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«UM PLANO PARA O FUTURO DA HUMANIDADE», LOGO ACIMA.
ÚNICA FORMA DE O CORRIGIR. GRATA.
Caros Amigos,
Como habitualmente às 3ªs. feiras, voltamos com a partilha do texto selecionado aleatoriamente, e o livro selecionado foi «A EDUCAÇÃO COMEÇA ANTES DO NASCIMENTO», do Mestre Omram Mikhaël Aïvanhov , inserido na Colecção "Prosveta".
3º. CAPÍTULO
UM PLANO PARA O FUTURO DA HUMANIDADE Para solucionar a situação nacional ou internacional, apresentam-se planos de todo o tipo: políticos, económicos, militares... e são planos de uma tal conceção e inteligência, que é espantoso! É impossível não ficar maravilhado. Só que esses planos nunca serviram para grande coisa, pois só dizem respeito ao domínio material: aperfeiçoamento das técnicas, melhoria da produção, construção de laboratórios, de universidades, aumento ou diminuição do armamento, etc., e a humanidade continua com as mesmas desordens, as mesmas desgraças. Então, ao ver tudo isso, também eu decidi apresentar um plano, um projeto. Direis: «Mas que vaidade, que presunção!» Talvez, mas se os planos forem úteis, se eles forem eficazes, toda a gente tem o direito de os fazer. Vós também... Mas vereis que o meu é muito simples. Em vez de deixar o Estado continuar a gastar milhões e milhões em hospitais, prisões, tribunais, escolas, aconselhá-lo-ei a ocupar-se somente da mulher grávida: as despesas não serão tão grandes e os resultados serão infinitamente melhores. Pedirei, então, ao Estado para arranjar terrenos em regiões muito belas e muito bem expostas e aí mandar construir habitações num estilo e com cores que eu indicarei... Haverá também parques com todas as espécies de árvores e de flores, lagos, jatos de água... E é aí que as mulheres grávidas virão habitar durante todo o período da sua gravidez, alimentadas e alojadas a expensas do Estado. Elas passarão, pois, todo esse tempo rodeadas de beleza e de poesia, lendo, passeando, ouvindo música. Assistirão também a conferências em que lhes será ensinado que vida levar durante a gestação: o que devem comer, mas, acima de tudo, o trabalho que podem fazer com os seus pensamentos sobre a criança que vai nascer.1 É claro que os maridos poderão vir visitar as suas esposas e serão instruídos sobre a forma como devem agir para as ajudar no seu trabalho. Vereis então que, nessas condições de paz, de calma e de beleza, elas trarão ao mundo crianças através das quais todo o Céu virá manifestar-se. Ao passo que, presentemente, entre todos os espíritos que descem para se incarnar, apenas alguns vêm do Céu. E todos os outros, de onde vêm eles?... As portas estão fechadas para os espíritos do Céu, eles não podem entrar em corpos preparados na impureza, na maldade e na desordem. Eis por que a humanidade não melhora. É claro que acabará por melhorar, mas daqui a milénios, depois de passar por catástrofes e grandes sofrimentos. Ora, eu estou a explicar-vos como ela pode melhorar muito rapidamente sem ter de passar por todos esses sofrimentos. Todas as mudanças que se tentou introduzir até ao presente, dos pontos de vista técnico, económico, médico, etc., não melhoraram a raça humana, que continua a viver com as mesmas paixões e as mesmas maldades que anteriormente... E talvez mais ainda do que antes! Contudo, pode-se melhorar a humanidade, mas na condição de se começar pelo começo: a mãe, enquanto ela traz o filho dentro de si. Se soubésseis em que condições as mulheres grávidas por vezes vivem! Moram em casebres sem luz nem espaço e são elas que têm de fazer e suportar tudo. E, ainda por cima, o marido, que está bêbado ou furioso porque não encontrou emprego ou foi insultado pelos camaradas, entra em casa para descarregar na mulher e até bater-lhe. Assim, em que estado de espírito traz ela o filho no ventre? Em vez de se construir hospitais para estas mães, valeria mais dar-lhes a possibilidade de esperarem os seus filhos em condições ideais. Em seguida, que elas regressem aos seus casebres, se for necessário: os filhos construir-lhes-ão palácios; sim, serão eles que, graças aos seus talentos e capacidades, um dia tirarão