sexta-feira, 24 de abril de 2015

AS DÍVIDAS DE RECONHECIMENTO

    Oiço muitos jovens, com aquele ar de que todo o mundo lhes deve prestar homenagem e estar muito grato, porque eles, coitadinhos, têm de se levantar cedo da caminha, para irem estudar ou trabalhar_ até já apareceram por aqui uns conceitos de que trabalhar é anti-natural_,e eles, pobres e abnegadas almas, que têm de se preparar para ser os homens de amanhã, a trabalhar para esta velhada inútil, esta Brigada do Reumático, que mal consegue mudar as pernas «o que é que andam cá a fazer?» Só a estorvar os novos, comedores inúteis...
    Vamos lá descobrir o que tem o Amado Mestre  Omraam Mikhael Aivanhov a dizer sobre o assunto...
     «AS DÍVIDAS DE RECONHECIMENTO»
     1. A nossa dívida para  com a família, a sociedade, a raça, etc...

      O homem recebeu dos seus pais o corpo, a vida (digamos a vida, embora não sejam eles que a criam), as roupas, a alimentação, o alojamento, a educação... Tudo isto é uma dívida acumulada, que terá de ser paga.  Muitos filhos recusam-se a reconhecê-la: criticam os pais, opõem-se a eles, chegam a detestá-los...  É injusto. Os pais amaram-no, sofreram por eles, alimentaram-nos, protegeram-nos, trataram-nos quando estavam doentes, ocuparam-se da sua educação. O homem tem, pois, em primeiro lugar, uma dívida para com os pais.
       Em seguida, o homem tem também uma dívida relativamente à sociedade ou à nação a que pertence, porque esta lhe deu uma herança de cultura e de civilização, com museus, bibliotecas, laboratórios, teatros... Ela põe também à sua disposição os seus comboios, os seus navios, os seus aviões, os seus médicos para o tratarem, os seus professores para o instruírem, o seu exército... e até os seus polícias para o protegerem.
      Seguidamente, ele deve qualquer coisa a raça, porque ela lhe deu uma cor de pele, uma estrutura física e psíquica, uma mentalidade.
      E ainda não é tudo. Ele contraiu dívidas para com o planeta, para com a terra que o alimentou e o manteve, para com todo o sistema solar (porque é graças ao sol e aos planetas que nós somos incessantemente alimentados, vivificados), para com todo o Universo e, por fim, para com o Senhor.
      A maior parte das pessoas limita-se a receber e a utilizar  sem tomar consciência das suas dívidas... Mas o discípulo procura ter consciência das suas dívidas e pagá-las. É por isso que, em primeiro lugar, ele ama os pais, ajuda-os e faz-lhes bem para lhes pagar o que lhes deve. Dá também algo à sociedade, à nação, a toda a humanidade, ao sistema solar, a todo o Cosmos e, por fim, a Deus. Por intermédio da suas actividade, dos seus pensamentos e dos seus sentimentos, ele dá incessantemente a todos algo de bom, e a Natureza reconhece-o como um ser inteligente.
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Livro «A Nova Terra» _(Métodos, exercícios, fórmulas, orações)
de Éditions Prosveta e Publicações Maitreya, que editou.

(Florinda Isabel)



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