(1º) OS SEGREDOS DO LIVRO DA NATUREZA (Mestre Omraam Mikhael Aivanhov.
Desde tempos imemoriais que o homem é considerado como um resumo do Universo. Nos templos antigos, ele era representado como a chave capaz de abrir as portas do Palácio do Grande Rei, porque tudo o que existe no universo, enquanto matéria e energia, se encontra, em menor grau, no homem. É por isso que se chama ao universo "macrocosmos" (grande mundo) e ao homem "microcosmos" (pequeno mundo); e Deus é o nome do Espírito sublime que criou o grande mundo e o pequeno mundo, que os vivifica e mantém a sua existência.
Este microcosmos que o homem é, para viver e se desenvolver é obrigado a permanecer em contacto, em ligação permanente, com o marocosmos, a natureza; ele deve fazer trocas ininterruptas com ela e é a estas trocas ininterruptas que se chama "vida". A vida não é mais do que as trocas ininterruptas entre o homem e a natureza. Se estas trocas são entravadas, surgem a doença e a morte. Tudo o que comemos, bebemos e respiramos é a vida do próprio Deus. Não existe nada no cosmos que não seja vivificado, animado, pelo Espírito Divino. Tudo vive, tudo respira, tudo palpita e comunica com esta grande corrente que sai de Deus e que inunda o universo, desde as estrelas às menores partículas. São Paulo disse: «Vivemos e movemo-nos em Deus, temos n'Ele a nossa existência.»
A troca é a chave da vida. A saúde ou a doença, a beleza ou a fealdade, a riqueza ou a pobreza, a inteligência ou a estupidez, etc., dependem da maneira como o homem faz as trocas. Tudo é nutrição, respiração, trocas sem fim. Quando nós comemos, fazemos trocas no mundo físico; quando vivenciamos sentimentos, fazemos trocas no mundo astral; quando pensamos, fazemos trocas no mundo mental. Por causa da maneira como se alimentam, respiram, etc., muitas pessoas obstroem os canais do seu organismo; a troca normal entre elas e a natureza deixa de se poder fazer correctamente e elas adoecem. Acontece o mesmo relativamente ao intelecto e ao coração. Se o intelecto e o coração não recebem correctamente os pensamentos luminosos e os sentimentos calorosos, e se não rejeitam os pensamentos e os sentimentos negativos como se rejeita a cinza e os detritos, ficam em perigo.
Para se sentirem felizes, na plenitude, os humanos devem aprender a fazer as trocas correctamente e sobretudo a abrir o seu coração à natureza, a sentir-se ligados a ela, fazendo parte dela. Aqueles que abrem o seu coração à corrente divina que atravessa o universo realizam a troca perfeita e desperta neles um novo intelecto que começa a apreender as questões filosóficas mais subtis. Se lhe perguntarem: «Sabe que o filósofo tal escreveu o que você está a dizer?», eles não sabem, mas não é muito necessário que o saibam. O que eles conhecem verdadeiramente é a troca, porque a vivem e a sentem. Fica bem dizer que tal pensador escreveu isto e aquilo, mas é melhor dar provas tiradas da sua própria experiência. Em vez de ler livros, é preferível ligar-se à única fonte verdadeiramente inesgotável e imortal: a natureza. De futuro, é do grande livro da natureza, onde tudo está inscrito, que devemos aprender a tirar as citações, pois todos os homens perecerão e, dada a sua imperfeição, todos se enganaram, mais ou menos, ao passo que a natureza será eternamente viva e verídica.
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«Os Segredos do Livro da Natureza» Colecção Izvor.
Éditions Prosveta/Publicações Maitreya_Portugal.
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(Florinda Isabel)
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