os pais da miséria.Ninguém se preocupa com as condições em que as mulheres trazem os seus filhos ao mundo, e depois, evidentemente, perante a existência de uma tal multidão de desequilibrados, de doentes e de criminosos, constroem-se casas especializadas, hospitais, prisões, aumenta-se o número de educadores, de médicos, de polícias. Mas isso não serve para nada. E ainda que se continue a gastar biliões para «aperfeiçoar a psicologia e a pedagogia», nunca se conseguirá mudar essa quinta-essência que a mãe deu no começo. Só o método que eu proponho é eficaz. Nenhum educador, nenhum médico, pode mudar a natureza profunda de uma criança. Pode-se dar-lhe um pouco de verniz, mas é tudo. Todas as melhorias que em seguida se possa tentar trazer ao seu caráter não são mais do que uma espécie de adestramento.2 É exatamente a mesma coisa que acontece com os povos primitivos; consegue-se educá-los um pouco e ensinar-lhes como comer, como se vestir, mas isso não dura... Assim que regressam à sua tribo, eles voltam a ser exatamente como eram antes. Se um homem for um criminoso ou se for um santo, ninguém conseguirá fazê-lo mudar. Talvez se consiga influenciá-lo superficialmente e por muito pouco tempo; mas, a nível profundo, ele continuará sempre a ser o que é. Muitos dirão que este plano que eu proponho não é científico... Mas ninguém tem o direito de criticar o meu plano antes de ele ter sido experimentado. É claro que não se reparará tudo de uma vez, para isso serão precisas várias gerações. Ainda que os pais façam um grande trabalho de purificação, não conseguirão desembaraçar-se da herança de fraquezas e de vícios que receberam dos seus próprios pais. Contudo, se eles estiverem atentos, já na primeira geração, apesar dos elementos defeituosos que ainda conseguirão introduzir-se nos seus filhos, o lado bom prevalecerá. A segunda geração será bem melhor, a terceira melhor ainda e, pouco a pouco, todos os elementos defeituosos que restavam do passado desaparecerão. É preciso, pois, que pessoas inteligentes e responsáveis se decidam a compreender a importância do trabalho que se processa na mãe durante a gestação, e como uma mulher instruída nas leis da galvanoplastia, rodeada de cuidados e de afeto e sustentada por condições materiais apropriadas, tem a possibilidade de formar não só o corpo físico do filho, mas também os seus corpos astral e mental (ou seja, os corpos dos sentimentos e dos pensamentos), com a ajuda dos melhores materiais. Infelizmente, eu sei de antemão que o meu plano será rejeitado sem sequer ser aprofundado, porque a geração atual está de tal forma moldada por outras filosofias e arreigada a elas que na sua cabeça não há lugar para estas ideias. Evidentemente, não sou ingénuo ao ponto de não me aperceber dos inconvenientes que a ausência de uma mãe durante vários meses pode provocar num lar. Porém, um pouco mais de amor, de inteligência e de boa vontade permitiria resolver facilmente esses problemas. De momento, o essencial é que a ciência oficial se decida a aceitar estas ideias, das quais está ainda muito, muito longe! Eis a prova: uma irmã da nossa Fraternidade foi recentemente dar à luz numa clínica; um dia, no decurso de uma conversa com o médico, ela disse-lhe que pertencia a um Ensinamento espiritual onde se revelava que a mãe podia fazer um grande trabalho, pelo pensamento, sobre o filho que vai nascer. Sabeis como é que este médico reagiu? Começou a rir às gargalhadas, dizendo: «Que ideia! Isso não passa de imbecilidades! O que quer a senhora que o pensamento da mãe possa fazer em relação à criança?» Estais a ver em que ponto os médicos ainda estão? E é desta gente que se espera que venha a luz... É verdade que certos biólogos, que fizeram experiências com ratos, descobriram que os estados de medo e de angústia vividos pela mãe rata durante a gestação se refletiam depois na sua prole. Pois bem, como sempre, os ratos! Estudam-se os ratos em vez de se estudar as mulheres, que dão à luz desde há milhões de anos. São os ratos que vão ensinar aos homens o que é verdadeiro e o que é falso! Fabricaram-se laboratórios para lá se estudar os ratos