«Vós ides visitar uma família e, logo à entrada, sois assaltados por uma algazarra: os cães ladram, as crianças brigam e choram, o rádio e a televisão berram, os pais gritam, as portas batem... Vivendo continuamente no meio de todo este barulho, como é que as pessoas não haveriam de ter o sistema nervoso doente? Só há barulho por toda a parte: nas estradas, nas cidades, nas fábricas, nos locais de trabalho... Na Natureza, existe cada vez menos silêncio, e agora até o céu se tornou ruidoso! Não sabemos aonde havemos de ir para, finalmente, termos silêncio...
É por isso que vos peço que procureis fazer o mínimo barulho possível quando vindes à nossas reuniões. Izgrev, o Bonfin e todos os outros centros fraternais são lugares onde vindes para encontrar condições que não tendes na vida corrente, para vos regenerardes e fazerdes um trabalho espiritual. Peço-vos, pois, que procureis não trazer para aqui os barulhos do mundo vulgar.
Eu sei que, no início, isso parecerá difícil para alguns. Não fazer barulho não é a principal preocupação dos humanos: eles falam alto, gritam, batem com os objectos... Nem sequer têm ideia de que este comportamento poderá ser tão nocivos para eles quanto para os outros. Manifestam-se tal como são: sentem-se muito bem assim e quem os rodeia não tem outro remédio senão suportá-los. Pois bem, esta é uma forma de egoísmo muito prejudicial para a evolução. Sim, atenção! Porque, pelo contrário, é preciso ter o cuidado de não incomodar os outros com o barulho; conseguindo esse autocontrolo, as pessoas tornam-se conscientes e desenvolvem numerosas qualidades: a delicadeza, a sensibilidade, a bondade, a generosidade, a harmonia...
E são elas próprias quem primeiro beneficiará com isso! É bastante necessário compreender a importância da ligação que existe entre uma atitude e o resto da existência.»
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Do Livro: «A VIA DO SILÊNCIO»_Publicações Maitreya_Portugal.
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(Florinda Rosa Isabel)
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