Brochura nº. 1 - 18 Julho 2016
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Caros Amigos,
Como habitualmente às segundas feiras continuamos a partilha da Brochura nº. 1 com o título A CADEIA VIVA DA FRATERNIDADE BRANCA UNIVERSAL. Enviamos hoje a 3ª. parte do Prefácio, de Agnès Lejbowicz sobre o Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov.
PREFÁCIO - 3ª. parte:
O Mestre Peter Deunov era também músico, Ele compunha no seu violino um grande número de melodias que os irmãos e irmãs da Fraternidade da Bulgária cantavam em coro, despertando nas suas almas sentimentos de alegria, de adoração e de reconhecimento. Por vezes, ao ouvi-las, apercebemo-nos de qualquer coisa daquilo que pode ter sido aquela época longínqua ... O Mestre Peter Deunov ofereceu um dos seus violinos ao jovem discípulo que ele amava e cuja missão futura ele preparava com amor e severidade. Com o aproximar da segunda guerra mundial, o Mestre Peter Deunov previu a interdição quase total, na Bulgária, do seu movimento, que tinha já uma grande expansão: mais de 40 000 discípulos. Depois de ter feito passar o seu discípulo por provas inicíáticas terríveis das quais este saiu vencedor, ele enviou-o para França em 1937, a fim de salvar o seu Ensinamento. Foram então dirigidas ao pequeno grupo de irmãos e irmãs franceses e búlgaros de Paris duas cartas que o recomendavam. Antes de o deixar partir, o Mestre fez-lhe a seguinte confidência, sob a forma de parábola: «Dou-te uma pedra preciosa, enorme, de valor incalculável; mas como vais ter que passar por uma enorme floresta infestada de malfeitores e de animais ferozes, ela vai ter de ser manchada para não ser reconhecida. Os malfeitores lançar-se-ão sobre ti, atacar-te-ão, tentarão roubar-te, e depois deixar-te-ão tranquilo porque não encontrarão em ti nada de precioso. Mas quando tiveres atravessado essa longa e perigosa floresta, eu estarei contigo para lavar a pedra, que brilhará com um esplendor sem igual.» O Mestre revelava-lhe deste modo as dificuldades que ele iria encontrar. Em Paris, a partir de Janeiro de 1938, Mikhaël Aïvanhov promoveu conferências públicas que causaram admiração e atraíram um público numeroso e variado, mas demasiado instável e díspar para dar continuidade e estabilidade à obra que ele tinha livremente aceitado realizar. Mesmo assim, ele agrupou muito rapidamente em torno de si um pequeno número de discípulos mais regulares, e formou, em Sêvres, uma pequena comunidade, que pouco a pouco foi crescendo com a chegada de todos aqueles que se interessaram por este trabalho excepcional: descobrir e viver novos laços entre os homens, laços que são possíveis graças ao conhecimento da dupla natureza humana: a natureza inferior, a personalidade, e a natureza superior, a individualidade. O instinto atávico de destruição e os modelos humanos de cobiça, de egoísmo, de orgulho e de perversão, exercem uma influência tão forte sobre os nossos comportamentos que a fraqueza se instala em nós, a falsa indulgência do «deixa andar» paralisa-nos e nós vivemos vencidos e, vítimas de nós mesmos, perfeitamente convencidos de que somos livres e senhores do nosso destino. E por esta razão que não há nada que exija um maior esforço quanto à vontade, à coragem e à força psíquica do que o trabalho espiritual que o Mestre nos ensina para que nos transformemos nesse tipo de homens que vivem na paz e no amor fraterno, sem lesar as creaturas que os rodeiam. Graças ao trabalho do Mestre, o Ensinamento propagou-se muito naturalmente através das famílias, dos amigos, dos amigos dos amigos, etc. ... Sobretudo na maior parte das cidades da França e da Suíça, mas também na Holanda, Bélgica, Inglaterra, Espanha, Itália, Grécia, Israel, Canadá ... Por todo o lado foram construidas ou adaptadas salas para reuniões e para conferências, e também chalés, tomando possíveis encontros fraternos e congressos que podem durar alguns dias ou dois ou três meses, tal como acontece no Bonfin (perto de Fréjus) durante o verão. O Mestre nunca pretendeu impor-se pela ambição ou pela procura da glória política e social: certas pessoas que desejavam confiar-lhe uma tarefa deste género fizeram-lhe sentir cruelmente, logo após a guerra, a sua decepção. Ele próprio nunca sonhou editar as suas conferências, que representariam mais de 300 volumes contendo cada um 10 a 12 conferências. São os seus discípulos que, timidamente ainda, procuram