Luis Fernando Freitas
Foram
mortos mais de 1 bilhão e 500 mil animais (bovinos, suínos e frangos)
apenas no 1o trimestre de 2017, isto sem contar os abatedouros
clandestinos. [1]
Relatório da ONU aponta que, desde a década de 1940, das novas doenças em humanos 70% tiveram origem animal. [2]
A pecuária é uma das atividades com maior número percentual de trabalho escravo no Brasil. [3]
Mais de 80% do desmatamento no Brasil é associado com pastagem em
relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO). [4]
A criação de animais usa mais terra do que
qualquer outra atividade humana. Um quarto da superfície terrestre é
usada para o pasto de ruminantes e um terço da terra arável é usada para
o plantio de sementes para a pecuária, o que representa 40% da produção
de cereais. [2]
Todo ano mais de 150 bilhões (em números
conservadores) de animais são assassinados para o consumo humano, ou
seja, é o maior tipo de 'violência' que ocorre e, provavelmente, o que
mais gera sofrimento em todos os tempos na existência da humanidade. [5]
[1] https://ww2.ibge.gov.br/…/abate-leite-couro-ovos_201702_1.s…
[2] https://oglobo.globo.com/…/relatorio-da-onu-aponta-que-70-d…
[3] http://reporterbrasil.org.br/busca/…
[4] http://www.fao.org/americas/noticias/ver/en/c/425600/
[5] http://thevegancalculator.com/animal-slaughter/
A floresta amazônica está correndo sério risco de se tornar um local
com paisagem semelhante às de cerrado, com pouca vegetação e baixa
biodiversidade.
O alerta foi publicado na revista Science
Advances (link), no editorial de nome Amazon Tipping Point (em português
Ponto de Inflexão Amazônia), assinado pelos cientistas Thomas E.
Lovejoy, professor da Universidade Pública norteamericana George Mason
University, e Carlos Nobre, coordenador do Instituto Nacional de Ciência
e Tecnologia para Mudanças Climáticas, que é apoiado pela FAPESP em
parceria com o CNPQ.
Há tempos cientistas especulam qual o limite
para um desmatamento ser irreversível. A questão sobre qual seria este
ponto crítico de desmatamento no qual o ciclo hidrológico amazônico se
degradaria de forma que não consiga mais sustentar as florestas
tropicais vem sendo traçado desde 1970, com estudos destinados a
verificar as possíveis mudanças de clima na Amazônia do professor Eneas
Salati, descobriu-se que a Amazônia produzia metade de suas próprias
chuvas.
Os primeiros apontamentos sobre a questão dizem que esse
ponto de inflexão poderia ser a partir dos 40% de desmatamento da
floresta amazônica. Já nas últimas décadas foram considerados outros
fatores que impactam o ciclo hidrológico amazônico, como as mudanças
climáticas e as queimadas feitas por pecuaristas em períodos secos para
fazer lavouras e pastagens. O cálculo com os novos fatores indica que o
ponto de inflexão seria atingido quando o desmatamento alcançar entre
20% e 25% da floresta original.
Este novo cálculo é surge a
partir de um estudo, publicado em 2016 na revista Proceedings of the
National Academy of Sciences (link), realizado por Carlos Nobre
juntamente com outros pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e
Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), da Universidade de Brasília
(UnB) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Segundo o professor, a Amazônia já tem 20% de área desmatada, e está muito próxima de atingir o limite irreversível.
Fonte: Agência FAPES
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