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Algumas palavras, queridos irmãos e irmãs, para que a vossa permanência no Bonfin seja facilitada. É uma estada invulgar, nada semelhante às que podeis fazer noutros lugares, por isso é necessário que eu vos dê alguns esclarecimentos, senão ireis aborrecer-vos e perder o vosso tempo. Porque aqui, como vedes, não encontrareis nenhuma das distracções que estão na moda: nem piscina, nem cinema, nem casino, nem jogos... E, então, que aborrecimento!
Em certa ocasião, eu fiz uma viagem de navio. Sabeis como é: acima de tudo, é necessário não deixar que os passageiros se aborreçam, e por isso há bares e piscinas, pistas de dança, salas de cinema, de jogos, de concertos. Uma vez que se proporcionou a ocasião, eu quis aperceber-me do que era a vida num navio durante uma travessia, e fiquei estupefacto ao ver tudo o que se pode propor às pessoas para as distrair a todas as horas do dia e da noite. Mas esta vida a bordo de um paquete ilustra bem a mentalidade da maioria dos humanos, sempre à procura de novas distracções, de novos prazeres. Ninguém lhes revelou que eles possuem em si próprios faculdades que podem despertar para transformar a sua existência, encontrar a paz, a liberdade, a felicidade. Eles procuram a felicidade exteriormente e é por isso que continuam insatisfeitos.
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Mestre Omraam Mikhael Aivanhov (1900-1986), filósofo e pedagogo francês de origem búlgara.
Do Livro: «Uma Filosofa Universal» Colecção Izvor.
Éditions Prosveta/ Publicações Maitreya_Portugal.
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(Florinda Rosa Isabel)
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