sábado, 24 de fevereiro de 2018

A PECUÁRIA MATA E DESMATA...




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Luis Fernando Freitas


Foram mortos mais de 1 bilhão e 500 mil animais (bovinos, suínos e frangos) apenas no 1o trimestre de 2017, isto sem contar os abatedouros clandestinos. [1]
Relatório da ONU aponta que, desde a década de 1940, das novas doenças em humanos 70% tiveram origem animal. [2]
A pecuária é uma das atividades com maior número percentual de trabalho escravo no Brasil. [3]
Mais de 80% do desmatamento no Brasil é associado com pastagem em relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). [4]
A criação de animais usa mais terra do que qualquer outra atividade humana. Um quarto da superfície terrestre é usada para o pasto de ruminantes e um terço da terra arável é usada para o plantio de sementes para a pecuária, o que representa 40% da produção de cereais. [2]
Todo ano mais de 150 bilhões (em números conservadores) de animais são assassinados para o consumo humano, ou seja, é o maior tipo de 'violência' que ocorre e, provavelmente, o que mais gera sofrimento em todos os tempos na existência da humanidade. [5]
[1] https://ww2.ibge.gov.br/…/abate-leite-couro-ovos_201702_1.s…
[2] https://oglobo.globo.com/…/relatorio-da-onu-aponta-que-70-d…
[3] http://reporterbrasil.org.br/busca/
[4] http://www.fao.org/americas/noticias/ver/en/c/425600/
[5] http://thevegancalculator.com/animal-slaughter/
A floresta amazônica está correndo sério risco de se tornar um local com paisagem semelhante às de cerrado, com pouca vegetação e baixa biodiversidade.
O alerta foi publicado na revista Science Advances (link), no editorial de nome Amazon Tipping Point (em português Ponto de Inflexão Amazônia), assinado pelos cientistas Thomas E. Lovejoy, professor da Universidade Pública norteamericana George Mason University, e Carlos Nobre, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas, que é apoiado pela FAPESP em parceria com o CNPQ.
Há tempos cientistas especulam qual o limite para um desmatamento ser irreversível. A questão sobre qual seria este ponto crítico de desmatamento no qual o ciclo hidrológico amazônico se degradaria de forma que não consiga mais sustentar as florestas tropicais vem sendo traçado desde 1970, com estudos destinados a verificar as possíveis mudanças de clima na Amazônia do professor Eneas Salati, descobriu-se que a Amazônia produzia metade de suas próprias chuvas.
Os primeiros apontamentos sobre a questão dizem que esse ponto de inflexão poderia ser a partir dos 40% de desmatamento da floresta amazônica. Já nas últimas décadas foram considerados outros fatores que impactam o ciclo hidrológico amazônico, como as mudanças climáticas e as queimadas feitas por pecuaristas em períodos secos para fazer lavouras e pastagens. O cálculo com os novos fatores indica que o ponto de inflexão seria atingido quando o desmatamento alcançar entre 20% e 25% da floresta original.
Este novo cálculo é surge a partir de um estudo, publicado em 2016 na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (link), realizado por Carlos Nobre juntamente com outros pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), da Universidade de Brasília (UnB) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Segundo o professor, a Amazônia já tem 20% de área desmatada, e está muito próxima de atingir o limite irreversível.
Fonte: Agência FAPES

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