terça-feira, 21 de abril de 2015

EU, FACEBOOKIANDO: «OH, COMO A INTERNET É PERIGOSA!»

   Eu não consigo compreender a ingenuidade das pessoas, principalmente as crentes, quando entram na internet. Tudo que aparece dirigido ao Sagrado, são gostos atrás de gostos e Améns atrás de Améns...
Não têm em conta de que a pessoa que inventou essa "devoção", mesmo na melhor das intenções, pode ter errado em algum detalhes, o Sagrado é tão subtil que não é para qualquer inexperiente terráqueo avançar com criações de adoração por conta própria. Até pode acontecer ter acabado de sair de um conflito familiar ou laboral e resolver criar algo Sagrado para se sentir melhor. Depois, um partilha, outro partilha, mas, segundo os Amados Mestres afirmam, esse karma criado por essas pessoas  que partilham e utilizam algo errado, dirigido a Deus, recai inteirinho em cima das costas do autor/autora da "adoração". E, como quase sempre acontece, nesta vida construímos a próxima e poderá ter de ajustar contas numa outra vida.
    Ontem, fiquei a saber que os mantras assumem menos significado nas palavras e  mais no som, na entoação, que é o valor do mantra. E afirmam que quase ninguém na Terra sabe entoá-los, sem terem passado por um bom e verdadeiro Mestre que lhe ensine a entoação.
Que vejo por aqui? Mantras e mais mantras, cada um escolha o que achar mais atraente.
   Não só nas devoções. Houve uma altura em que era só informação de que se devia beber muita água... Quase todas as pessoas que eu encontrava andavam munidas de uma garrafa das de litro e meio... Agora, já apareceu a conta-informação: «Excesso de água pode matar e explicam os motivos, que eu, quando encontrar, volto a colocar.
    Há dois ou três anos, começou todo o mundo a congelar limões, porque uma cabecinha pensadora  resolveu postar que era muito bom conservá-lo para tirar congelado e raspar nas sopas. Já veio a contra-informação: «Limão congelado pode matar»...
Talvez por instinto, sempre orientei a minhas vida como a do tal eremita_ que fez o que eu sinto vontade de fazer, mas não posso (por enquanto...): trepou a uma montanha e escondeu-se das falsa sociedade em vivemos.
Um jornalista soube, foi ter com ele para bisbilhotar como era sua vida. Sua resposta foi idêntica à que eu daria:
«Como quando tenho fome; bebo quando tenho sede: durmo quando tenho sono.»
Eu acrescentaria: «E continuo com as orações  que me ensinaram em criança, às quais eu nunca liguei nenhuma, pois rezar não me  agradava, achava que era um desperdício de tempo...«Deus, se acaso existe, está lá tão longe, como é que pode ouvir-me? Logo eu, que tenho uma voz tão fraquinha...» Mas também nunca blasfemei, entenda-se. Há muita diferença entre um não-crente e um blasfemo.
   Deixei de assim pensar, no dia em que, tragicamente, precisei de uma uma "ajudinha"e lembrei-me de experimentar se Ele aparecia...
Não, não apareceu, não podia aparecer, porque já cá estava, dentro do meu coração. E foi como se dissesse: «Infelizmente, quase todos Me encontram no meio de uma grande aflição. Tranquiliza-te, minha filha, eu vou curar o teu dói-dói.»

Florinda Rosa Isabel




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