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Todos os ignorantes e fracos têm tendências "comunistas": gostam muito de conviver uns com os outros, de se abraçar, de trocar convites, são muito acessíveis, são mito gentis.... porque não têm nada! Ao passo que os que são poderosos ou sábios, é impossível vê-los: é preciso pedir-lhes uma entrevista com meses e meses de antecedência e, muitas vezes, ainda mandam os seus secretários receber-vos, eles próprios são inacessíveis. É assim que se deve proceder? Todos aqueles que são ricos, seja em que domínio for, não devem comportar-se como pontífices orgulhosos, mas descer um pouco ao nível dos outros, ser fraternais, distribuir as suas riquezas: só então serão comunistas, dos verdadeiros. Deve-se procurar o saber e o poder, mas como meios para ajudar a humanidade e não para satisfazer as suas próprias conveniências.
Quando eu vejo as pessoas que falam na televisão, sejam comunistas ou capitalistas, acho que todas têm uma atitude "capitalista"; sentem-se bem equipadas no domínio dos conhecimentos, dos argumentos, e falam como déspotas, não têm nenhum amor, nenhuma humildade, nenhuma doçura. Sim, não me enganam, eu posso classificar todas as suas atitudes. Vós perguntareis: «Mas como pode classificar essas atitudes nas categorias de capitalista e comunista?» Oh! E porque se utilizam continuamente estas duas palavras infelizes. Posso arranjar outras, mas, entretanto, uso estas, que são mito cómodas.
Deveis ter conhecimentos, títulos, diplomas, mas não para vosso benefício, para as vossas próprias conveniências. O saber não deve ser um meio de satisfazer o vosso eu inferior. Não, todos os talentos que possais desenvolver para vos tornardes sábios, artistas, homens políticos, financeiros, devem ser é meios para fazer o bem. Então, isso torna-se divino, porque se reúnem as duas coisas: sois capitalistas e comunistas ao mesmo tempo.
Tenho reflectido bastante sobre esta questão ao longo de muitos anos, e digo-vos: Eu resolvi o problema; tornei-me capitalista e comunista simultaneamente.
O capitalismo e o comunismo são ambos necessários, indispensáveis e, como eu já vos disse, foi a própria natureza que deu o seu aval a estas duas tendências. A criança, que agarra em tudo, é um capitalista, e o velho, que distribui tudo antes de partir para o outro mundo, é um verdadeiro comunista: não guardou nada para si. Entre os dois, situam-se as pessoas de todo o tipo, que não pertencem verdadeiramente a nenhuma das duas categorias: capitalistas que o não são e comunistas que também não o são. O ideal é ser-se simultaneamente capitalista e comunista, isto é, enriquecer para distribuir incessantemente as suas riquezas. Então, tudo é perfeito. Mas se fordes só comunista ou só capitalista. estareis perdidos de todas as maneiras.
Enquanto os humanos estiverem presos a esta divisão entre capitalistas e comunistas, haverá guerra entre eles. Quantos roubos, explosões, incêndios, sublevações e assassínios não têm outra origem senão estas duas palavras!
A sabedoria está em deixar que se desenvolvam de maneira equilibrada as duas tendências, a capitalista e a comunista. E mesmo ao longo de um dia, por exemplo é preciso saber ser um e o outro. Ser somente capitalista, isto é, viver no seu buraquinho sem ver outras pessoas, é muito mau. E estar sempre com os outros, porque não consegue viver só, é um comunismo verdadeiramente enfadonho.
Então, eu resolvi o problema: guardo metade do dia para mim, trabalho, oro, medito, ou seja, acumulo.; e, durante outra metade, falo, recebo visitas, ou seja, distribuo. Eis como uma pessoa se sente feliz, pois contentou as duas naturezas.
Se estiverdes sempre sozinhos, sem dar nada de vós, sentis um mal-estar, falta-vos qualquer coisa. E se estiverdes continuamente com os outros, perdeis tudo, o reservatório esvazia-se e ficais sem nada. Sois obrigados, pois, a ser capitalistas, a renunciar um pouco a estar com os outros para poderdes enriquecer-vos de novo. Aqueles que acumulam demasiado e aqueles que distribuem demasiado são infelizes. A terceira solução é a que torna os humanos felizes: metade para cada lado.
Mestre Omraam Mikhael Aivanhov (1900-1986), filósofo e pedagogo francês de origem búlgara.A sabedoria está em deixar que se desenvolvam de maneira equilibrada as duas tendências, a capitalista e a comunista. E mesmo ao longo de um dia, por exemplo é preciso saber ser um e o outro. Ser somente capitalista, isto é, viver no seu buraquinho sem ver outras pessoas, é muito mau. E estar sempre com os outros, porque não consegue viver só, é um comunismo verdadeiramente enfadonho.
Então, eu resolvi o problema: guardo metade do dia para mim, trabalho, oro, medito, ou seja, acumulo.; e, durante outra metade, falo, recebo visitas, ou seja, distribuo. Eis como uma pessoa se sente feliz, pois contentou as duas naturezas.
Se estiverdes sempre sozinhos, sem dar nada de vós, sentis um mal-estar, falta-vos qualquer coisa. E se estiverdes continuamente com os outros, perdeis tudo, o reservatório esvazia-se e ficais sem nada. Sois obrigados, pois, a ser capitalistas, a renunciar um pouco a estar com os outros para poderdes enriquecer-vos de novo. Aqueles que acumulam demasiado e aqueles que distribuem demasiado são infelizes. A terceira solução é a que torna os humanos felizes: metade para cada lado.
Livro: «Rumo ao Reino da Paz» Colecção Izvor.
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(Florinda Rosa Isabel)
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