Comentário que deixei numa publicação sobre um embarque de animais,
em péssimas condições, por barco, viagem demorada, rumo à morte e ao
estômago daqueles que ainda não aprenderam a ter compaixão pelo
sofrimento dos nossos irmãozinhos, companheiros de viagem nesta
caminhada temporária aqui pela Terra...
«E andam as pessoas tão
admiradas do mal que grassa por todo o planeta... Os animais são as
crianças da nossa amada Mãe Terra. De cada vez que ela chora, seus
soluços fazem estremecer o chão com
terramotos... De cada vez que ela fica zangada, ao ver o que estão a
fazer às suas crianças_ os indefesos e inocentes animais_ eclodem
incêndios por toda a parte, nossa amada Mãe Terra já não aguenta tanta
dor e sofrimento! Os incêndios, que muitas das vezes aparecem do nada,
são, na sua maioria, limpezas cósmicas. E nem tem de ser recente, pode
ser num local onde o mal não tivesse sido praticado na nossa época, mas
os registos cósmicos têm lá tudo.
Ardeu-me um pinhal recentemente.
Sem minha autorização e, apesar de ser proibido, iam lá armar laçadas
aos javalis, sempre fizeram isso, mesmo no tempo dos meus
antepassados... Os pobrezinhos ficavam lá toda a noite a gritar e a
tentarem soltar-se, de manhã iam lá buscá-los com a carne da perna toda
desfeita e a laçada metálica já a golpear o osso. E iam fazer o banquete
com os restos mortais dos infelizes, como os abutres.»
Florinda Rosa Isabel
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