Maria João Gaspar Oliveira
Sobre os malefícios do glifosato, um veneno usado em Portugal, no meio rural e urbano, escrevi este artigo que foi publicado no Diário de Coimbra, de 25/04 /2016, e que, agora, partilho convosco:
À BEIRA-MAR ENVENENADO
Fiquei bastante surpreendida e chocada, ao saber que o Parlamento tinha rejeitado a abolição do GLIFOSATO na União Europeia.
Comercializado pela Monsanto com o nome de Roundup, este agrotóxico já provocou muitas vítimas e causou graves danos ao meio ambiente, em vários pontos do mundo. E nós respiramos, comemos e bebemos, diariamente, este terrível herbicida.
A abstenção de alguns Partidos, na Assembleia da República, favoreceu os interesses da sinistra Monsanto, em detrimento da saúde dos portugueses e do meio ambiente, o que é deveras lamentável. Enquanto este veneno é, há muito, proibido em vários países ( Sri Lanka, Dinamarca, Holanda, El Salvador, etc.), o Parlamento português dá-lhe luz verde.
O actual Governo está aberto a debater a ideia e a criar um outro nome para o cartão de cidadão, e não esteve aberto à abolição do glifosato, um agrotóxico que nos mata lentamente ( muitos não o sabem…) e apenas poupa… as plantações transgénicas, eliminando até as bactérias que são absolutamente necessárias à regeneração do solo.
Na Argentina, por exemplo, à medida que os transgénicos e as pulverizações de glifosato avançam, as aldeias vão ficando desertas. As pessoas que, para estes novos donos do mundo, se tornaram incómodas e inúteis, estão a ser expulsas das suas terras. Pessoas que partem sem rumo, destroçadas, com os filhos inválidos nos braços, vítimas de doenças degenerativas e deformidades semelhantes às dos porcos alimentados com soja transgénica.
E, enquanto a hipocrisia vai afirmando que defende os interesses das crianças do terceiro mundo, e vai investindo em anúncios “tranquilizadores” (Monsanto…) que têm passado, diariamente, nos canais de televisão da Argentina, vão sendo detectadas nos EUA ( e noutros países, como, por exemplo, no Brasil) concentrações de glifosato na urina e no leite materno, essencialmente no Mississípi, onde foram aplicadas milhares de toneladas deste veneno.
Um artigo científico publicado na revista Enviromental Toxicology and Chemistry, denuncia a presença de glifosato em mais de 75% de amostras de ar e de água da chuva no Mississípi.
E há vários estudos científicos que apontam o glifosato como um composto cancerígeno, que provoca ainda outras doenças como Alzheimer, Parkinson, autismo, infertilidade, doenças cardiovasculares, má formação de fetos, etc.
Sobre o aumento crescente das taxas de autismo, uma cientista de uma Universidade privada de pesquisa, em Cambridge (MIT), disse que, em 2025, 50% das crianças serão autistas, sendo o principal culpado o ROUNDUP vendido pela Monsanto.
Para cúmulo, a expansão da agricultura transgénica multiplicou, de forma assustadora, a venda e uso do glifosato e de outros agrotóxicos. E, em Portugal, o glifosato é o pesticida mais usado…
Há ainda a considerar que as multinacionais, nomeadamente a Monsanto, tentam abafar os estudos científicos, e impor os transgénicos e o glifosato à Europa, através da mentira e da hipocrisia, armas das quais não prescindem, e que continuam a proporcionar-lhes lucros fabulosos, com a agravante de muitas vítimas desconhecerem ainda estes efeitos nefastos, e de alguns governos não terem em conta o conhecimento científico que vai sendo produzido sobre este grave problema de saúde pública.
Perante tudo isto (e muito ficou por dizer…), como pôde o Parlamento Europeu ter renovado, há poucos dias, a licença do glifosato, por mais sete anos, não obstante o alerta da Organização Mundial de Saúde, para o facto de este agrotóxico ser cancerígeno?! E nós vamos ficar de braços cruzados, até dia 18 ou 19 de Maio, data em que será, ou não, aprovada a renovação desta calamitosa licença?! Certamente que não.
