domingo, 26 de julho de 2015

ARTIGO JULHO/AGOSTO, PARA O «JORNAL VOZ DA MINHA TERRA», CONCELHO DE MAÇÃO.

APEGOS & DESAPEGOS
    O apego a pessoas e a "coisas" é um dos piores defeitos da Humanidade e um dos mais difíceis de controlar: eu que o diga!
     Um dia, simpatizei com uma nova amiga. Ela preocupava-se comigo, devido à situação por que passei na minha vida familiar, motivada por doença de um ente querido. Conhecendo suas origens, descendente de boas famílias, e estando eu num estado de carência afectiva, precisando de "miminhos", fiz-lhe algumas confidências sobre esse assunto. Ela ia perguntando, eu ia dizendo, mas tranquilizei-a, eu estava recuperada e a fazer o que nunca pude, devido a ter de viver minha própria vida em função da família, apesar de, se fosse possível voltar à anterior, eu a preferia. Não sendo, recomecei a escrever, sair e apreciar a Natureza, em Paz, sem me preocupar com quem poderia precisar de mim.
   Decorreu algum tempo, eu ia-lhe mandando uns olás e beijinhos, sem resposta. Um dia, disse-me que estava ocupada com a visita de um familiar. Passaram algumas semanas, até que lhe expus vários dos assuntos de que lhe tinha falado e perguntei se algum a magoou, pois poderia ter de lhe pedir desculpa, mas nem sabia de quê. Respondeu: «Na da disso teve importância.» Ora, eu fiquei apreensiva...Se nada de "isso" teve importância, o que teria sido? Sim, dava a entender que "algo" contribuiu para a sua mudança de atitude. E fiz-lhe a observação. Foi o suficiente para tudo ter terminado... Talvez eu devesse conformar-me com os seus silêncios, mas eu estava habituada às amigas brasileiras que, quando não têm tempo para mais, enviam um coraçãozinho e ficamos felizes... Mas os brasileiros são um povo de sangue quente, muito diferentes de nós... Foi um apego a que eu não devia ter dado oportunidade de se instalar. Mas continuo a gostar dela e, tenho certeza, ela também me quer todo o bem do mundo. Só que é muito mais nova do que eu, tem sua família, ainda não sofre de carência afectiva da «segunda meninice"...
     Recentemente, devido a uns distúrbios que se originaram num qualquer canto deste planeta virado de cabeça para baixo, relacionados com uma opção de "intimidade", meio facebook se encheu de símbolos de apoio ao Movimento.
   Eu, que já estou totalmente curada de apegos, só num dia mandei embora 14 «amizades facebookianas». Não estou contra nem a favor, mantenho-me neutra, que se entendam com Aquele ao Qual devem prestar contas de como utilizam seu livre-arbítrio. Mas ter como amigos, apoiantes, cujas fotografias de perfil foram mudadas para o símbolo desse Movimento, sabendo que alguns tanto falam em Jesus e lêem a Bíblia, e nunca terem lido a parte que está contra essa "intimidade" ,achei hipocrisia a mais! Quem lhes disse que Deus se "modernizou" e decidiu ceder ao que é anti-natural e obedecer às leis dos homens em detrimento das Leis Dele?   Sei que tenho amigos que apoiam o Movimento, mas não exibem os símbolos, quando abro a minha página ou quando recebo mensagens desses discretos amigos não sou obrigada a ver tais símbolos apoiantes na imagem de perfil. Esses, ficaram, os outros foram de "férias"...
   Já tinha mandado num "cruzeiro" à volta do mundo vários, quando, um dia, o sistema me ofereceu  grupos para eu aderir, e vi a "cara" de amigos estampadas na apresentação de um grupo... Fiquei de queixo caído! O grupo denominava-se «De Cada Vez Que Morre Um Aficionado, Abro Uma Garrafa de Champanhe"!
   Entrei logo e detectei vários "amigos" lá. Perguntei-lhes por mensagem privada se tinham conhecimento (às vezes, amigos adicionam outros sem conhecimento destes).Todos sabiam do grupo em nome daquele administrador; mas, como quando o integraram não tinha esse nome, um amigo, que não entrava com frequência desconhecia que fora alterado e saiu logo. Quatro ficaram... Já devem calcular o destino que dei a esses quatro, não? Claro que sou contra as touradas, mas daí a pensar que se deve festejar quando morre um ser humano, vai uma grande distância!
