corpo superior, um outro corpo mais luminoso que, um dia, se desagregará também e então. o homem viverá no seu espírito. Quando se diz que a alma do homem é imortal, na realidade está-se a falar da sua alma superior, quer dizer, do seu espírito; mas a sua alma inferior esboroar-se-á, porque é mortal. Sim, a alma vulgar do homem é mortal, mas a sua alma espiritual, que é o seu espírito, é imortal, e é lá que um dia ele viverá. Portanto, o homem deve aprender a não se confundir com tudo o que não é ele. Por intermédio das suas meditações, dos seus estudos, das suas observações, das suas análises, ele deve trabalhar no sentido de procurar encontrar-se. Porquê? Porque quando se está perdido, quando se anda ao acaso, não se tem nem força, nem poder, nem consciência, nem saber. Pouco a pouco os humanos foram descendo de nível, dispersaram-se, perderam-se nas brumas da matéria, e já não conseguem reencontrar-se, já não se reconhecem. É por esta razão que, nas Iniciações antigas, a tarefa mais importante que se dava ao discípulo era a de se reencontrar, de se conhecer, No frontão do templo de Delfos estava inscrito: «Conhece-te a ti mesmo»; mas poucos pensadores compreenderam este preceito. Julga-se que conhecer-se significa conhecer o seu carácter, as suas fraquezas, as suas qualidades. Não; é algo mais. Se fosse somente isto, jamais o teriam inscrito num templo! Conhecer-se dessa forma, é demasiado fácil. O verdadeiro conhecimento iniciático é a fusão, é fundir-se através de um acto de amor, tal como se diz na: Bíblia quando se refere que Adão conheceu Eva ou que Abraão conheceu Sara. O verdadeiro conhecimento é a fusão. Ao dizer: «Conhece-te a ti mesmo», os Iniciados queriam dizer: «Vós não sois aquilo que pensais. Conhecer-se é identificar-se, fundir-se consigo próprio, esse Eu superior que está lá no alto, na região do espírito. Abandonai tudo aquilo que não passa de envelopes, de ouropéis, de ilusões, e ide cada vez mais alto até que vos torneis espírito,» Conhecer-se, é isto. Eis um aspecto do símbolo da serpente que morde a própria cauda; aliás, uma ínfima parte. O resto não vo-lo revelarei.
Até breve!
26 de Setembro, 2016
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