Brochura nº. 8 - A Meditação - 3
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A todos, a nossa saudação. | |
Caros Amigos, Como habitualmente às 2ªs. feiras, continuamos a partilha de mais uma Brochura. Hoje, o nº. 3 de A MEDITAÇÃO, com Ensinamentos do Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov. BROCHURA 8 - Parte nº. 3 A MEDITAÇÃO Houve uma época - eu já vos expliquei tudo isto - em que o espírito do homem era ainda tão exterior ao seu corpo que ele não tinha nenhuma sensibilidade física. Mesmo que o cortassem aos bocados, ele não sofreria. Como o seu espírito não era estorvado pela matéria do corpo, o homem deslocava-se incessantemente pelo outro mundo, o qual visitava, e no qual conseguia ver e ouvir. Só muito mais tarde é que a Inteligência cósmica quis que o corpo se desenvolvesse. Então, o espírito introduziu-se, foi-se instalando, e acabou por se confundir tão bem com o corpo que agora já não tem consciência de ser espírito, já não se identifica consigo próprio, esqueceu-se de quem é, não vê senão o corpo. Isto não constitui certamente uma vantagem para o espírito, mas é vantajoso para o corpo, que se tornou capaz de realizar explorações de que era incapaz nas épocas precedentes. Quando o espírito se tiver tornado senhor de todos os órgãos e funções do corpo, começará o movimento inverso. Os humanos tornar-se-ão clarividentes, clariaudientes, dotados de faculdades mediúnicas, sensíveis ao mundo espiritual, e deste modo caminharão para a perfeição. Mas regressemos aos poderes da concentração. Na Índia, existem faquires que, depois de se terem exercitado na concentração durante longos anos, conseguem passar a operar tão poderosamente sobre essa quinta-essência etérica e subtil à qual, em sânscrito, se dá o nome de «akasha», que são capazes de fazer germinar uma semente à vista de toda a gente: em algumas horas, a planta cresce, ganha flor e dá frutos, maduros e deliciosos, que as pessoas podem comer. Isto parece impossível, mas é uma realidade que se pode explicar muito bem. Os faquires trabalharam sobre o akasha, a quinta-essência divina, para a fazer agir sobre as matrizes contidas na semente. Sim, cada árvore deixa nas suas sementes uma espécie de matriz que reflecte aquilo que ela é: o seu tamanho, a sua força, a sua vitalidade, a cor das suas flores, o perfume e o sabor dos seus frutos. Numa semente estão sintetizadas e registadas todas as qualidades da árvore. A forma, o tamanho, as cores, as propriedades nocivas ou curativas, existem em potência na semente, mas para as fazer aparecer, há que plantar a semente, regá-la e, pouco a pouco, com o passar dos anos, a própria natureza, lentamente, docemente, faz com que a árvore atinja a maturidade. Mas é possível acelerar esta evolução. Sim, se se conseguir intensificar as forças de luz, de calor e de vida que vêm do Sol, da atmosfera, da própria terra, para alimentar a semente com maior rapidez do que aquela que a natureza utiliza normalmente, consegue-se acelerar o crescimento da planta. Como vedes, isto é claro, é simples. Portanto, a pessoa que sabe operar com a força akáshica, a quinta-essência que contém todos os elementos de que a planta necessita para crescer (a vitalidade, o calor, a luz, o magnetismo, a electricidade), intensifica essa força, a qual acelera o desenvolvimento das matrizes. E se se tratar de um caroço de manga, por exemplo, algumas horas depois encontramo-nos perante uma mangueira carregada de frutos que todos podem provar. Mas o mais interessante é saber que se passa o mesmo processo no plano espiritual, no qual nós podemos desenvolver muito mais rapidamente certas possibilidades que existem em nós. Mesmo que nada façamos, essas possibilidades desenvolver-se-ão, apesar de tudo, por força das circunstâncias, mas isso demorará alguns milhões de anos, e é pena esperar tanto tempo. Existem em nós muitas sementes depositadas pelo Creador, gérmens de todas as espécies, ou seja, qualidades, faculdades, dons, que ainda não se manifestaram, porque são como gérmens que ainda não foram iluminados, aquecidos e regados. Durante o Inverno, apesar de a terra estar repleta de sementes de todas as espécies, nenhuma cresce porque não existem luz e calor suficientes. Então, elas aguardam... Mas eis que, com a Primavera, surgem novamente o calor e a luz, e todas essas sementes, que estavam escondidas e invisíveis, germinam, crescem... Toda a gente sabe isso, até as crianças, mas quando se trata de transpor estes fenómenos para o domínio espiritual, as pessoas revelam uma ignorância fantástica. E se perguntardes como é que poderemos ver que as sementes, as qualidades que Deus depositou em nós, são algo de real, responder-vos-ei: indo junto do Sol. Ele aquecê-las-á e fá-las-á surgir à luz do dia. Mas quando eu falo do Sol, refiro-me, é claro, em primeiro lugar ao Sol espiritual, e só depois ao Sol físico. O Sol do mundo físico existe apenas para nos mostrar como se passam as coisas no domínio espiritual. Mas como os humanos não acreditam no poder que o Sol espiritual tem para fazer surgir as faculdades e as virtudes que neles foram depositadas, acham que não têm necessidade de ir expôr-se à sua luz e ao seu calor. Não é de estranhar, pois, que nada se desenvolva na sua «terra». Eles deixam-se ficar na escuridão e ao frio, tiritam, sentem-se infelizes. Porque é que não se aproximam do Sol espiritual, do Senhor, para ter a alegria de ver germinar e crescer todos esses pequenos rebentos do seu jardim? Experimentai hoje pela primeira vez, procurai, com todo o vosso coração, desencadear uma força espiritual, divina, poderosa. Deveis começar o trabalho desde já se quiserdes que as vossas realizações prossigam no outro mundo. E aí, como eu vos expliquei, a matéria já não é tão densa e opaca, é uma matéria sensível, dócil, que se submete e assume a forma, a dimensão, e as cores do pensamento. Pode-se fazer tudo com esta matéria subtil. Tomai, pois, a concentração como um exercício extremamente importante e treinai-vos todos os dias sobre os temas mais espirituais. Sentireis rapidamente os efeitos desse trabalho pois, em lugar de ficar a vida inteira a cozer lentamente na panela e a soltar gritos, crescereis cada vez mais, libertar-vos-eis e vivereis em harmonia, na luz e em paz. Bonfin, 24 de Abril de 1976
30 de Abril, 2018
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