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Começai, pois, pelo começo. E o que é o começo? É estar desperto, consciente, vigilante, atento; é guardar preciosamente o que se experimentou de divino e, sobretudo, não dizer: «Oh, foi uma ilusão!» Os humanos são estranhos: acham que tudo o que é belo é uma ilusão, ao passo que as desgraças, as dores, as catástrofes, consideram-nas a realidade! Mas não! Para mim, a única realidade é tudo que é bom, belo, divino.
Porquê contar sempre aos outros o que é feio e triste? A pessoas passeiam por toda a parte com as suas desgraçazinhas: «Dói-me aqui, falta-me aquilo...» Por que hão-de deter-se sempre em tudo o que lhes falta e nunca naquilo que têm? É preciso que a nossa Fraternidade se torne única no mundo. Quando virem o amor e a luz que os vossos rostos irradiam, as pessoas que vierem aqui ao Bonfin ficarão sideradas. Mesmo sem lhes falardes, bastará que elas vos vejam para dizerem: «Oh, compreendo, compreendo...» e, de imediato, entrarem também na nova vida. Menti mesmo um pouco, se for necessário, dizendo que vai tudo bem; e sorri, ainda que não tenhais qualquer vontade de sorrir: fareis sempre melhor do que se olhardes fulminantemente os outros para lhes mostrar como estais mal dispostos. É sempre permitido aprender a mentir neste sentido.
Mestre Omraam Mikhael Avanhov (1900-1986), filósofo e pedagogo francês de origem búlgara.
Livro: «Uma Filosofia Universal»
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(Florinda Rosa Isabel)
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