Sou anti-Papas, mas tenho de confessar que estou completamente de acordo com ele. Os animais têm direito a boa alimentação, bom e confortável alojamento, cuidados de saúde, carinhos, mas, actualmente, há exageros, fantochadas de comerem à mesa dos tutores, meterem-lhes a comida na boca, através de colheres (até de porcos, eu já vi), deitarem-se em camas de casal... Em quartos mobilados, com tapetes, aparecem cães e gatos pintados, com laçarotes e adornados de bugigangas, tornados numa competição para ver quem torna mais vistosos seus animais de companhia. Os animais estão a ser completamente descaracterizados e a ficarem parecidos com os humanos. Tornaram-se brinquedos. Mais uma interferência nas Leis da Natureza. E, em contrapartida, alguns activistas dizem que estão aqui só pelos animais, pois que «humanos nem estou para aí!». Esquecem de que quem fabrica e vende a comida é humano; que o veterinário é humano; que os veículos com que, algumas vezes, fazem os resgates, foram fabricadas por humanos... E, pior ainda, alguns rogam pragas e desejam a morte de toda a humanidade.
(Florinda Rosa Isabel)

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