Fascículo nº. 3 - 14º Capítulo 2016
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| A todos, a nossa saudação. |
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Caros Amigos,
Hoje, com o envio do 14º. Capítulo, encerramos o Fascículo nº. 3, com os ensinamentos do Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov. Na próxima semana iniciaremos o envio do 4º. Fascículo.
FASCÍCULO Nº. 3 - O DEVER DE SER FELIZ
14º. Capítulo - RE-ENCONTRAI OS MOMENTOS DE FELICIDADE.
Fostes a um concerto, escutastes, suponhamos, uma sinfonia de Beethoven ou uma Missa de Mozart que vos “transportou”. Vivestes então momentos sublimes e, ao regressar a casa, pensais que gostaríeis de ouvir novamente essa música para poderdes mergulhar na mesma atmosfera, repetir as mesmas sensações de deslumbramento. Então, o que fazeis? Sabeis que essa música está gravada, comprais o disco e depois podeis escutá-lo sempre que quiserdes: ele passa a pertencer à vossa discoteca. Pois bem, ficai a saber que nós também possuímos toda uma discoteca em nós próprios. Sim, o mínimo acontecimento que vivemos na nossa existência está registado em nós. Em psicologia, chamam-se a estes registos memória ou subconsciente. Mas pouco importa como se lhes chama, o essencial é saber utilizá-los. A partir do momento em que conseguistes viver um segundo divino, a eternidade infiltrou-se nesse segundo. Obtivestes um cliché e esse cliché viverá eternamente, permanece em vós, impossível de apagar. Então, quando vos sentis mal dispostos, perturbados, no vazio, entrai na vossa discoteca interior e esforçai-vos por reproduzir esses estados de consciência maravilhosos graças aos quais, pelo menos durante alguns segundos, compreendestes que a existência pode ser luz, paz, beleza, amor, plenitude. Mesmo que, de momento, estejais numa situação e num estado de espírito muito distantes desses momentos de felicidade, eles não se apagaram em vós, podeis reproduzi-los e sentir-vos atravessados pelas suas vibrações benéficas. Vós tendes possibilidades incríveis, mas não as conheceis e é essa ignorância que vos impede de compreender, de avançar, de criar. Tendes tudo no vosso interior, mas não fazeis nada, porque ninguém vos revelou as vossas possibilidades. Então, o tempo passa, a vida vai-se e nada foi feito. Até a criatura mais infeliz, mais desprovida de meios, teve na vida alguns momentos de felicidade dos quais se pode recordar para neutralizar os pensamentos e os sentimentos que a oprimem. Porquê repisar incessantemente as deceções, as mágoas? A ignorância, sempre a ignorância… Observai-vos e constatareis que não fazeis grande coisa para retomar os momentos de felicidade que vivestes. Em compensação, com que facilidade mantendes as recordações penosas e dolorosas! Porquê? Para que serve isso? É tempo, agora, de aprender a trabalhar com os elementos positivos. Não vivestes momentos de felicidade na vossa família, com os vossos amigos?… E com livros, obras de arte, música… ou diante de certos espetáculos da natureza… Então, procurai esses momentos, mesmo que sejam só três ou quatro, ou apenas um. Regressai a eles frequentemente…recordai-vos do local, das circunstâncias, das pessoas, concentrai-vos para retomar os mesmos pensamentos, os mesmos sentimentos, as mesmas sensações. Pouco a pouco, tereis a impressão de estar a viver de novo esses estados com a mesma intensidade como se estes vos fossem proporcionados agora, por uma causa real. O essencial não é o que se passa objetivamente, no exterior de vós, mas o que sentis interiormente. Procurai, de hoje em diante, todos os momentos em que compreendestes, sentistes, que a vida é bela e tem um sentido. Que todos esses momentos estejam à vossa disposição para o dia em que precisardes deles! E fazei de modo a poderdes escolher, porque, consoante as circunstâncias, da mesma forma que uma música é mais apropriada do que outra, uma determinada recordação será mais benéfica do que outra. E, quando tiverdes reunido esses momentos, regressai a eles frequentemente. Desse modo, estareis a amplificá-los, a vivificá-los e, ao contrário dos discos que comprais, que acabam por ficar gastos, quanto mais “tocais” esses discos, gravados no vosso coração, na vossa alma, mais eles se tornam sólidos e resistentes. Aliás, quer eles sejam benéficos, quer sejam nocivos, aplica-se a mesma lei: quanto mais os utilizais, mais eles se reforçam. Será que me compreendestes? Quando alguém se sente infeliz, desanimado, pode sempre regressar a esses minutos em que sentiu a realidade da vida divina. Recordai-vos de houve um dia na vossa vida em que uma voz magnífica cantava árias celestes. Entrai na vossa discoteca interior e colocai esse disco na vossa aparelhagem: ficareis de novo cativados, tomados de encanto… Pouco a pouco, ireis re-erguer-vos e retomar o caminho com coragem e esperança.
Até breve!
18 de Janeiro, 2016
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