Brochura nº 8 - A Meditação - 1
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A todos, a nossa saudação. | |
Caros Amigos, Como prometido a semana passada, damos início hoje à partilha do conteúdo de mais uma Brochura com Ensinamentos do Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov, com o título A MEDITAÇÃO. Uma vez mais lembramos que deverão criar uma pasta própria para guardarem semanalmente todas estas newsletters. BROCHURA 8 - Parte nº. 1 A MEDITAÇÃO A meditação é uma actividade do intelecto que se esforça por penetrar as verdades espirituais. A contemplação é uma actividade do coração, ou da alma, que se detém sobre uma imagem, uma qualidade ou uma virtude, para se deleitar com a sua luz, a sua beleza, e comunicar com ela. E acima da meditação e da contemplação, existe o trabalho mágico, que é uma actividade da vontade, do espírito que se identifica ao Creador para crear. Há certos dias em que o discípulo tem mais tendência para trabalhar com o intelecto; ele indaga, examina, aprofunda: está a meditar. Noutros dias, ele sente-se em harmonia, em paz, em beatitude, sente-se impelido a contemplar. Finalmente, ele sente, por vezes, um desejo de agir, de crear, de desencadear forças: nesses dias, é a sua vontade que se manifesta. Decerto já haveis experimentado estes três estados, mas talvez não os tenhais distinguido nem classificado bem, porque não tendes o hábito de analisar-vos para vos conhecer. Pois bem, chegou justamente a altura de aprenderdes a conhecer-vos, para saber quais eram hoje as vossas tendências, sobre o que é que haveis trabalhado, qual era, no vosso íntimo, o factor predominante. É evidente que, conforme a sua natureza, consoante o seu intelecto, o seu coração ou a sua vontade estão mais ou menos desenvolvidos, os discípulos têm mais afinidades com uma actividade ou com outra, e também disso eles devem ter consciência. Devem saber qual o factor que em si está mais desenvolvido, mas também aquele que não o está, a fim de poderem preencher essa lacuna. Porém, vou dar-vos um conselho: trabalhai sempre com a faculdade que está melhor desenvolvida e, de vez em quando, remediai as faltas e as lacunas. Não deveis trabalhar exclusivamente com as vossas faculdades mais fracas sob o pretexto de que deveis exercitá-las. É preferível que trateis de descobrir em vós o factor melhor preparado e que o utilizeis. Depois, apenas de vez em quando, procurai solucionar as vossas insuficiências. Porque se abandonardes as vossas riquezas para vos ocupar das vossas misérias, não ireis muito longe e sentir-vos-eis desencorajados, Pelo contrário, cada um deve trabalhar com os seus talentos, os seus dons, as suas faculdades, porque a riqueza atrai a riqueza, e só quando tiverdes ganho muito é que podereis ocupar-vos das vossas faltas. Se não procurardes viver momentos espirituais na vossa existência, chegareis ao outro mundo pobres, nus e despojados de tudo. Replicarão alguns: «Sim, mas eu não consigo, o meu cérebro não está habituado, o meu pensamento está disperso». Ah, mas é preciso conseguir discipliná-lo, é necessário que façais exercícios, pois sem a concentração não alcançareis qualquer resultado. A concentração é necessária, quer se queira meditar, contemplar ou crear; ela não pertence a nenhuma actividade determinada, mas é uma faculdade que permite mobilizar as nossas forças para um objectivo e aí as manter. A meditação, a oração, a contemplação e a identificação pressupõem que a pessoa seja capaz de se concentrar. O homem que deixa o seu espírito dispersar-se em todas as direcções, nada conseguirá. Não há nenhuma pessoa que consiga tornar-se a creadora do seu futuro enquanto for fraca e estiver dispersa e dividida. A concentração é uma das faculdades mais necessárias na maior parte das actividades. Os gravadores, os cirurgiões, os acrobatas, etc., sabem-no bem, Todos eles se concentram para evitar fazer um gesto desastroso, catastrófico. Os próprios operários têm que ser capazes de se concentrar para não ficar com um braço ou uma perna cortados pelas máquinas com que trabalham! Portanto, a concentração é, na verdade, a base da segurança, do sucesso. Em geral, as pessoas têm a noção disso e conseguem praticá-la no exercício da sua profíssão, mas nem sequer suspeitam do seu valor no domínio psíquico, espiritual. Por conseguinte, vós, enquanto discípulos, deveis compreender que sem a concentração não fareis qualquer progresso. Exercitai-vos diariamente e prolongai pouco a pouco a duração do exercício até conseguirdes concentrar-vos durante horas inteiras para realizar um trabalho. Sim, horas inteiras!... Há pessoas que o conseguem: são capazes de levar por diante durante horas o mesmo trabalho psíquico. Alguns minutos é fácil, mas várias horas!... Vá, experimentai! Tudo é possível se vos treinardes. Sêvres, 15 de Janeiro de 1968
16 de Abril, 2018
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