   De outra vez, topei um grupo de maçonaria através da publicação de uma amiga. Entrei no grupo. Ui! A quantidade deles que lá estavam! Mais um "varredela"! E porquê? Porque, hipocritamente, todos diziam amar só a Jesus e estavam num grupo que adora Gadu, o deus maçónico (sem imagem), mas exibiam o célebre Baphometh _ uma figura demoníaca, com enormes e retorcidos chifres, pernas e pés de cabra, como figura a ser adorada... (ver no Google). «Então? no que ficamos?» _ perguntei a mim própria. E... lá foram todos para dentro do caixote dos hipócritas, jogar xadrez com os outros.
    De outra vez, devido a uma publicação, entrei numa página. A fotografia de perfil do proprietário da página representava uma enorme fogueira. Fiquei curiosa, carreguei na fogueira e abriu. Eram labaredas, com a imagem de Jesus lá dentro, baforadas de fumo à volta da imagem, cigarro na boca e a legenda «Queima Jesus!» Depois, a fotografia fechou e ficou novamente a fogueira, imóvel. Era um trabalho executado por um profissional, cujo nome estava assinado na "obra". 
   Como aquele usuário tinha cronologia aberta, cusquei por aí abaixo... eram só blasfémias, umas atrás das outras... Eu já tinha visto quatro fotografias de "amizades", como amigas desse blasfemo.... Contactei-as. «Ora! Sabiam muito bem, mas ele era um grande protector de animais...» Eu disse que os protectores saem para resgates com símbolos satânicos e estão naquelas páginas horríveis, depois, queixam-se de agressões. Perdi por muitos pontos... Lá se foram os quatro "desapegos"!
     O pior é que tanto o dono da fotografia/fogueira como o profissional que a fez toparam que eu andei por ali a expiar e foram em busca de mim... E ei-los logo a pedirem-me amizade. Disse-lhes, em pensamento: «Meus lindos, olhem para onde vocês queriam vir... Quando vocês nasceram, aqui a velhota já por cá andava há muito tempo!» E lá foram para o caixote dos bloqueados, pois tenho dois caixotes: o dos excluídos, mas que podem contactar-me por mensagem e ver tudo o que coloco público (por opção não controlo minha cronologia, faço o controle directamente nas publicações) e o caixote dos bloqueados, que nunca mais conseguem saber de mim nem eu deles.
    A moral está a decair de dia para dia: o que era certo, é agora errado, o que era errado, é o certo. As pessoas agarram-se a correntes de orações ou imagens, ditas Sagradas e, muito "crentes", enviam por e-mail e pedem para não as quebrarmos... Logo a seguir, estão a publicar fotografias de corpos semi-nus e com legendas maldosas... E já não são totalmente pelados, porque eu bati o pé! Que valor pode ter tal prática de devoção, se pelo computador onde circula o Sagrado, circula, igualmente, o impuro? Claro está que eu não alinho nessas práticas completamente inúteis e exibicionistas!
    Os valores morais estão a mudar drasticamente! Vale a protecção que se começou a dar aos animais, tentando minimizar seu sofrimento, pois os maus-tratos e abandono já são penalizados, até, com prisão. Concordo plenamente! Mas... calçarem quatro botas plásticas vermelhas a um leitão, postarem a fotografia no "feice", e ficar todo o mundo embasbacado, a colocar gostos e «Ai, que fofura!», é muita areia para a minha camioneta! Por que não fizeram antes um vídeo, com ele a caminhar com as botifarras? (Ah! Ah! Ah!).

Bom! Vou terminar e voltar ao facebook, para ver se ainda tenho por lá alguém... Com tanto desapego, não sei, não!
Boas Férias!

Florinda Isabel

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