TIVE UM SONHO TERRÍVEL, MAIS PARECIA UM PESADELO!
Sonhei que estava no facebook, junto com mais algumas pessoas, a alertarmos contra as indústrias que estão a matar-nos lentamente, com os agrotóxicos e a comida de plástico. E, no sonho, eu via aqueles que pretendíamos proteger virarem-se contra nós, colocando gostos nesses venenos… Só porque essas indústrias da morte, conhecedoras da nossa fraqueza por uma fantochada qualquer, associavam os seus pseudo-alimentos a uma festança… ofereciam-nos festivais misturados na sua publicidade aos venenos-alimentares… Especialmente, algo que cativasse a juventude: Se esta aderisse, os pais estavam no papo!
Sonhei que estava a colocar várias publicações com assuntos de interesse mundial, que eu tinha partilhado de outros internautas ou de minhas pesquisas, mas a que ninguém ligava a mínima importância, só punham gostos em informações, tipo «até amanhã, vou deitar-me!»; «passei por aqui para deixar um oi!»; e fotografias dos cãezinhos, dos gatinhos, todos felizes, que nem precisavam aparecer, mas era preciso satisfazer o ego dos donos… Os que tinham de aparecer, eram os maltratados, que precisavam de ajuda! Mas os que levavam os gostos e partilhas, eram os lindinhos todos ”engalanados”…
Comecei a assustar-me_ no próprio sonho-pesadelo, claro_ quando li que Deus estava a mandar para a Terra anjos para junto das pessoas. Como é que Deus me podia pregar uma partida daquelas, mandar anjos a toda a gente, menos a mim! E zanguei-me de verdade: «Meu Deus, onde está o meu anjo? Bateu com as asas num poste da EDP, foi? Ou deixou-se apanhar por ave de rapina? Mande-me outro, já! Não tenho culpa de me terdes enviado um anjo imprudente». Mas, logo a seguir, verifiquei que os internautas estavam a chamar anjos a cães e gatos… Eram anjos, bebés crianças, filhos adoptivos… E os «ex-donos» eram pais, protectores… 
Nesse pesadelo, via o meu lindo Rio Tejo todo poluído, imensos peixes mortos… E via-me a alertar, no próprio facebook, para os erros que as pessoas cometiam, os atentados contra o meio ambiente… Os agrotóxicos para algum lado têm de ir, depois de infiltrados no terreno… Ribeiras, rios, mar… Este, aguenta com tudo! Pensamos nós, mas enganamo-nos, porque ele também se revolta! A carninha de porco….Ai tão bom! Pois… O presunto! Pois! Mas as suiniculturas são o de que pior existe em termos de poluição de rios. E eu, em sonhos, calculava quantas existirão em Portugal a mandar os seus «resíduos porcinos» para os rios… E via competições de motonáutica, a poluírem… E as índústrias de celulose, instaladas ao longo do “meu” Tejo, desde a sua nascente até desaguar no mar. E via meus patrícios todos furiosos, atribuindo culpas a tudo e todos, menos a eles próprios, pois também têm a sua parcela… Se observarmos bem, verificamos que é onde a natureza está fora do controle do bicho-homem que mais frutifica sem doenças. Temos o caso das oliveiras. Era onde eu encontrava boa azeitona era nas do meio do mato. A natureza gosta de ter alguma erva junto das árvores e não precisa de curas, Aquele que a criou sabe cuidar dela, só a acção do homem é que começou a modificar tudo. Começou e continua, agora são os transgénicos, proibidos já na maior parte da Europa. Mas Espanha e Portugal ainda aceitaram. Nem todos os concelhos. Na lista dos concelhos que baixaram a crista à Monsanto e aceitaram, está, infelizmente, ´Mação. Mas ninguém protestou, claro! Vão ficando lentamente podres como os peixes, mas só quando tombarem, vítimas das modificações que a comida geneticamente modificada vai introduzindo nas suas entranhas, é que os que ainda ficarem de pé começam a fazer alarido…
E via as pessoas a alterarem seus padrões de sono e da pré-preparação para dormir, música relaxante… ou, simplesmente, aquietarem-se. As autarquias convidavam-nas para fazerem caminhadas nocturnas e elas lá iam… E se não iam caminhar, iam para a esplanada beber até tarde e fazer muito barulho, principalmente quando havia campeonatos de futebol, buzinavam e gritavam até de madrugada, sem respeito algum pelos doentes, idosos, bebés e todos os que tinham de se levantar cedo para irem trabalhar.
Subitamente, alguém na rua gritou: «Goooooooooolo!» E acordei ao som 
dos vivas ao Benfica. Tinha-me deixado dormir no “feice.

Florinda Isabel
(artigo de minha autoria, para o Jornal «Voz da Minha Terra», do Concelho de Mação, cujo Director meu autorizou a publicar todos os meses no facebook, mas que aguardo sempre que o jornal saia para sócios e para o público, por uma questão de ética.)
F.R.I.