sexta-feira, 1 de maio de 2015

INVEJAS, PARA QUÊ?

    Muito sinceramente, eu não consigo compreender por que é que as pessoas sentem inveja umas das outras. São incapazes de compreender que, se uns têm algo de  bom, falta-lhes outro qualquer algo que o invejoso possa  ter em abundância. E, tal como dizia o "outro":«Reparam no vinho que eu bebo, não vêm os trambolhões que eu dou.»
    Possuo um dom e uma capacidade física que faz inveja a muita gente. O dom, é o da escrita. Não me orgulho dele, nada fiz para o merecer, nasceu comigo. Não lutei nem tive de abdicar de nada por esse dom, veio comigo quando entrei no mundo.
    Quanto à capacidade física (ando muito rápida), talvez faça por merecê-la, pois nunca encaminhei meus passos para locais "errados" e abdico da vida mundana, gosto da solidão, o barulho, o falatório, não me atraem. Quando ia a excursões, era um problema, muitas  companheiras me lançavam olhares de ódio e resmungavam:«Olhe! Lá vai ela! Malditas pernas, nunca se cansa, aquela maldita!». Mesmo distante, eu ouvia.
     Mas aquelas santas alminhas, quando lhes cheirava a comida, ganhavam pernas, empurravam-me a passavam todas à minha frente! (Ah! Ah! Ah!) Pois!...
Quando era sel-service, aterravam logo nas sobremesas, escolhiam, enchiam os pratos e levavam para os seus lugares, depois é que iam encher os pratos de carne ou peixe...
     Eu já tinha começado a ser vegetariana nessa altura e lá era martirizada pela «santa inquisição», pois quase todas inquiriam que religião era a minha, para não comer carne. Quando as refeições eram servidas por empregados, começaram a pedir-me que não recusasse a carne e a desse para elas levarem para os seus cãezinhos... Pois!... «Amavam uns e comiam outros»...
Quando parávamos algures, toca de começar o ratanço nas companheiras que não estavam presentes... Eu fingia curiosidade em algo e afastava-me. Já sabia que era a «próxima vítima». Só ainda não sabia, nesse tempo, que a Grande Lei manda que, aqueles que estão a dizer mal de alguém, percam parte das suas energias e estas sejam revertidas para as suas vítimas... Agora, eu sei disso.
    Eu vivi muito tempo entre a província e a cidade, devido a ter de cuidar de familiares idosos e doentes. Por vezes, nem tinha tempo de mudar de roupa, após ainda dar um jeito no quintal. E entrava para o carro, que meu marido já tinha posto a trabalhar. Saía do carro no estacionamento mesmo em frente do meu apartamento, junto de Lisboa. Um dia, uma pessoa zangou-se comigo (já eu tinha mudado, devido à falta de acessos para a cadeira de rodas de meu marido), e saíu-se com este mimo: «Pois fique sabendo que todas as suas vizinhas a criticavam por você vestir tão mal! Até se envergonhavam de que você morasse no mesmo prédio que elas!» Pois!...
     Mas Deus não nos avalia pelos trapinhos modestos que vestimos, porque quanto mais modesta for a roupagem, melhor ele visualiza a humidade de nossos corações... nossos corações e de nossas alminhas... O luxo exterior ofusca a beleza do interior.
     Nunca fui uma devota de peregrinar para Fátima. Mas conheço Suas mensagens de cor, ao contrário de muitos peregrinos, que confessam não saber nada do que Ela transmitiu aos Pastorinhos. Dizem que vão pelo convívio e porque se sentem lá bem. Claro! Com as emanações de Fé, com tantos crentes a rezar  e a deixarem seu amor à Mãe naquele local.... Um dos seus pedidos é mesmo esse: Modéstia no trajar. Portanto, eu já era modesta antes de conhecer Nossa Senhora como a Amada Mãe Maria. E muito sinceramente, não compreendo como existem pessoas que gostam de todas as páginas aqui no facebook que dizem respeito a Nossa Senhora e, depois, gostam daquilo que Deus condenou, como, por exemplo, as páginas dos "liláses"...Pois!... Como se Nossa Senhora pudesse pensar diferente de Deus...
      Enquanto as pessoas não compreenderem que as Leis Divinas não mudaram, as que levaram uma grande reviravolta foram as leis dos homens (e para pior), o mundo não se endireita!
     Os animais, que consideramos inferiores a nós, observam muito melhor do que os humanos as Leis Sagradas. Eles praticam sexo com vista à continuidade das espécies, fora isso nem a fêmea se "oferece" nem o macho a procura. Grande parte da fêmeas humanas são umas oferecidas, fingem que se vestem, mas deixam à mostra o "entusiasmo" dos machos...
       A ciência Sagrada já explicou que a energia criativa tanto pode criar em baixo como em cima, depende para onde o ser humano a dirige: Se a dirigir para baixo, faz filharada; se a dirigir para cima, têm ideias brilhantes e cria obras magníficas.
       Os humanos dizem assim: «Eu quero lá saber! O filho não é meu! Quem pariu, que cuide!»
       Os elefantes, se toparem perigo para algum filhote, não se importam do qual deles é filho: Círculo fechado à volta dele, rabos  para dentro, trombas para fora e vá de trombada para afastar os intrusos!
       Um dia, vi num programa televisivo um pequeno búfalo a ser atacado logo atrás da manada, mas este  emitiu um som de aflição. Voltaram-se todos rapidamente e atacaram  juntos o intruso, salvando o filhote de um deles, não se importaram saber de qual era.
      E vou terminar este texto, com mais uma inveja de minhas companheiras excursionistas... Ao lado dos seus pratos, todas  elas tinham uma caixinha com vários medicamentos. Muito admiradas, perguntavam se eu não tomava nada. Eu respondia o mesmo que respondo actualmente: «Tomo, apenas, no Outono,  cápsulas da planta Equinácea, para me proteger das constipações».
      Invejas, para quê? Cada um vive a vida como quer, tem direito a exercer o seu livre-arbítrio e, claro, arcar com as consequências se transgredir as Leis que governam o Universo. E alguns podem até nem ser transgressores nesta vida, (vê-se tanta gente boa a sofrer), mas terem deixado dívidas em aberto de vidas passadas e a Lei do karma exigir-lhe que acerte as contas... Nesta vida, estamos a construir a próxima. É dos tesouros que juntamos no Céu que sai nossa próxima encarnação

Florinda Isabel
       

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