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O Homem no Globo Terrestre - 06 de Março, 2018
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A todos, a nossa saudação. | |
Caros Amigos, Como habitualmente às terças-feiras, partilhamos mais um texto que aleatoriamente foi selecionado, esperando que vá ao encontro da necessidade da maior parte de vós. E hoje foi selecionado o livro "O HOMEM NO GLOBO TERRESTRE - Uma introdução à Ciência Espiritual", de António Almeida, inserido na colecção "Saberes". Parte do Capítulo A COSMOGÉNESE E A ANTROPOGÉNESE TEOSÓFICAS Páginas 120 a 123 Quando a Terra ainda não se havia consolidado, as entidades humanas encarnaram corpos, cuja forma e contextura, eram bem diferentes das do homem actual – um ser antropomórfico feito de matéria física densa. Não confundamos o termo mais genérico, entidade humana, que significa a consciência humana tendo como veículo mais inferior um corpo que poderá ser feito de matéria física ou de outras matérias mais subtis; com a palavra homem, que qualifica especificamente uma entidade que possui um corpo físico denso com características fisiológicas mais ou menos semelhantes às do homem moderno. A teosofia ensina que o Homem não foi criado como o ser completo que hoje é, por mais imperfeito que ainda esteja. A humanidade evolucionou gradualmente até chegar à forma actual, partindo de uma contextura etérea nos primórdios do actual período global, quando a Terra ainda não havia estabilizado e se encontrava num estado de extrema turbulência. Estes corpos eram adequados às condições que então prevaleciam, quando enormes perturbações geológicas assolavam continuamente o planeta. A Terra encontrava‑se ainda num estado de terrível confusão e havia gigantescas convulsões da natureza; violentas erupções de vulcões, tempestades, tornados e o tombar de montanhas. Quando a confusão incessante se aproxima do fim, num ponto surge, aos poucos, a primeira terra, acima do vasto oceano de água palpitante e tépida – é o pico do Monte Meru, a Ilha Branca. Foi aqui que nasceu toda a raça humana, que posteriormente foi conduzida para outras regiões. O clima parecia‑se com o de uma primavera maravilhosa. A Primeira Raça era constituída por seres com corpos etéreos, assexuados, que se assemelhavam a enormes sombras com cerca de 50 metros. Para nós, estas formas teriam o aspecto de fantasmas, de formas mutáveis, que flutuavam na densa atmosfera e nos mares ferventes. “Nem o fogo nem a água poderia destrui‑los” (A Doutrina Secreta, II, 18). Na doutrina teosófica, vemos que a Primeira Raça da Humanidade foi formada com as “Imagens Astrais” dos Pitris [ou os Pais Lunares, ou os Elohim – os “Nascidos da Vontade”]. Significa que a Primeira Raça‑Raíz, os “Nascidos de Si Mesmos”, eram as “Sombras” dos seus Progenitores divinos; que impulsionados pelo Espírito Dispensador de Vida, separaram o “Homem” de si mesmos. Eles se desprenderam de seus Corpos Astrais – se é que se pode dizer que um ser tão etéreo como um “Espírito Lunar” possui um Corpo Astral, além de outro quase intangível. Diz a tradição esotérica que os Antecessores exalaram o Primeiro Homem. Os Progenitores do Homem, chamados na Índia os Pais, Pitaras ou Pitris, são os “Criadores” do nosso corpo e dos nossos princípios inferiores. Eles são nós‑mesmos, como primeiras personalidades, e nós somos eles. O “homem” primordial seria “osso de seus ossos e carne de sua carne” – se eles tivessem ossos e carne. Como dissemos, eram “Seres Lunares”. Os que deram ao Homem o seu Ego consciente e imortal foram os Pitris Solares [“Anjos Lunares” ou Pais Solares]. Para os brâmanes, os Pitris são muito sagrados, por serem os Progenitores ou Antepassados do Homem; e lhes fazem oferendas quando têm um filho. São‑lhes prestadas muitas honras, e o seu ritual é mais importante que o culto dos Deuses. Passada uma extensão de tempo desconhecida, em que viveu a Primeira Raça, a Terra firmou‑se em condições mais calmas, e os cataclismos, locais, já não eram gerais. Maiores extensões de terra emergiram, lentamente; formou‑se o segundo continente, chamado o Hiperbóreo, ou o Plaksha. Algumas das regiões mais antigas do planeta que se conhecem – e que pertenciam ao continente Hiperbóreo – são por exemplo a Groenlândia, a Islândia, Spitzbergen, as partes mais setentrionais da Noruega e da Suécia e o cabo no extremo norte da Sibéria. O nome Hiperbóreo não deve ser associado à ideia que hoje temos duma terra com um clima agreste e gelado. O nome Hiperbóreo assumiu estas conotações em épocas mais recentes, depois dos grandes cataclismos que modificaram extensamente a morfologia da crosta terrestre, alteraram o clima e destruíram os seus habitantes. Na verdade, “no clima tropical, a vegetação ricamente luxuriante recobria as planícies ensolaradas (citação de Arthur E. Powell em “O Sistema Solar"). É neste clima aprazível e de grande vitalidade que surge a Segunda Raça, também chamados os Kimpurushas. Possuíam ainda corpos etéreos, porém revestidos por partículas mais densas de matéria, a qual foi endurecendo ao longo do tempo. Eram seres assexuados no início, mas com o decorrer do tempo, começaram a aparecer indícios de sexualidade – em seu interior exibiam esboços dos dois sexos, razão pela qual são chamados de andróginos. As suas formas eram esplendorosamente coloridas, filamentosas, e lembravam, não raro, as de árvores, enquanto que algumas se aproximavam de tipos animais e outras apresentavam um perfil quase humano. Muito heterogéneas na aparência, elas pairavam, flutuavam, deslizavam, marinhavam, gritavam umas para as outras com notas aflautadas, através das florestas tropicais, brilhantemente verdes à luz do sol – era o esplendor da natureza na sua mocidade. A Segunda Raça, os “Nascidos do Suor”, reproduziam‑se por um processo de “brotamento”. Não teria sido possível a estes seres “Sombras” reproduzirem‑se de forma diferente, sendo etéricos, assexuais e até mesmo desprovidos do veículo do desejo – que só veio a desenvolver‑se na Terceira Raça. A Forma Astral estava, como ainda o está, envolta por uma esfera ovóide ou aura; e a própria Forma Astral é o núcleo dotado, hoje, como então, do Princípio de Vida. Quando chega a época da reprodução, o Subastral “expele” uma miniatura de si mesmo de dentro do ovo que forma a aura ambiente. Esse germe cresce e alimenta‑se a expensas da aura, até que o seu desenvolvimento se completa, separando‑se então gradualmente de seu pai e levando consigo sua própria esfera áurica. É de interesse saber que a Primeira Raça se fundiu com a Segunda Raça e ambas se tornaram uma só. Os “Homens” da Primeira Raça – as Sombras Astrais dos Progenitores Criadores – dissolveram‑se gradualmente e foram absorvidos pelos corpos de sua progênie, os “Nascidos do Suor”, que eram mais densos que os deles. O material das primeiras Formas foi atraído pelas Formas da Segunda Raça e por elas absorvido, tornando‑se deste modo o seu complemento. O Exterior da Primeira tornou‑se o Interior da Segunda.
06 de Março, 2018
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