realizar esta edição. Ele desenvolveu a sua escola unicamente através do trabalho divino, isto é, aplicando os métodos e as regras do Ensinamento da Fratemidade Branca Universal: um trabalho impossível de comunicar que faz arder a sua alma e o seu espírito. Com inteligência, bondade, doçura e uma abnegação total e permanente, o Mestre nunca se poupou em oferecer conselhos e ajuda a todos aqueles que vêm até ele. Aqueles que se aproximam do Mestre não observam qualquer contradição entre aquilo que ele ensina e a maneira como ele vive, entre a doutrina e o modelo que ele encarna. Ele é o seu Ensinamento, simples e poderoso, grave e pleno de humor, poético e concreto, hermético e acessível, imaginativo e realista, inspirado e lógico, implacável nas suas análises e pleno de confiança e de esperança no homem ... Por vezes, o Mestre gosta de nos mergulhar na atmosfera exaltante dos contos ou das narrativas de ficção científica, mas nunca lhe falta a argumentação racional. Seguindo atentamente o progresso das ciências exactas (ele próprio é um universitário que aprecia o saber positivo), o Mestre ocupa-se igualmente das ciências ocultas: a astrologia, a alquimia, a magia e a cabala, que o público conhece tão mal, porque hoje em dia são utilizadas de uma forma ainda mais perigosa e escandalosa do que o saber oficial, ao qual se pretende opô-las. Para o Mestre, o saber oficial é útil, indíspensável, fornece grandes possibilidades materiais para prolongar a vida humana, melhorar as condições exteriores da existência, etc, ... Mas ele não é suficiente, porque não toma os homens melhores; pelo contrário, ,desenvolve muitas vezes a sede de posse e de domínio, e também a preguiça: o homem já não tem necessidade de fazer esforços, de estar atento ou vigilante, porque terá sempre como recurso comprar aquilo que lhe faz falta... Quanto aos ocultistas, que, por seu lado, se voltaram para o dinheiro e o êxito social, fazem negócios chorudos com a credibilidade dos homens, com a sua imaginação pouco estruturada e doentia, e desenvolvem paixões desmesuradas ao despertarem forças infernais ligadas a delírios afectivos e sexuais. O saber que o Mestre ensina é o saber iniciático, que ele define, resumidamente, deste modo: «Talvez o saber dos Iniciados não vos dê dinheiro, nem posição, mas transformar-vos-á, porque trabalha sobre vós. Com o saber espiritual, o saber divino, não podereis continuar a ser os mesmos e desde que conheçais bem algumas verdades, opera-se em vós uma transformação e tornai-vos capazes de ajudar os outros.» É esse saber que o Mestre comunica de uma maneira viva, tão naturalmente como respira. Ele sabe dirigir-se a cada um em particular - criança, adolescente, adulto ou velho -, ou então a todos, numa conferência, ou ainda a um pequeno grupo em circunstâncias muito diversas: quando limpamos um grelhador ou um tapete, quando colocamos uma janela, quando serramos madeira, quando plantamos árvores de fruto ou hortaliças, quando cantamos, quando comemos... Tudo pode constituir para ele, quando nos encontra, uma ocasião para nos fazer reflectir, para aprofundar a nossa compreensão. É por isso que junto dele nós ficamos constantemente maravilhados; ele vive a vida no seu jorro criador e não cessa de nos deixar surpreendidos pela beleza do seu ideal desinteressado e pela profundidade das suas concepções, que têm sobre nós um impacto imediato. Durante os congressos no Bonfin, perto de Fréjus, ou então em Izgrev, em Sêvres, ou em Videlinata, acima de Vevey, na Suíça, os momentos que o Mestre escolhe para se dirigir aos irmãos e irmãs - com grande frequência, mais de 300 pessoas - podem parecer pouco cómodos. Ele fala antes ou depois do pequeno almoço ou da refeição do meio-dia, ou ainda de manhã, ao ar livre, após a meditação que acompanha a contemplação do nascer do sol... Mas o que mais nos espanta, para uma pessoa que dá conferências, é que ele nunca as prepara. Ele nunca anota, num papel, planos ou ideias, e ainda menos aquilo que julga necessário dizer, mesmo quando está presente uma grande multidão para o ouvir. Alguns segundos apenas antes de tomar a palavra, dir-se-ia que o seu espírito se recolhe e se torna como que um ponto ínfimo, pronto a rebuscar na imensidão tudo aquilo de que a sua assistência tem necessidade nesse mesmo dia. Ele deixa-se guiar pelas condições, pela atmosfera, pela inspiração do mundo