Diferença entre Necessário e Supérfluo.
(Resposta a um comentário sobre a alimentação vegetariana, após eu falar sobre o abuso do corte de flores)
Para tudo tem de haver o meio-termo e o discernimento. Matar uma planta para nossa alimentação, é totalmente diferente de matar uma planta para algo dispensável, como seja para apreciar a imobilidade da "coisa" morta, podendo mirar viva durante mais tempo. Por vezes, a morte das flores até
é para algo que prejudica terceiros. por ficarem a apodrecer em locais impróprios. Quer um exemplo? No cemitério da nossa aldeia, eu coloquei flores artificiais numa jarra na campa dos meus Padrinhos. Como não ia lá com frequência, visto estar longe, quando era pelos Finados as intrometidas colocavam lá flores naturais e enchiam a jarra de água... Ficava lá a cheirar mal até eu lá voltar e encontrar um resto, pois ia sempre sumindo, e a jarra com vincos negros e as flores podres misturadas nas artificias. Continuo a pensar que o corte de flores deve ser limitado ao indispensável. Não sei se ainda existe, mas circulou durante muito tempo após a morte do saudoso Padre Sousa, um vídeo com ele a descer a Rua Principal já abaixo da Fonte, e a desviar-se da passadeira que lhe fizeram com flores. E um sacerdote que efectuava as cerimónias fúnebres da freguesia onde vivo, reclamava sempre com tantas coroas e ramos de flores e dizia: «Flores não acompanham vosso ente querido para o Céu, daqui a um ou dois dias estão murchas; orações, quantas mais, melhor.» Vê, Amigo? É aqui que pretendo chegar: o que é necessário, como alimentação, tem de ser; o superficial e desnecessário, deve ser evitado.
Florinda Rosa Isabel
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