terça-feira, 14 de abril de 2015

EU, FACEBOOKIANDO: «POR QUE UNS NÃO RECONHECEM OS DIREITOS OS OUTROS?»

    Por que será que não conseguimos coabitar pacificamente com todas as formas de vida? Ora se maltratam animais e se expulsam dos seus espaços, ora se expulsam as pessoas dos espaços delas, para eles irem para lá.
   Há dias, havia uma polémica no facebook a propósito da proibição de cães nas praias.
Diziam que os cães também tinham o direito de acompanhar seus ... «pais humanos», pois não era justo serem os melhores companheiros  das pessoas e estas, que os podem levar para todo o lado, não os podem levar quando vão para a praia.
   Eu compreendo que lhes custe deixarem os seus animais desgostosos e stressados, mas temos que admitir que a praia é_ ou devia ser_ um local de repouso ao fim de um fim-de-semana ou férias. Já temos a «Animação de Praia», com música barulhenta, resultando que aqueles que procuravam um local aprazível para relaxar a ouvir o ruído das ondas, não conseguem recuperar-se de um agitado dia-a-dia... Já temos as «crianças crescidas» a jogar à bola e a acertarem nos pobres coitados que estavam bem descansados, estendidos tranquilamente ao sol...
E ainda acham que deviam ir cães, que corriam, saltavam, enrolavam as toalhas, farejavam os sacos que tivessem guloseimas, se fossem grandes e corressem a embarrar-se numa criança derrubavam-na, faziam cocó e xixi na  areia...
E, afinal de contas, sempre existem algumas praias que autorizam cães, é questão de serem procuradas.
   Onde eu moro,  há uma alameda com parques infantis e um relvado que foi bonito, agora tem pouca beleza, o ser meio humano meio selvagem não procura caminhar pelos locais próprios, atravessa por cima da relva em qualquer local, por comodismo...
E como agora é "pecado" prender-se um cão, saem já soltos de casa e nem  se ralam para os conduzirem ao enorme sanitário construído especialmente para eles,  com areia e troncos de árvores para eles erguerem a pernoca. Resultado, a relva está toda cheia de cocó e de xixi de cão, debaixo dos belos arbustos e árvores onde as crianças se sentavam a estudar, jogar ou lanchar, só vê cocó seco ou "líquido"... e relva urinada. As crianças que arriscam ficam todas sujas, Empreguei o termo "sujas", por uma questão de elegância...
    A autarquia mandou construir um encantador parque infantil, com banquinhos, mesas e algumas diversões próprias para a pequenada.
Infelizmente, nem o parque escapa à invasão canídea! Não por culpa dos animais, claro que não, eles são totalmente inocentes.
Mas se alguém que tenha crianças se lembra de avisar os humanos sobre o facto de as crianças se sujarem quando forem brincar, a resposta está na ponta da língua: «Oiça cá! o parque é seu?»
A ignorância não os deixa compreender que algo construído por uma autarquia é com o dinheiro de todos nós e para nós é: É nosso!

Florinda Isabel



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