invisível. .. É por essa razão que, frequentemente, as pessoas presentes encontram, nas suas palavras, respostas para as questões que as preocupam e que interiormente colocam a elas próprias. Em seguida, voltam para terem outras respostas para outras questões, e porque sentem que terão sempre qualquer coisa de novo a aprender. a que o Mestre diz, toca todas as cordas do ser humano; ele nunca apresenta uma ideia unicamente sob a sua forma intelectual, veste-a sempre para que o coração a sinta, para que a imaginação a forme e a vontade tenha um desejo ardente de a realizar. Junto dele, as pessoas não só começam a compreender os seus próprios problemas, como modificam a sua atitude e o seu comportamento face a todas as questões que agitam e perturbam a humanidade; tomam-se mais fortes para resistir aos choques, às infelicidades, aos acidentes; tornam-se mais sensíveis para apreciar o amor e a beleza, para os despertar em si mesmas; adquirem maior profundidade para compreender os problemas da existência. Elas libertam-se, criam em si um novo ser. Das palavras do Mestre, cada pessoa pode beber aquilo de que tem necessidade, e essas necessidades diferem de pessoa para pessoa. Entre os seus discípulos, existem universitários (professores, médicos, engenheiros, artistas, arquitectos, homens de lei, etc .... ), mas também gente da melhor e da mais simples: trabalhadores de todos os tipos de ofícios, vendedores, jardineiros, etc .... Toda a escala social está representada. O Mestre é vegetariano, e todas as refeições com ele são tomadas em silêncio; ele não fuma, não bebe álcool e segue ainda outras regras de vida muito pura. Cada um, na medida das suas necessidades e dos seus desejos, procura: imitá-lo e assemelhar-se a ele. É este exemplo que ele dá, ao mesmo tempo de exigência, de beleza, de grandeza, de nobreza e de vivacidade, que fascina a juventude e a encoraja a viver de uma: maneira razoável e entusiástica. No Bonfin, onde anualmente tem lugar o acampamento de verão, nós levantamo-nos muito cedo para assistir ao nascer do sol. Somos despertados, doce e ternamente, por uma melodia tocada por violinos, flautas ou guitarras, que nos convida a vir ver aquele que, sobre a terra, é o mestre da luz, do calor e da vida. Os irmãos e irmãs tomam um caminho ainda azuIado pela noite e sobem em direcção a um rochedo, o Rochedo da Oração, para meditar num ambiente de silêncio e de recolhimento. Não é possível expressar a transformação que cada um sofre graças ao Surya Yoga, o yoga do sol. Mas o simples facto de, desde o começo da primavera até ao fim do verão, os irmãos e irmãs quererem levantar-se cedo para assistir todas as manhãs ao nascer do sol, mesmo quando estão em suas casas, mostra que cada um experimenta uma real melhoria da sua saúde física e da sua saúde psíquica, que cada um sente verdadeira fonte de encantamento, de inspiração, para pensar, meditar, rezar, que todos sentem uma verdadeira força para viver a vida com as suas dificuldades, e uma verdadeira coragem para querer transformá-las. O Mestre traz com ele toda uma nova pedagogia centrada no sol; é por essa razão que ele aconselha a que as crianças sejam habituadas, desde muito jovens, a assistir ao seu despontar no horizonte. Aliás, na Fraternidade, as crianças correm para o Mestre como se encontrassem junto dele tudo aquilo que leram nos contos a propósito desses seres maravilhosos cuja sabedoria, bondade, poder e beleza, metamorfoseavam o mundo à sua volta, e sentem, de uma forma indistinta, que também elas podem, graças ao Mestre, desenvolver todas essas qualidades. É por isso que as crianças querem, tal como faz o seu Mestre, ir de manhã, muito cedo, contemplar o sol. Algumas vezes, elas vão mesmo sem os pais, que ficaram na cama ... Que espectáculo extraordinário é ver todas essas crianças sentadas sobre o Rochedo do Bonfin, onde aguardam, ajuizadamente, o nascer do sol, por vezes fazendo desenhos de cores alegres e radiosas que o sol lhes inspira. O Mestre explica que o sol representa um ideal de perfeição que nenhuma outra coisa sobre a terra pode igualar. Nenhuma inteligência humana pode projectar uma luz comparável à do sol que tudo ilumina. Nenhum amor humano atinge em grandeza o amor do sol, que aquece igualmente os bons e os maus. Nenhuma força humana iguala a vida que o sol dá à terra inteira e aos seus habitantes. Os cientistas, os políticos, os filósofos ou