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Se olharmos o ser humano tal como ele se apresenta à primeira vista, parece-nos impossível, evidentemente, que toda a terra se torne uma família. Exteriormente, é verdade, os homens são muito diferentes: a cor, o tipo físico, os costumes, a cultura, a religião... E se fizéssemos parisienses e esquimós viver juntos, esquimós em Paris ou parisienses na Lapónia, seria verdadeiramente complicado. Mas, na realidade, se estudarmos melhor a questão, compreenderemos que, no seu íntimo, os humanos são todos parecidos, porque no alto, na sua natureza superior, têm as mesmas necessidades, os mesmos desejos, o mesmo ideal. Só que, como eles não vivem nessas regiões superiores para se reconhecerem e verem que são idênticos, que são irmãos e irmãs, quando se olham aqui sentem-se tão afastados, diferente, opostos até, que chegam a detestar-se, a combater-se e mesmo a massacrar-se.
Mestre Omraam Mikhael Aivanhov (1990-1986), filósofo e pedagogo francês de origem búlgara.
Livro: «Uma Filosofia Universal»
______(Florinda Rosa Isabel)
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