«O que se passa com o homem é exactamente à imagem do que se passa com a sociedade: observam-se as mesmas revoluções, as mesmas perturbações, as mesmas mudanças de situação. Quantos reis, que não estavam à altura do seu cargo, foram derrubados pelos seus súbditos! Eles não conheciam as leis terríveis do carma e permitiam-se ser cruéis e injustos. Mas eis que outros, secretamente, no silêncio, preparavam sua queda, e um dia eles eram abatidos. A História tem-nos dado tantos exemplos! Quantos reis foram destronados e encerrados em masmorras, com um pouco de água e algumas côdeas de pão! E lá ficavam, infelizes, esperando a libertação, enquanto os outros, que se tinham apoderado do poder, governavam em seu lugar. Toda a gente sabe isso, mas quantos compreenderam o que acontece também na nossa vida interior? Interiormente o "rei" entrega-se à preguiça ou à devassidão, e surgem forças hostis que se apoderam dele, o põem numa masmorra e governam em seu lugar.
É preciso, pois, que o homem retome o seu lugar à cabeça do seu reino, senão, acabará por ser completamente substituído pelos vadios e malfeitores que estão dentro dele. Se ele não for justo nem honesto, se não respeitar certas leis, surgirão revoluções no seu interior e ele será derrubado por monstros que tomarão o poder e ocuparão o seu trono. Talvez ele mantenha a mesma aparência, mas interiormente já não será a mesma pessoa que era antes e que dirigia.»
De uma Conferência improvisada, pelo amado Mestre Omaam Mikhael Aivanhov (100-1986), de origem búlgara. Livro «Rumo ao Reino da Paz», colecção Izvor.
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(Florinda Rosa Isabel)
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