O Segundo Nascimento - 30 Janeiro, 2018
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A todos, a nossa saudação. | |
Caros Amigos, Como habitualmente às terças-feiras, partilhamos mais um texto que aleatoriamente foi selecionado, esperando que vá ao encontro da necessidade da maior parte de vós. E hoje foi selecionado o livro "O SEGUNDO NASCIMENTO", do Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov, inserido na colecção "Prosveta". Parte do V Capítulo - O AMOR OCULTO NA BOCA «Em verdade, em verdade vos digo: aquele que acredita em mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Mas este é o pão que desce do céu, para que aquele que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão viverá eternamente; e o pão que eu hei de dar é a minha carne, que darei pela vida do mundo.» Discutiam, então, os Judeus acerca disto, dizendo: «Como é que ele pode dar-nos a sua carne a comer?» Disse-lhes Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes da carne do Filho do homem e se não beberdes do seu sangue, não tereis a vida em vós. Aquele que come da minha carne e que bebe do meu sangue tem a vida eterna e eu ressuscitá-lo-ei no último dia. Porque a minha carne é, em verdade, uma comida, e o meu sangue é, em verdade, uma bebida. Aquele que come da minha carne e que bebe do meu sangue permanece em mim, e eu nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim aquele que me come viverá por mim.» S. João, 6: 47-58 «Aquele que come da minha carne e bebe do meu sangue tem a vida eterna.» Comer a carne do Cristo, beber o seu sangue, são, evidentemente, expressões simbólicas, e é preciso interpretá-las. A carne e o sangue do Cristo são o pão e o vinho: o pão, que é feito com trigo, e o vinho, que é feito com uvas. O pão é a carne e o vinho é o sangue. O pão e o vinho são símbolos que se encontram em todas as Iniciações. Certamente lestes, no Génesis, a narrativa do encontro que Abraão teve com o sacerdote do Deus vivo, Melkhitsédek, rei de Salem: «Quando Abraão regressava, vencedor, de Kedorlaomer e dos reis seus aliados, o rei de Sodoma saiu-lhes ao encontro no vale de Chavé, que é o vale do rei. Melkhitsédek, rei de Salém, mandou trazer o pão e o vinho, pois era sacerdote do Altíssimo. Ele abençoou Abraão e disse: “Bendito seja Abraão, pelo Deus Altíssimo, Senhor do céu e da terra! Bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos.” E Abraão deu-lhe o dízimo de tudo.» O nome de Melkhitsédek, que significa “rei de justiça”, provém do hebreu mélek, rei, e de tsédek, justiça. Quanto ao nome da cidade de que ele era rei, Salém, tem a mesma raiz que a palavra schalom, paz. Melkhitsédek é o rei de justiça e de paz; é um personagem muito misterioso, acerca do qual se conhecem muito poucas coisas. Só os grandes Iniciados têm alguns conhecimentos a seu respeito. Na Bíblia, só existe uma passagem onde Melkhitsédek é mencionado, a epístola de S. Paulo aos Hebreus. S. Paulo escreve o seguinte: «Foi este Melkhitsédek, rei de Salém e sacerdote de Deus soberano, que foi ao encontro de Abraão quando este regressava da derrota infligida aos reis, que o abençoou, e a quem Abraão deu o dízimo de tudo; e que é, conforme o seu nome indica, primeiramente, rei de justiça, e depois, rei de Salém, isto é, rei de paz. Sem pai, sem mãe, sem genealogia, sem princípio de dias nem fim de vida, ele assemelha-se assim ao filho de Deus e permanece sacerdote eternamente. Considerai quão grande é aquele a quem o patriarca Abraão deu o dízimo dos despojos.» Falar-vos-ei de Melkhitsédek numa outra ocasião. A Santa Ceia, instituída por Jesus, repetia a entrega do pão e do vinho que Melkhitsédek fizera a Abraão. Aliás, S. Paulo diz também que Jesus era sacerdote segundo a ordem de Melkhitsédek.1 A lenda do Santo Graal está igualmente ligada aos símbolos do pão e do vinho… Mas, neste momento, não posso alongar-me acerca destas questões, apesar de elas serem muito interessantes. O trigo, que cresce nos campos, e a uva, que se desenvolve na videira, são os símbolos dos dois princípios – masculino e feminino – que se encontram em todas as Iniciações, isto é, os símbolos da sabedoria e do amor. A vinha é o coração e o vinho é o sangue, isto é, os sentimentos. Ao passo que o campo é a cabeça, o intelecto, e o trigo são os pensamentos. Portanto, se comermos a sabedoria que vem do espírito e se bebermos o amor que corre do coração, teremos a vida eterna. Só através do amor e da sabedoria se pode obter a vida eterna. Nós comemos e bebemos, e isso faz-se através da boca. Toda a gente tem uma boca. Com que sabedoria a natureza a construiu! Quantas coisas nela estão escondidas! Nas conferências anteriores, eu disse-vos que cada homem representa um triângulo, cujos lados são o intelecto, o coração e a vontade. Disse-vos também que o ideal do nosso intelecto é a sabedoria divina, que o do nosso coração é o amor divino e que o da vontade é a liberdade divina; tivemos ocasião de descobrir este triângulo em toda a parte, em todos os domínios. Expliquei-vos que os olhos representam a verdade e que os ouvidos representam a sabedoria; hoje vou falar-vos da boca, que representa o amor. Gostaríeis de saber também o que representa o nariz?... Contentai-vos em saber que é um resumo de todo o homem. É um indicador comparável a um manómetro que indica a pressão de um fluido. Permite conhecer a intensidade da luz interior no homem, a distribuição das energias… Ele divide-se em três partes, mas eu falar-vos-ei acerca deste assunto numa outra ocasião.
30 de Janeiro, 2018
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