FW: Fascículo nº. 1 - 11º. Capítulo
| A todos, a nossa saudação. |
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Caros Amigos,
Como prometido, continuamos o reenvio dos Ensinamentos deixados pelo Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov, dado o elevado número de pedidos que a nós chegou. Solicitamos, por isso, o favor de guardarem estes Capítulos, pois não poderemos voltar a reenviá-los.
FASCÍCULO Nº. 1 - RESPOSTAS A ALGUMAS QUESTÕES ACTUAIS
11º. - EDUCAÇÃO E INSTRUÇÃO
Nas dificuldades, espera-se das pessoas instruídas e cultas reações comedidas, sensatas. Mas, na maior parte das vezes, não é nada disso que se vê: uma coisa de nada põe-nas em estados lastimáveis de cólera ou de depressão, e elas não têm a mínima capacidade, a mínima vontade, de remediar isso. Toda a sua instrução, toda a sua erudição, é incapaz de as ajudar. Então, mesmo que se ache desejável que os jovens estudem e obtenham diplomas, é-se obrigado a constatar que, mais importante do que a formação do intelecto, é a formação do caráter. O essencial é viver, não ser professor, engenheiro ou economista. E para viver, para enfrentar todas as condições da existência, é importante reforçar o caráter. Senão, quando os jovens chegam à idade de enfrentar as dificuldades, não conseguem: viverem no mundo abstrato dos livros e são incapazes de suportar as realidades da vida. Encontramos imensas pessoas que são instruídas mas estão sempre fracas, sempre vacilantes, sempre à mercê das circunstâncias! Leram uns calhamaços de que vão fazendo citações, e não passam disso. Mas de que serve pavonearem-se com as riquezas dos outros? O que devem mostrar é aquilo que elas próprias conseguiram realizar. Se forem incapazes disso, que deixem os seus conhecimentos livrescos em paz e vão, finalmente, exercitar-se no essencial: trabalhar sobre o seu caráter! A instrução é uma coisa, a educação é outra. Os jovens não necessitam propriamente de professores eruditos, mas de instrutores que lhes revelem o que é a vida e como devem vivê-la para que as forças, as qualidades, os dons que nela estão depositados, possam de facto manifestar-se plenamente. Até lá, eles seguem por um caminho escorregadio, em que não serão alguns livros ou alguns diplomas que conseguirão mantê-los equilibrados, pois na vida o equilíbrio depende em primeiro lugar do caráter, não da instrução. Enquanto não se puser a tónica na formação do caráter, mas somente na do intelecto, os conhecimentos ministrados nas escolas e nas universidades serão, para os jovens, meios para serem bem-sucedidos na vida, muitas vezes à custa dos outros, mas nunca para se transformarem e se tornarem benfeitores da humanidade. Se forem ambiciosos, medrosos, orgulhosos, maldosos, sensuais, avarentos, continuarão a sê-lo. Nós propomos uma outra Escola, onde os seres aprendem a conhecer a natureza humana, a modificar o seu próprio caráter, a transformar-se, a melhorar-se para bem do mundo inteiro. Os estudos, por si mesmos, nunca tornaram as pessoas felizes, e muitas vezes até as transformaram em autênticos perigos públicos. Nas mãos daqueles que trabalharam sobre o seu caráter e que decidiram não os utilizar em seu próprio benefício, mas sim em benefício de todos, os conhecimentos são, pelo contrário, uma fonte de bênçãos.
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