sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

SOBRE O CONSUMISMO...

SOBRE O CONSUMISMO...
Eu também conheci um Tejo limpo; mas, simultaneamente, não havia o excesso de consumismo que se verifica actualmente. As pessoas iam ao pão com um saco de pano... Iam às compras com uma alcofa... Quando começaram a aparecer o sacos de plástico, estes eram lavados e pendurados, voltavam a servir... Agora, andam por aí a "voar", até entrarem no mar e, a seguir, para dentro dos animais marinhos... Não existia a "máfia" da ganância, que nos entope as caixas do correio com publicidade em papel, dos hipermercados, completamente desnecessária, todos nós sabemos onde se vende o que precisamos... Mas precisam iludir-nos com as suas falsas promoções, do "pague dois, leve três", pois se quisessem mesmo ser "bonzinhos", baixavam o preço e cada um levava só o que precisasse no momento... Pelo contrário, alguns desses produtos são embalados especialmente com essa finalidade, no próprio fornecedor das grandes superfícies, pois, se formos pesá-los ou medi-los, contêm menos porção... Embora nem sempre isso se verifique, claro. De vez em quando, são "honestos".
Aqui onde moro (como exemplo do resto do país e da maior parte do planeta), o asfalto das ruas está colorido, tal a quantidade de serpentinas e outro lixo igual que ficou por aqui espalhado. Fora aquilo que foi parar aos contentores do lixo de plástico e de papel, mascarilhas, chapéus, e por aí...Toda essa inutilidade foi produzida pelas "celtejo" que existem no planeta Terra!
Quando eu conheci um Tejo limpo, este não tinha as casas-de-banho com suas sanitas a correr para ele, com toda a quantidade de produtos químicos que lhes deitam para as higienizar, mesmo através de etares, nauseabundas, vai lá ter... E mesmo os produtos de higiene, com a sua falsa rotulagem de benéficos para a pele e para o ambiente, que vieram substituir o impagável e inocente sabão macaco, nas banhocas, também vão para às etares.
O progresso também tem alguns "contras". A loiças eram lavadas num alguidar, com sabão, a água era aproveitada. Agora, há líquidos cada vez mais potentes, cujo destino, após abrir a válvula do lava-loiças, nem é preciso dizer para onde vão; mais os potentes branqueadores de roupa, utilizados nas máquinas de lavar... No tempo do Tejo limpo, as roupas eram lavadas nos tanques das hortas. Não estou a dizer com isto que devemos voltar ao tempo do homem das cavernas ou, mesmo, ao tempo em que fui de Lisboa viver para a província, na adolescência; mas lá que temos de moderar bastante o nosso consumismo, lá isso temos.
Florinda Rosa Isabel.

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