Comercializado pela Monsanto com o nome de Roundup, este agrotóxico já provocou muitas vítimas e causou graves danos ao meio ambiente, em vários pontos do mundo. E nós respiramos, comemos e bebemos, diariamente, este terrível herbicida.
A abstenção de alguns Partidos, na Assembleia da República, favoreceu os interesses da sinistra Monsanto, em detrimento da saúde dos portugueses e do meio ambiente, o que é deveras lamentável. Enquanto este veneno é, há muito, proibido em vários países ( Sri Lanka, Dinamarca, Holanda, El Salvador, etc.), o Parlamento português dá-lhe luz verde.
O actual Governo está aberto a debater a ideia e a criar um outro nome para o cartão de cidadão, e não esteve aberto à abolição do glifosato, um agrotóxico que nos mata lentamente ( muitos não o sabem…) e apenas poupa… as plantações transgénicas, eliminando até as bactérias que são absolutamente necessárias à regeneração do solo.
Na Argentina, por exemplo, à medida que os transgénicos e as pulverizações de glifosato avançam, as aldeias vão ficando desertas. As pessoas que, para estes novos donos do mundo, se tornaram incómodas e inúteis, estão a ser expulsas das suas terras. Pessoas que partem sem rumo, destroçadas, com os filhos inválidos nos braços, vítimas de doenças degenerativas e deformidades semelhantes às dos porcos alimentados com soja transgénica.
E, enquanto a hipocrisia vai afirmando que defende os interesses das crianças do terceiro mundo, e vai investindo em anúncios “tranquilizadores” (Monsanto…) que têm passado, diariamente, nos canais de televisão da Argentina, vão sendo detectadas nos EUA ( e noutros países, como, por exemplo, no Brasil) concentrações de glifosato na urina e no leite materno, essencialmente no Mississípi, onde foram aplicadas milhares de toneladas deste veneno.
Um artigo científico publicado na revista Enviromental Toxicology and Chemistry, denuncia a presença de glifosato em mais de 75% de amostras de ar e de água da chuva no Mississípi.
E há vários estudos científicos que apontam o glifosato como um composto cancerígeno, que provoca ainda outras doenças como Alzheimer, Parkinson, autismo, infertilidade, doenças cardiovasculares, má formação de fetos, etc.
Sobre o aumento crescente das taxas de autismo, uma cientista de uma Universidade privada de pesquisa, em Cambridge (MIT), disse que, em 2025, 50% das crianças serão autistas, sendo o principal culpado o ROUNDUP vendido pela Monsanto.
Para cúmulo, a expansão da agricultura transgénica multiplicou, de forma assustadora, a venda e uso do glifosato e de outros agrotóxicos. E, em Portugal, o glifosato é o pesticida mais usado…
Há ainda a considerar que as multinacionais, nomeadamente a Monsanto, tentam abafar os estudos científicos, e impor os transgénicos e o glifosato à Europa, através da mentira e da hipocrisia, armas das quais não prescindem, e que continuam a proporcionar-lhes lucros fabulosos, com a agravante de muitas vítimas desconhecerem ainda estes efeitos nefastos, e de alguns governos não terem em conta o conhecimento científico que vai sendo produzido sobre este grave problema de saúde pública.
Perante tudo isto (e muito ficou por dizer…), como pôde o Parlamento Europeu ter renovado, há poucos dias, a licença do glifosato, por mais sete anos, não obstante o alerta da Organização Mundial de Saúde, para o facto de este agrotóxico ser cancerígeno?! E nós vamos ficar de braços cruzados, até dia 18 ou 19 de Maio, data em que será, ou não, aprovada a renovação desta calamitosa licença?! Certamente que não.
Maria João L. Gaspar de Oliveira – COIMBRA
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