Folhas de Luz - Antologia - 22 Setembro 2015
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Caros Amigos,
Como habitualmente às 3ªs. feiras, voltamos com a partilha do texto selecionado aleatoriamente, e o livro selecionado foi «FOLHAS DE LUZ - Antologia», de Maria, inserido na Colecção "Missão Lusa".
A MATEMÁTICA E AS RELIGIÕES (parte)
Duas ideias fundamentais suportam este texto: o Cosmos e o Homem. O Cosmos, que em seu movimento e harmonia nos inspira na procura de leis precisas, as quais exprimimos por números, as equivalências, derivando daí a Ciência no seu Todo, e o Homem que em sua natureza humana engloba uma realidade mística, que o impulsiona ao bem e ao Divino. Temos então uma lei precisa que rege a matéria por conclusões de Matemática e que se tornou a linguagem da Ciência, e uma lei espiritual que conduz o homem a aproximar-se de Deus, pela sua intrínseca natureza religiosa. Desta forma, a Religião e a Ciência convergem para o mesmo objectivo: o da evolução espiritual e mental do homem. Foi devido em parte ao fanatismo religioso, que a Ciência sofreu certa castração, ao perseguir homens de grande envergadura espiritual e rara inteligência. E houve também homens de Ciência que em seu atraso espiritual impediram a evolução, inimigos de si próprios, auto - denominados ateus, arrogantemente livres de qualquer alçada religiosa. Contudo, deparamos com um paradoxo, pois não há ser humano que não integre uma natureza religiosa, donde irrompe por vezes traiçoeiramente uma experiência mística, pondo a descoberto o seu lado espiritual, tão preciosamente escondido. A intolerância religiosa que houve nos séc. XVI e XVII foi a prova, da longa noite de ignorância que o homem tem vivido acerca de si mesmo e de Deus. O verdadeiro religioso é aquele que pelo saber inteligente e razão consciente conhece a Inteligência Suprema. As religiões servem para religar o homem a Deus quando ele está esquecido, mas se adquire essa lembrança, não mais precisa de uma religião para ser conduzido (respeitando todas as Religiões), já que a religiosidade surge espontânea e naturalmente está em si, é um dado adquirido, inteligente, místico, divino, onde não há mais ruptura na integração do humano com o espiritual. No campo da Matemática por exemplo, ela em seu núcleo abarca o Todo e liga-nos ao Infinito pois cada número em si integra um infinito de possibilidades, e a Religião em sua essência abarca também o Todo, o Absoluto e permite inumeráveis Caminhos para a Ele chegar, já que cada ser é único, individual. Consequentemente, o conhecimento e o objectivo da Matemática na sua mais alta função é revelar as forças subtis e superiores ou arquétipos, que transferidos para o plano concreto ajudam a compreender e a descodificar o mais complexo. Ela liberta-nos dos erros de perspectiva no uso da matéria, mas não nos afasta de Deus. Mas tudo depende do conceito que temos de Deus. Hoje os horizontes são mais vastos, e as limitações dogmáticas vão sendo ultrapassadas pela ideia universal de um Deus Único, para onde convergem afinal todas as religiões. Também, naturalmente que os avanços da Ciência contribuíram em certa medida, para desmitificar aquela forma mais supersticiosa e mítica da Religião, impulsionando novos estados de Consciência à Consciência Colectiva da Humanidade, permitindo uma visão mais clara sobre certos processos da Natureza que derivam dos movimentos originais da matéria, tornando assim a ideia de Deus ainda mais transcendente porém, mais compassivo e não um Deus implacável que nos rege do alto dos céus, ora castigando ora abençoando. O Cosmo é regido por forças indomáveis, surpreendentes. A matéria existe por si própria, destrói-se e constrói-se aleatoriamente. No céu, as estrelas exercem um fascínio para os seres humanos no seu reluzir intermitente como algo divino ou transcendente, todavia, a Ciência serviu para descodificar este mistério e hoje não o é jamais, pois as estrelas não são na realidade mais que matéria incandescente, resultante de reacções de fusão e cisão nucleares. Afinal, as estrelas não são muito diferentes da matéria aqui em baixo, embora a sua beleza mereça a nossa contemplação. O verdadeiro sentido da Religião é aplicar e transferir o abstracto, o subtil, o transcendente para o aspecto humano, referente à realização pessoal, fundada na fé e na devoção, o que constitui uma recreação humana constante. Permite também que pela razão consciente se adquira o conhecimento de Deus, numa aliança harmoniosa entre o divino e o humano, ou entre o coração e a mente. É por isso que a um nível de entendimento superior a Razão e a Fé não estão em conflito, porque a certeza de Deus é de facto um estado inteligente. O que quero expressar é que, quanto mais nos aproximarmos da Inteligência Superior, melhor compreenderemos as forças da Natureza, tanto em nós como no Cosmos. Isaac Newton, para além de grande cientista era um místico e um cristão convicto, e tentou por vezes adaptar a Ciência à Religião para manter a sua estabilidade religiosa, contudo, a Religião não se adapta à Ciência ou vice-versa, mas elas completam-se. Einstein, também ligado a certos conceitos religiosos, esbarrou com a teoria “cosmológica constante”, e no final da sua vida reconheceu que havia perdido muito tempo a tentar demonstrá-la. Não obstante, foram enormes os contributos científicos de Einstein. Unificou matéria e energia como dois aspectos de um Todo. Não há dúvida que os grandes seres que até aqui impulsionaram a evolução humana em diversos aspectos, foram religiosos mas com uma característica científica muito forte que lhes deu uma visão mais vasta da realidade universal: Pitágoras, Platão, Arquimedes, Giordano Bruno, Jacob Bohme, Galileu, Descartes, Kepler e tantos outros; este último ao tentar encontrar na natureza regularidades associadas às da matemática, dizia: «Eu procuro provar que Deus, na Criação deste universo móvel e na harmonização dos corpos celestes, tinha em vista os cinco corpos regulares da geometria, celebrados desde os dias de Pitágoras e de Platão, e que Ele tinha acomodado à sua natureza o número de céus, as suas proporções e as relações dos seus movimentos.»
Até breve!
22 de Setembro, 2015
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