e dá-se uma importância fantástica a esses laboratórios, ao passo que os laboratórios da natureza, que foram criados desde o começo e que têm muito mais clientela do que os laboratórios dos humanos, esses não contam! Precisa-se do testemunho dos ratos! Agora são os ratos que vão instruir a humanidade! Então, e as mulheres? Isto é um grande vexame para elas! Como é possível elas não estarem indignadas? Eu deixei os ratos em paz. Observei algumas mulheres grávidas e, após alguns anos, observei os filhos; vi que as perturbações, as agitações, as preocupações deste ou daquele mês da gravidez, se refletiam nesta ou naquela época da vida da criança. Mas estava-se à espera da resposta dos ratos e, entretanto, povoou-se a terra com monstros. E mesmo admitindo que os biólogos agora tenham compreendido – o que não é ponto assente – que aquilo que é verdadeiro para os ratos é ainda muito mais verdadeiro para as mulheres, de qualquer modo eles estão muito atrasados, porque, para re-educarem a humanidade, com a lentidão dos seus métodos têm aí para muitos séculos. De resto, não acrediteis que eles farão a mais pequena coisa para que as mulheres beneficiem das suas descobertas! Continuarão a ocupar-se dos ratos e não indicarão às mulheres o que elas devem fazer durante o período da gestação. É por isso que eu lanço um apelo às mulheres do mundo inteiro: «Despertai, caras irmãs, e tomai consciência dessa tarefa grandiosa que Deus vos confiou. Sois depositárias de segredos incríveis graças aos quais podeis regenerar a humanidade. Mas vós não sabeis isso e brincais com esses segredos... Tomai agora consciência da vossa missão, e os homens, pelo seu lado, deverão encarregar-se de preparar as melhores condições possíveis para que possais pôr em prática esse trabalho grandioso e mágico.» É claro que, ao escutar-me, muitas mulheres dirão: «Nós manifestámos, durante séculos, o amor e a bondade; porém, os homens não nos compreenderam, ridicularizaram-nos.» Sim, eu sei, a maioria dos homens comportou-se como crianças egoístas. Mas eles foram assim porque as mulheres não souberam desempenhar o seu papel de mães, não aplicaram as leis da galvanoplastia espiritual enquanto os traziam no seu ventre, e agora sofrem as consequências do seu mau trabalho. A natureza deu às mulheres poderes que elas não exploram ou exploram mal. É preciso que elas tomem consciência desses poderes, que saibam que delas depende todo o futuro do género humano. Se as mulheres quiserem compreender-me, serão uma força fantástica no mundo, nada poderá resistir- -lhes. Porém, devem ligar-se através de um ideal formidável. De momento, eles estão desunidas, salvo quando se trata de ir seduzir os homens e de os atrair para as suas armadilhas; é por isso que não são ainda verdadeiramente poderosas. Doravante, é preciso que todas as mulheres da terra se liguem com vontade de regenerar a humanidade. Apesar da sua inteligência, das suas capacidades, os homens pouco podem neste domínio. Foi a mulher, foi a mãe, que recebeu esta missão, pois a natureza deu-lhe o poder de influenciar o filho que vai nascer. É por isso que eu vos peço a vós, irmãs da Fraternidade, que vos torneis conscientes desta missão grandiosa, e também que esclareçais por toda a parte, no mundo inteiro, as vossas irmãs que estejam na ignorância. Este ideal, este desejo de ser úteis, encher-vos-á o coração, a alma e o espírito. Sentir-vos-eis sempre inspiradas, sempre dilatadas, sempre ricas, porque este ideal de contribuir para a felicidade da humanidade animar-vos-á, alimentar- -vos-á. Enquanto não tiverdes este ideal na vossa alma, nada poderá contentar-vos; quaisquer que sejam as vossas posses, estareis sempre no mesmo estado de vazio, de insatisfação. Só esta preocupação de cumprir a missão que Deus vos deu e de fazer o que o Céu espera de vós vos tornará radiosas, luminosas e felizes.
Notas 1. Cf. Criação artística e criação espiritual, Col. Izvor n.º 223. 2. Cf. O trabalho alquímico ou a busca da perfeição, Col. Izvor n.º 221, cap. III: «Caráter e temperamento».
Até breve!
25 de Agosto, 2015
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