os artistas que os homens, comummente, tomam por modelos, jamais. deram um exemplo tão perfeito como o sol, que ilumina, aquece e vivifica sem cessar. O Mestre ensina-nos que no Surya Yoga, o Yoga do sol, estão contidos todos os outros yogas; ele ensina-nos a extrair forças a partir do sol, e, pela meditação, a ligarmo-nos ao Espírito do Cristo que vive no sol, a comunicar todos os dias com a Trindade viva ... É também o sol que nos pode ensinar corno transformar a sociedade .... O Mestre não pretende trazer uma nova filosofia ou uma nova religião. Mas aquilo que ele traz de novo, aquilo que o caracteriza, é uma enorme vontade de concretizar no plano material, de traduzir, por actos, todas as experiências e as realidades do mundo espiritual que, dada a sua excepcional elevação e a sua universalidade, têm em conta e respeitam. todas as diferenças individuais. Jamais ele se detém em considerações abstractas ou teóricas excessivamente prolongadas. Aliás, ele não tem qualquer apreço pelos homens atulhados de conhecimentos livrescos cuja vida está em perpétua contradição ou não tem qualquer relação com esses conhecimentos, porque eles nunca procuram vivificá-los através da sua vivência quotidiana. Os meios que o Mestre emprega para atingir os seus objectivos são perfeitamente o inverso daquilo a que nós estamos habituados e, por essa razão, muitas vezes é-nos difícil compreendê-lo. O seu ponto de partida não reside nos livros ou nas experiências feitas no mundo exterior, objectivo. O seu método é, antes do mais, uma pesquisa com base em processos psíquicos nos quais, graças à intuição imediata dos símbolos que lhes correspondem, o universo é de imediato compreendido, interior e exteriormente, no seu aspecto excepcionalmente vivo que por toda a parte deixa transparecer as mesmas leis. Além disso, aquilo que ele descobre desta maneira intuitiva e que o faz ficar maravilhado com a unidade da creação, a sua ordem e a sua beleza, vai perfeitamente ao encontro daquilo que os homens de ciência descobrem nos seus domínios especializados. Na conferência «O amor dissimulado na boca», poder-se-á ler a maneira como o Mestre, definindo a sabedoria como o acto de saborear, redescobre a etimologia latina deste termo ... Numa outra conferência em que o Mestre comenta a cena da crucificação de Jesus Cristo entre dois ladrões, encontramos esta afirmação que é, no mínimo, surpreendente: «O primeiro ladrão tinha morto o seu pai, e o segundo a sua mulher, por ciúme.» Mas, passado o primeiro momento de surpresa, damo-nos conta de que, ao interpretar os dois ladrões corno uma expressão simbólica da estrutura do homem, o Mestre vai ao encontro das célebres análises psicanalíticas sobre a revolta contra o pai, que se salda na sua morte real ou fictícia, ou sobre os sentimentos de frustração afectiva expressos em relação à mulher. Mas, é sem dúvida a física que fornece ao Mestre o maior número de confirmações para todas as intuições relativas às leis da vida psíquica. Para ele, a máquina a vapor, a pilha, a célula foto-eléctrica, o tubo de Crookes, o fenómeno da galvanoplastia, a T. S. F., o telefone, o gravador, o laser, não são mais do que uma espécie de transposição, para o plano material, de fenómenos que existem, em primeiro lugar, no plano espiritual. Damo-nos conta de que o seu verdadeiro ponto de partida não é o fenómeno físico ao qual ele se refere, mas uma inspiração, uma intuição, um trabalho do espírito que não sente limites na Creação e nas suas próprias descobertas. Dir-se-ia que ele conhece mesmo sem querer, apenas porque vive da forma mais intensa e mais elevada possível. A verdadeira biblioteca de onde o Mestre extrai os seus conhecimentos é o grande livro da natureza viva. Ele sabe ler este livro eterno, que está constantemente aberto diante dos nossos olhos, e do qual ele pode tomar qualquer pormenor para nos fazer revelações espantosas: o oxigénio e o hidrogénio; mercúrio, o enxofre, o sal; os quatro elementos: a terra, a água, o ar e o fogo; a árvore, a função clorofílina, o figo, a rosa, as abelhas, as enguias que vão desovar no mar dos Sargaços por uma razão determinada; a circulação sanguínea, o sistema neurovegetativo: os lagos, as montanhas, a lua, as estrelas, os planetas. Cairíamos no ridículo se tentássemos fornecer uma lista exaustiva ...

Até breve!
18 de Julho, 2016
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