domingo, 14 de janeiro de 2018

SINTO IMENSA FELICIDADE POR TER NASCIDO

Deixei de seguir um escritor português, não me revejo nos seus escritos sobre o orgulho de sermos portugueses. Eu não sinto orgulho de ser portuguesa, sinto, isso sim, uma imensa felicidade por ter nascido e estar viva, indiferente ao facto de ter nascido em Portugal ou noutra qualquer parte do planeta. O Cosmos não tem fronteiras, estas são aparentes, foram criadas apenas para que mais facilmente consigamos administrar aquilo que não conseguiríamos se tivéssemos de percorrer o planeta, para chegarmos a uma administração central, onde quer que esta se localizasse.
Assim, eu sinto-me um ser cósmico, na única Corrente de Vida, o UM!
Não aprecio as "grandezas" das grandes conquistas portuguesas através de armamento, quando se conquista algo tangível em nosso benefício, alguém ficou sem aquilo que conquistámos... Só é admissível se nos foi tirado anteriormente, portanto: reconquistar.
Na minha aldeia, fiquei amiga íntima de uma mulher que havia regressado lá, vinda do Brasil. Não vou aqui pormenorizar os casos chocantes a que ela assistiu e me contou... Dá para imaginar como seria quando os portugueses aportaram no Brasil pela primeira vez... E não foram só eles, entenda-se! Nem sei se eu lá estaria encarnada durante o tempo da escravatura a que os colonos foram submetidos. pois tanto podia ter sido vítima, como carrasco. Tanto podia ter sido dona de escravos, como escrava... Tanto podia ter levado chicotadas amarrada ao tronco, como podia ter ordenado que chicoteassem meus escravos...
E não vou permitir que alguém diga, como já li várias vezes: «Malditos portugueses!», e mais uns "mimos" que recuso aqui postar.
Eram outros tempos, ignorância total, pois, tal como agora, que só há pouco tempo é que grande parte da população está a compreender que os animais não estão cá para nos servirem, mas, sim, como companheiros de jornada, nessa época o Homem ainda tinha pouco discernimento, a sua parte selvagem ainda o dominava quase por completo, só os de pele clara tinham direitos, os seres de pele diferente nasceram para trabalhar para eles...
Enfim, as energias do Amor ainda não estavam a descer como agora estão, e isso teria muita influência no comportamento humano aqui na Terra.
Assim, decidi cremar meu passado todo, não me importa mais saber quem fui, se escravizei, se me escravizaram Sei que fui vítima da tortura e fogueiras da (nada) Santa Inquisição, mas decidi cremar tudo!. Coloquei nas cinzas um bolbo de flor-de-lótus, que representa o Homem nascido no lodo e a florescer de braços erguidos para o Céu...
Muita Paz, muita Luz e muito Amor para todos nós.
Om Shanti!
Florinda Rosa Isabel

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