DO LIVRO: «NÃO ESTAMOS SÓS» IV

Carlos Carvalho

6 de Janeiro de 2015 · 
    
    ORTHON
   «...Para virdes à Obra do Senhor, tereis todos de, primeiramente, nascer de novo.
   Se não nascerdes de novo no espírito da humildade, de pureza e amor, não podereis comungar connosco no celeste manjar que é o Conhecimento. Se, em verdade, não fordes puros como puras são as crianças, não tereis assento na mesa do banquete.
   Pelo facto de seres chamados, se não obrardes correctamente, sereis rejeitados e não estareis contados entre os escolhidos.
     A quem muito lhe é dado muito será exigido.
     Tendes de aprender a integração.
      O homem só poderá ser admitido a candidato ao reino escondido de Agharta após se ter vencido e integrado com o Todo.
     Antes de poderdes entrar, mesmo que escolhidos, tereis de deixar de lado o prazer, a posse e o ego. Claro está que, mudando a mentalidade, também se mudarão os hábitos e os costumes.
      Talvez o homem ocidental tenha de aprender alguma coisa com o que considera selvagem, sejam os sábios negros de tribos africanas ou sejam os peles-vermelhas ou índios, como lhes chamais, bem como os povos do oriente e suas filosofias.
    Assim sendo, devereis deixar os hábitos alimentares carnívoros, para que possais entrar nos domínios do  reino de Shambhalla.
Em Shambahlla só os puros e redimidos entrarão. Em Agharta  há outros reinos onde aqueles  que ainda não atingiram a perfeição suficiente para entrar em Shambhalla poderão estagiar e aprender mais sobre a Mestria Divina.
      Quando deixardes de comer animais devereis fazê-lo, não por motivos de saúde apenas, nem por quererdes entrar em Shambhalla, mas por compreenderdes que os animais são seres vivos em evolução, tal como vós, portadores de uma alma à espera de ascender, tal como vós. Devereis deixar de comer animais apenas movidos pelo sentimento de amor aos mesmos e esse amor deve ser sentido por todas as coisas, tal como o vosso sublime George  Bernard Shaw que era movido no mais alto nível pelo sentimento de solidariedade aos seres vivos. Algumas vezes se negou a deixar que fossem, cortadas algumas rosas do seu jardim, para ornamento da sua sala de trabalho, argumentava: «Para quê o acto de cortar as flores?»
      Lembrai-vos do vosso piedoso Francisco de Assis que tratava os animais por irmãos.»
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     (Florinda Isabel)