Um lugar de passagem para a inquietude do verde...
SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015
A IGREJA CATÓLICA PERMITE QUE SE CELEBRE A RESSURREIÇÃO DE CRISTO (PÁSCOA) TORTURANDO CRIATURAS DE DEUS?
Que tipo de blasfémia será esta?
Não será isto uma desobediência às leis do Deus que dizem “servir”?
Maurício do Vale - Aficionado (é assim que ele assina os artigos que publica numa espécie de “jornal” dependente da tauromaquia) escreveu algo que poderia ser inacreditável se não soubéssemos que os tauricidas, que se dizem católicos, não passam de falsos católicos, ainda que “abençoados” por padres que se dizem ao serviço de Deus.
Então não é que este aficionado teve a ousadia de blasfemar contra as coisas sagradas e sob o título «Páscoa taurina bendita» escreveu esta coisa absolutamente anormal, na véspera do Dia de Páscoa (04/04/2015 às 00.30 horas – isto para que fique registado no Livro Negro da Tauromaquia)?
«Sobretudo para os crentes, o Domingo de Páscoa tem o valor da vida suprema, infinita e eterna. A Semana Santa, entre vigílias, orações de Fé e Paixão, culmina nesse dia.
A espiritualidade da Tauromaquia vive-se intensamente nas festas religiosas, expressão humana dos mais altos valores da solidariedade e de amor sublimado. Onde na morte não se morre... Em Portugal, e não só, a tradição mantém a Páscoa como uma época taurina bendita.
Hoje, Granja e Serpa; amanhã, Abiúl e Alpalhão; segunda-feira, Sousel. Locais em festa com a Festa de Toiros, fins benéficos e artistas que nas arenas se entregam em lides de Vida, "mais próximos de Deus e por isso se benzem", como dizia o saudoso Padre Teodoro!»
Se o “saudoso padre Teodoro” andava metido nesta vergonhosa e abominável prática, neste momento deve estar a passar as passas do Algarve, porque ninguém ofende a Deus tão impunemente.
Mas para que esta gente não morra ignorante, transcreverei aqui o que pode ler-se num dos Evangelhos Apócrifos (que a igreja católica rejeita, por motivos óbvios) escritos em rolos de papiro, ocultos em jarros de cerâmica, denominadosManuscritos do Mar Morto, encontrados por beduínos (pastores de cabras) em 1947, nas cavernas de Qumram, ao procurarem um animal perdido.
A autenticidade destes manuscritos foi atestada em 1948, e actualmente estão guardados no Santuário do Livro do Museu de Israel, em Jerusalém.
E o que estava escrito no capítulo 38 desses manuscritos?
Que Jesus Cristo era vegetariano e condenava os maus-tratos de animais. Eis a transcrição:
1. E vieram alguns dos seus discípulos e falaram-lhe a respeito de certo egípcio, um filho de Belial, que ensinava ser lícita a tortura de animais, desde que seus sofrimentos trouxessem algum benefício aos homens.
2. E Jesus disse-lhes: «Na verdade eu vos digo que aqueles que partilham dos benefícios obtidos praticando actos contra uma das criaturas de Deus não podem ser íntegros, nem podem aqueles cujas mãos estejam manchadas de sangue, ou cujas bocas estejam contaminadas pela carne, tocar as coisas santas, ou ensinar os mistérios do reino».
3. «Deus concede os grãos e os frutos da terra para alimento [Génesis, 1:29] e, para o homem íntegro, não há outro sustento para o corpo que seja lícito».
4.«O ladrão que arromba a casa feita pelo homem é culpado, mas aqueles que arrombam a casa feita por Deus, até mesmo a menor delas, são os maiores pecadores. Portanto, digo a todos os que desejam ser meus discípulos: mantende as vossas mãos afastadas do derramamento de sangue, e não permitais que qualquer alimento de carne entre pela vossa boca, pois é Deus justo e magnânimo, tendo ordenado que o homem viva somente de frutas e sementes da terra».
5. «Mas, se qualquer animal sofrer muito, e se a sua vida for uma miséria, ou se for perigosa, libertai-o então rapidamente dessa sua vida, com o menor sofrimento possível. Despedi-o em amor e misericórdia, porém não o atormenteis, e Deus, o Pai-Mãe, ser-vos-á misericordioso assim como fostes misericordiosos para com aqueles que foram confiados às vossas mãos»
6. «E aquilo que fizerdes ao menor destes meus filhos, a mim o fazeis. Pois eu estou neles, e eles em mim. Sim, estou em todas as criaturas, e todas as criaturas estão em mim. Alegro-me em todas as suas alegrias, e aflijo-me em todas as suas tribulações. Portanto, vos digo: sede complacentes uns para com os outros e para com todas as criaturas de Deus»
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