Roteiro para uma Nova Era - Tomo I - 8 de Novembro 2016
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Caros Amigos,
Como habitualmente às terças-feiras, partilhamos mais um texto que aleatoriamente foi selecionado, esperando que vá ao encontro da necessidade da maior parte de vós. O livro hoje selecionado foi "ROTEITO PARA UMA NOVA ERA - TOMO I - O UNIVERSO E O HOMEM", de José Caldas, inserido na Colecção "Saberes".
PLANOS BÚDICO E ÁTMICO - pags. 197 a 202: Lamentamos não poder partilhar também as imagens.
Existe um dado consensual entre os poucos que conseguiram elevar a sua consciência até aos planos espirituais: as palavras são absolutamente impotentes para descrever as condições «materiais» e conscienciais que aí prevalecem. Entramos no reino da unidade, naquele: • em que, progressivamente, se esbate a sensação de separatividade entre o sujeito que observa e o objecto observado; • em que o processo de conhecer se faz por «fusão» e não por observação ou análise; • em que se contacta, de modo permanente, a consciência solar; • em que se tem do homem, da vida e do universo, uma perspectiva já não «paroquial», mas eminentemente cósmica e global; • em que a evolução individual se processa num estado de comunhão profunda e permanente com todas as outras consciências do cosmos; • em que a própria noção de «indivíduo» se dilui na consciência do todo, mantendo-se, contudo, inexplicavelmente, a consciência da própria individualidade. A figura 28, editada da obra «O Corpo Causal e o Ego» de Arthur Powell, procura transmitir o modo como o sentimento de unidade se instala, a partir da consciência búdica. Cada raio representará uma consciência individualizada. Podemos ver que é no plano físico onde essa noção de separatividade se encontra mais vincada. Depois, progressivamente, a partir do momento em que o ser expande a sua consciência para planos mais subtis, esse sentimento de separatividade vai-se, gradualmente, esbatendo. Mas, é só partir do plano búdico, que todos os raios se tocam e se começam a unir. Entramos nos reinos das 6ª e 7ª dimensões, onde qualquer palavra, mesmo a poética, perde todo o seu poder explicativo. Olhamos para a floresta já não do ponto de vista da árvore (que a vê como uma colecção de árvores individuais), mas da perspectiva da ave (que a vê como um todo indissociavelmente interligado). As árvores individuais continuam a existir, mas só fazem sentido enquanto partes de um todo global que lhe confere o seu sentido. É absolutamente indispensável ter uma noção clara do significado desta noção de «unidade». Por vezes, ela é erroneamente interpretada no sentido de uma dissolução do «eu», de uma diluição da consciência numa espécie de buraco negro transcendental que reduziria o «eu» a nada. Ora, o que sucede é exactamente o inverso. O que tem lugar, na verdade, não é a aniquilação da consciência, mas a sua expansão até limites cósmicos.
Uma pequena fábula ilustrará esta situação: Num dia de tempestade, uma pequena gota de chuva confidenciava a uma outra, muito maior e mais experiente: • «– Que medo tenho – dizia – de cair no grande oceano e desaparecer por completo». • «– Nada receies – respondeu-lhe a outra – «tu não vais desaparecer. Tu vais, isso sim, transformar-te no grande oceano.»
Como com a pequena gota de chuva, a sensação de unidade proporcionada pela consciência espiritual expande o nosso sentimento de individualidade de modo a incluir, de modo cada vez mais alargado, o grande universo. Tudo o que é pensado, sentido, desejado, aspirado não mais é observado por prismas individuais separados. Agora, eu penso, sinto, desejo e aspiro tudo o que é pensado, sentido, desejado, aspirado por qualquer consciência do universo. Tudo se torna transparente, óbvio, instantâneo. Pela primeira vez, se instala na consciência a certeza da unidade do Todo. Desaparecem quaisquer dúvidas sobre o sentido da evolução cósmica, da perfeição das leis divinas, da omnipresença orientadora de uma consciência espiritual suprema. É que... nós somos tudo isso e sentimo-lo, de modo inequívoco.
E recorro a Arthur Powell uma vez mais: «Embora no plano búdico, um homem ainda tenha um corpo definido, ainda assim a sua consciência parece igualmente presente num vasto número de outros corpos. A teia de vida, que é construída de matéria búdica, estende-se de tal forma que inclui essas outras pessoas, de maneira que, ao invés de muitas pequenas teias separadas, há uma vasta teia que a todos envolve numa vida comum»
O sentimento de unidade que se instala a partir da consciência búdica não é, contudo, nem instantâneo nem absolutamente idêntico. Há graus dentro da unidade. A figura 28 ajudará a ilustrar a situação. Na unidade búdica, a consciência individual, representada pelo grande círculo central, expande-se gradualmente para incluir o todo. Na unidade átmica, a consciência individual está permanentemente expandida, incluindo todos os outros na sua consciência, embora «sentindo-os» como distintos. Na unidade monádica, a consciência individual mantém-se permanentemente expandida, mas agora, «sentindo» os outros como partes de si mesma. Outro erro, frequentemente cometido, é o de pensar que este estado de união seria sinónimo de uma total indiferenciação das consciências. Isto é, seríamos todos iguais, fotocópias uns dos outros, vivendo numa insuportável monotonia espiritual. Ora, nada mais errado do que esta concepção. Um Mestre da Sabedoria, quando questionado sobre esta possibilidade, retorquiu: «Nunca um ser revela tanto toda a sua originalidade e singularidade como quando atinge a Mestria espiritual». A sensação de unidade refere-se à essência espiritual da consciência manifestada. Mas, o modo como essa consciência se revela e desenvolve, é absolutamente individual e inimitável. Esta absoluta singularidade de cada consciência é, também, extensível aos afectos e às ligações que estabelece ao longo do seu percurso evolutivo. Embora, o Amor Universal que une todos os seres conscientes nos planos espirituais, seja um dado irrefutável, contudo, cada um mantém conexões afectivas preferenciais. Dado que, no fundo, cada consciência é um estado vibratório, ela tende naturalmente a estabelecer afinidades energéticas específicas com outras consciências cujo padrão vibratório seja mais afim do seu próprio. Esta situação em nada afecta o estado de união profundo sentido nos domínios espirituais. Depois de termos analisado brevemente os sete planos solares e os sete corpos humanos, vejamos agora como a mónada constrói os corpos com os quais vai iniciar a longa jornada evolutiva.
Até breve!
08 de Novembro, 2016
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