Hoje, acordei a pensar que, há muitos anos, vivia eu na minha aldeia, era dia de muita choradeira, quase todos os que estavam fora iam juntar-se às famílias, para as tradicionais missas pelos defuntos e romagem ao cemitério.
E fiquei a recordar as cenas das «carpideiras tradicionais da má-língua», esgueirando-se, pé-ante-pé, por detrás das pessoas que assistiam à missa no cemitério, para irem bisbilhotar as campas mais próximas e criticar aquelas que estavam mais desmazeladas. Entretanto, olhavam de soslaio para tentarem descobrir alguma viúva que tivesse dado uma facadinha na viuvez e se apresentasse ali a rezar pelo "ex", com o "actual" ao lado, para abanarem o chocalho e uivarem críticas aos ouvidos umas das outras. Quando era um viúvo na mesma situação... «Fez muito bem, precisava duma mulher!»
Nesse tempo, eu apenas achava mal devido a fazerem críticas à vida alheia. Mas, actualmente, recordo isso tudo com alguma mágoa, por ter adquirido alguns conhecimentos que nem sonhava existirem... E ficar a saber que algumas almas mais atrasadas poderiam vaguear por ali e sofrerem com certas atitudes impensadas, por parte de algumas ignorantes que não sabem respeitar um lugar sagrado.
Desde que tomei contacto com os Ensinamentos da Grande Fraternidade Branca, adquiri alguns conhecimentos, mas, nas novas Mensagens a que comecei a ter acesso, através de Publicações Maitreya, em que os Mestres já podem ser mais explícitos, dado o avanço espiritual de muitas pessoas, minha forma de pensar mudou muito e vejo com clareza que é um erro toda essa choradeira quando algum ente querido nos "deixa" (recuso empregar o tradicional termo), pois ele fica a aperceber-se da choradeira, através dos seus corpos subtis, que só desligam totalmente do corpo decorridos três dias e meio; esses corpos etéricos já pertencem a outra dimensão, apesar de ligados ainda ao corpo físico. Eles apercebem-se do nosso sofrimento, mas não o compreendem e afligem-se... Eles próprios ainda estão muito confusos com a transição, alguns nem sabem o que está a acontecer...
E penso que, actualmente, todo esse alvoroço em torno de um dia consagrado aos que nos deixaram, com destruição de outras vidas (flores que, daí a dias, são lixo...), só para cumprirem uma tradição obsoleta, que já devia ter sido extinta, pois não se coaduna com os novos conhecimentos sobre desencarne, acompanhamento de entidades de Luz que se fazem sempre presentes (para evitar que a alma fique presa em regiões límbicas) auxiliando na subida da alma para os planos de Luz a que pertence, as tais muitas moradas em Casa do Pai, já devia ter acabado.
E penso que devo explicar_ precisamente hoje_, sobre o Conhecimento chegado lá de "Cima", que aquelas melhoras muito conhecidas de pessoas que estão mesmo a beira da morte e, subitamente, recuperam "milagrosamente", conhecidas como as «melhoras da morte», é quando os familiares estão junto daquele que está a "partir" e, na sua grande aflição, rezam, choram, pedem a Deus para o salvar, as Entidades de Luz têm de lhes restaurar a saúde por um curto período, para tranquilizar a família e esta se afastar, para poderem, finalmente, iniciar o processo do corte do cordão invisível que liga a sua vida à Fonte de onde descera para o ventre materno.
Pronto! Acabei de pensar.
Florinda Rosa Isabel
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